segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

DISCÍPULO



VIDA ABUNDANTE (6ª PARTE): 

DISCÍPULO
Qua, 30/10/2013
                                                             

                                                                             Por Antônio Gilberto

Jesus ordenou que seus discípulos ensinassem e fizessem discípulos (Mt 28.19,20). Jesus não mandou-nos “fazer crentes” – isso só Ele pode fazer. Ele mandou-nos “fazer discípulos”, e para isso Ele nos capacita.


No seu ministério, Jesus investiu tudo em “fazer” 12 discípulos (e outros mais), daí podemos ver a importância e o alcance de sua ordem “fazei discípulos”. Enchemos igrejas de quantidade de crentes, mas Jesus conta primeiro com a qualidade de crentes. Quantidade tem a ver com o novo nascimento, novos convertidos. Qualidade tem a ver com discipulado, como está exposto aqui.


Ser discípulo de Jesus, como ensina o Novo Testamento, não é apenas ser um aprendiz do Senhor, mas primeiramente ser um seguidor do Senhor. O crente, uma vez nascido de novo, precisa crescer para a maturidade cristã; é o discipulado. As condições básicas para ser discípulo de Jesus são prioridade quanto a Jesus, em relação a quaisquer outras pessoas (Lc 14.26 – “não pode ser meu discípulo”; ver também Mt 10.37); cruz própria em relação ao seu “eu” (Lc 14.27 – “não pode ser meu discípulo”; cf. também Lc 9.23; 1Co 15.31); e renúncia pessoal “a tudo quanto tem” (Lc 14.33 – “não pode ser meu discípulo”).


O verdadeiro discípulo segue a Jesus, seu Mestre, em qualquer momento, em qualquer local e em qualquer situação (Mt 8.23 – Nessa passagem, foi o barco no qual Jesus entrou: “entrando Ele no barco”. O discípulo deve entrar onde Jesus entra).


O discípulo de Jesus tem poder latente outorgado por Ele (Mt 10.1; “poder”, nesse versículo, é literalmente autoridade).


O discípulo de Jesus é em si mesmo humilde (Mt 10.42 – “pequenos”). Esse versículo também revela que quem ajuda um discípulo do Senhor será recompensado por Ele.


O discípulo não se dirige a si mesmo como ele quer; ele deve ser dirigido pelo Senhor (Mt 11.1: “acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos”).


Os discípulos têm fome e precisam comer a comida disponível no momento (Mt 12.1), mas comida saudável, e de boa procedência.


Os discípulos de Jesus são, pelo povo, acusados e criticados (Mt 12.2; Lc 5.30). Qual deve ser a nossa atitude para com os críticos, oponentes e acusadores?


Os discípulos de Jesus recebem dEle pão espiritual para alimentar o povo (Mt 14.19,20; 15.36,37). Que comida estamos fornecendo ao povo faminto da Palavra de Deus? Quem alimenta será também alimentado por Deus (Mt 14.20b – “alcofas” –; 15.37b – “cestos”).


Discípulos do Senhor não são infalíveis; eles podem equivocar-se (Mt 14.26). Você que é discípulo pode equivocar-se, pode eventualmente estar equivocado em algum particular. Há discípulo que se esquece de estocar alimento (Mt 16.5). “Há ainda semente no celeiro?” (Ag 2.19).


O discípulo de Jesus tem sua própria cruz (Mt 16.24 – “tome sobre si a sua cruz”). Portanto, não há verdadeiro discípulo sem cruz. Não é a cruz dos outros; é a sua própria (Mt 10.38; Lc 9.23; 14.27).


O discípulo de Jesus é diferente da multidão (Mt 23.1: “Então falou Jesus à multidão, e aos seus discípulos”). Ser diferente da multidão requer abnegação e renúncia de muita coisa da nossa parte. “Não seguirás a multidão para fazeres o mal” (Ex 23.2; 12.38).


Quem é discípulo de Jesus não deve andar murmurando (Mt 26.8-13). Muitos discípulos de Jesus deixam-no e fogem, quando em prova (Mt 26.56; Jo 6.66). Há discípulos de Jesus que são ricos, mas não é fácil (Mt 27.57). E discípulos também recebem mensagens de Deus através de mulheres que Ele usa (Mt 28.8). Discípulos também aprendem com Jesus, a sós com Ele, em particular (Mc 4.34).


É dentre os Seus discípulos que Jesus faz escolhas de pessoas para trabalharem na Sua seara (Lc 6.13). E pode haver escolha entre os escolhidos (1Sm 10.9). O discípulo experiente e amadurecido primeiro esforça-se para ser, para então fazer (Lc 6.40; Mt 20.25; Jo 14.12).


O discípulo com Jesus no barco pode, com toda segurança, partir (Lc 8.22 – “e partiram”).


Discípulo deve cuidar de organização no trabalho do Senhor, mas conforme as ordens de Jesus (Lc 9.14,15). Jesus deixa de operar milagres em muitos lugares por causa da desordem (1Co 14.40).


O discípulo de Jesus aprende a orar com Ele (Lc 11.1). Vemos em Jesus:

1) O ato de orar: “Estando Ele a orar”;


2) O lugar de orar: “Num certo lugar”;


3) O tempo de orar: “Quando acabou”;


4)  O modo de orar: “Dizei: Pai santificado seja o seu nome; venha o teu reino”;


5) O exemplo de orar: “Como também João ensinou aos seus discípulos”;

6) O Imperativo de orar: “Quando orardes (...)”. Jesus não disse “Se orardes”, mas “Quando orardes”, mostrando que devemos sempre orar.


Quem convida Jesus para um evento deve convidar também os seus discípulos (Jo 2.2: “foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas”). O verdadeiro discípulo permanece fiel à Palavra, à doutrina (Jo 8.31).


O discípulo do Senhor torna-se conhecido pelo seu amor aos outros discípulos (Jo 13.35; 1Jo 3.14). O discípulo é produtivo; ele dá fruto para Deus (Jo 15.8). E crescendo o número de discípulos, pode brotar também a murmuração (At 6.2). O aumento do número de discípulos depende do aumento da Palavra (At 6.7). A Palavra de Deus tem poder de gerar, de criar (1Pe 1.23). Discípulos do Senhor não nascem discípulos, são feitos discípulos (At 14.21). O discípulo antigo deve continuar como “discípulo”, mesmo que se torne um obreiro de elevada posição e destaque na obra de Deus (At 21.16 – “discípulo antigo”).



Em Mateus 10.1,2, o “discípulo” vem primeiro (v.1), e depois o “apóstolo”, apesar de serem as mesmas pessoas. Veja também Lucas 6.13.


Fonte: http://www.cpadnews.com.br/blog/antoniogilberto/fe-e-razao/55/vida-abundante-(6%C2%AA-parte):-discipulo.html

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