sábado, 28 de janeiro de 2017

“PAZ DE DEUS: ANTÍDOTO CONTRA AS INIMIZADES”



ADMEP – ASSEMBLEIA DE DEUS MINISTÉRIO ESTUDANDO A PALAVRA
Pastora, Maria Valda

Rua, Açoriana, 48 – Costa Barros – RJ
Tel. 21- 3556.5911


Departamento de Educação Cristã
Escola Bíblica Dominical


PAZ DE DEUS: ANTÍDOTO CONTRA AS INIMIZADES”


Texto Áureo:
Deixo-vos a paz, a minha vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. ”


Verdade Prática:
A Paz, como fruto do Espírito, não promove inimizades e dissensões.


Leitura Bíblica em Classe
Efésios 2. 11 – 17


Objetivo Geral: - Compreender que a verdadeira paz só pode ser encontrada em Jesus

Objetivos Específicos: -

1. Mostrar que Depois de receber a paz de Cristo, o crente deve transmiti-la as outras pessoas;

2.    Explicar que existem três tipos de inimizades e o seu alvo é destruir a unidade da Igreja de Cristo;

3. Saber que temos a missão de anunciar o evangelho e para isso precisamos ter paz com todos.


Introdução: -  Paz é a ausência de conflitos no íntimo. A presença do Espírito Santo nos traz paz. “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” – Filipenses 4.7.

As batalhas travadas dentro de nós podem ser devastadoras. Se continuamente analisarmos sobre as injustiças que sofremos, nosso coração ficará atribulado e nossa mente confusa, prejudicando assim, nossas atitudes.

O Espírito Santo é capaz de solucionar qualquer batalha em nosso interior.


Texto Áureo

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou: não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize
(João 14.27)


Verdade prática

A paz, como fruto do Espírito não promove inimizades nem dissensões.



Apresentação: A lição em estudo tem como Objetivo Integratório compreender que a verdadeira paz só pode ser encontrada em Jesus.


Introdução: Estamos diante de um duelo: paz ou inimizade? Paz (fruto do Espírito) em oposição à inimizade (como obra da carne).

Mesmo vivendo em uma sociedade violenta podemos ter paz, pois a serenidade que temos em nossos corações é fruto do Espírito e não depende das circunstâncias ou dos recursos financeiros (Gl 5.22).


Ponto central

A paz que Jesus oferece não depende de situações nem de circunstâncias.



Desenvolvimento. - O cristão que tem paz sente-se responsabilizado em promovê-la com todas as pessoas. A Palavra de Deus nos admoesta: “Procurem ter paz com todos e se esforcem para viver uma vida completamente dedicada ao Senhor, pois sem isso ninguém o verá” (Hb 12.14-NTLH).


I.              A PAZ QUE EXCEDE TODO ENTENDIMENTO

      Sabe-se que paz é a ausência de guerra. Na esfera mundial tem-se observado um cenário de muitas guerras (de cunho religioso) no  Oriente Médio.

      Em Jesus temos paz. Não na equivalência daquela que o mundo oferece, mas uma paz que excede todo entendimento; uma paz com Deus que, mesmo em um mundo cheio de violência e inúmeras guerras e conflitos podemos afirmar que vivemos em paz.

     A paz que resulta da fé em Deus, pois somente com Ele, nEle, podemos encontrar as verdadeiras características da paz.

1.2.   Paz – Pode ser definida como um estado de tranquilidade e quietude interior que não depende de circunstâncias externas.

Esta é a promessa que temos do nosso Senhor Jesus Cristo ao subir para a glória, após haver realizado a obra redentora na terra, através de sua morte na cruenta cruz do Calvário:

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou: não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize (Fp 4.4).


1.3.  Definições para a palavra “Paz” no Sentido Espiritual


Encontramos nas páginas do N.T algumas referências acerca da palavra “paz”. Exemplos: Acerca da paz de Jesus (Jo 14.27), a paz de Deus (Fp 4.7) e a paz como um aspecto do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22). Portanto, algumas definições para o termo “paz” no sentido bíblico:

a)         Paz:  Espiritualmente falando, é uma cultivação (fruto) do Espirito (Gl 5.22) que produz harmonia e tranquilidade a despeito das circunstâncias. A paz do Espírito cria uma harmonia entre Deus e homem, (Rm 5.1) e reconciliação, (Cl 1.20). “A paz de Deus... excede todo o entendimento... e guarda os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”. (Fp 4.7) [R.N. Champlin, Ph.D.].

b)       Paz: (No grego é eirene), isto é., a quietude de coração e mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial (Rm 15.33; Fp 4.7; 1Ts 5.23; Hb 13.20) [Bíblia de Estudo Pentecostal].

c)          Paz: A calma interior que resulta da confiança no relacionamento de proteção entre uma pessoa e Cristo (Bíblia Mec Artur).

d)  Paz: (Gr. eirene) o estado de quietude, descanso, repouso, harmonia, ordem e segurança no meio da contenda, lutas e tentações (Is 45.7) [Bíblia Dake].


“Na véspera de sair deste mundo, Jesus entregou Seu espírito ao Pai. Legou seu corpo a José de Arimateia, para enterrar. Sua roupa deixou aos soldados. Entregou sua mãe aos cuidados de João. Mas não tinha ouro nem prata para legar a Seus discípulos. Deixou-os, contudo, o que era infinitamente de maior valor, a sua paz (João 14.27) [Orlando Boyer]”.


A verdadeira paz não se encontra no pensamento positivo, na ausência de conflitos ou nos bons sentimentos. Ela vem de saber que Deus está no controle de todas as coisas. Nossa cidadania no Reino de Cristo está garantida (Fp 3.20,21), nosso destino já foi determinado e podemos alcançar a vitória sobre o pecado.


1.4.     A paz no sentido geral

Um estado de calma e tranquilidade, livre de agitação e conflito: um estado de harmonia, de uma ordem mantida sem violência; um estado de amizade e de acordo.

O termo hebraico envolvido na tradução paz é o bem conhecido shalom. Além de “paz”, esta palavra pode significar bem, feliz, tranquilo, saúde e prosperidade. O termo grego envolvido é eirene que tem as ideias de paz, harmonia, unidade, acordo descanso e quietude.

1.2. Paz com Deus – Só existe uma maneira para estarmos em paz com o nosso Criador: mediante a nossa justificação, cuja ocorre quando nós pela fé, recebemos Jesus como nosso único e suficiente Salvador. Então, somos declarados justos diante de Deus.

1.3. Promotor da paz – Quem já experimentou a justificação e a reconciliação com Deus torna-se um pacificador (Mt 5.9).

O crente que já recebeu a paz de Deus em seu coração precisa partilhar dessa paz com todos os que estão aflitos, tornando-se um embaixador da paz (2 Co 5.20).

Devemos buscar a verdadeira paz mediante a justificação, em Cristo, pela fé.

  
ð             Três maneiras pelas quais o Espírito Santo influencia nossa vida


1)           O Espírito Santo nos dá discernimento com relação às nossas amizades. Algumas pessoas são contenciosas. Suas críticas geram uma atmosfera de conflito e ira   -   2 Timóteo 3. 5b; 2 Timóteo 2.23.

2)          O Espírito Santo aumenta nossa paciência, o que sempre traz paz para nossas circunstâncias também - 2 Timóteo 2.24; Provérbios 26.20,21.

3)           O Espírito Santo nos dá coragem e força para nos afastarmos da companhia de pessoas tolas. Isso aumenta nossa paz - “Mantenha-se longe do tolo, pois você não achará conhecimento no que ele falar” (Provérbios 14.7).


A Palavra de Deus é um instrumento de paz. “Os que amam a tua lei desfrutam paz, e nada há que os faça tropeçar” (Sl 119. 165).

Devemos acolher a Palavra de Deus como o instrumento mais eficiente de mudança em nossa vida. Foi por isso que Paulo escreveu a Timóteo – 2 Timóteo 3.16,17.

ð  Lembremos sempre: o Espírito Santo é nossa única fonte de paz genuína.


II.            INIMIZADES E CONTENDAS = AUSÊNCIA DE PAZ

O objetivo da inimizade, da discórdia e das dissensões é promover a destruição, da família (o casamento), da sociedade, e principalmente a Unidade da Igreja do Senhor Jesus Cristo.

Para viver a missão de anunciar o Reino de Deus aos povos, o crente precisa viver em paz com todos.


2.1. – Três tipos de inimizades – Inimizade para com Deus (Rm 8.7), inimizade entre as pessoas (Lc 23.12) e hostilidade entre grupos e pessoas (Ef 2.14-16).

Em Gálatas, Paulo apresenta a inimizade, as contendas e as disputas como obras da carne (Gl 5.20).

2.2.   – Inimizade e soberba – A inimizade é geralmente o resultado da soberba. Por isso, o Senhor abomina o coração altivo (Pv 6.16,17). A inimizade nasceu no momento em que o homem pecou contra Deus, no Éden (Gn 3.15). A inimizade não é apenas um sentimento de ódio contra alguém, e sim contra tudo aquilo que é bom.

Na palavra “inimigo” ou “inimizade” está expresso o ódio que alguém dominado pela obra da carne, pratica.

A Bíblia está repleta de exemplos de inimigos (Sl 6.10; Is 1.24), e a Palavra declara que todos que são dominados por essa obra da carne sempre causam grandes males.

A inimizade é dominada pelo ódio e seu objetivo é prejudicar (Gn 4.5-8). Por isso esse sentimento sempre foi combatido por Deus.

Os que vivem na prática de inimizade, inclusive contra Deus, serão punidos. Esse castigo seria baseado na lei da semeadura (Ex 21.24,25).  Em Jesus Cristo todos são iguais: “Não há servo nem livre, não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl 3.28). O crente que assim age é carnal e precisa arrepender-se dos seus pecados (I Co 3.3).

As inimizades e segregações são um “produto” da carne, de uma natureza pecaminosa. Deus proíbe a acepção de pessoas e toda a sorte de inimizades (At 10.34; Tg 2.8,9).

2.3.   – Inimizade e facção – Na igreja de Corinto, os irmãos começaram a se dividir e formar partidos em torno de Paulo, Apolo e Cefas (1 Co 1.12,13).

O crente que tem “O Fruto do Espírito” busca o bem de todos, com ele não há inimizades. Procura manter o vínculo da perfeição, estende as mãos para ajudar e trata a todos com amor e respeito (Cl 3.12-14).


III.           VIVAMOS EM PAZ

A paz como virtude do fruto do Espírito age no crente concedendo-lhe tranquilidade em meio ao desespero, tempestade, tumultos e agitação.

A paz que reina em nosso coração é denominada de Paz de Deus, a qual vem precedida pela Paz com Deus.

3.1.  O favor divino – Em Cristo, gentios e judeus são iguais pois fomos de igual modo alcançados por Cristo. Em Rm 1.17, Paulo exorta aos gentios para que sejam sempre gratos a Deus, pois eram zambujeiros e foram enxertados na videira (Rm 11.17; Gn 12.3; Sl 133.1).

3.2.  A cruz de Cristo – Se Cristo não morresse na cruz pelos nossos pecados estaríamos para sempre separados da presença de Deus; não deixaríamos de ser inimigos dEle. Mas, mediante a fé no sacrifício da cruz por nosso Senhor Jesus Cristo fomos reconciliados com Deus.


Jesus não merecia aquela morte cruel, mas por amor a nós ele não abriu a sua boca para reclamar ou dizer palavras ofensivas aos seus algozes (Is 53.7; Jo 3.16). Ele sabia o porquê de sua missão e que seu sacrifício era necessário para que pudéssemos nos reconciliar com Deus.

3.3.  A nossa missão – Após sua morte Jesus ressuscitou ao terceiro dia e antes de ser assunto aos céus também nos deu uma missão: (Mt 28.19,20). Para darmos cumprimento a essa missão, precisamos viver em paz com todos.


Conclusão: - Para darmos cumprimento a essa missão precisamos viver em paz com todos e anunciar ao mundo que somente em Jesus Cristo temos verdadeira paz, pois Ele é o Príncipe da Paz (Is 9.6).


A paz com Deus e com a própria consciência, ou seja, uma harmonia pacífica de temperamento e comportamento em relação aos outros é a paz como fruto do Espírito - Matthew Henry em seu Comentário Bíblico do NT.  (Jo 14.27; 16.33).

Somente pode ter a paz àquele que foi reconciliado com Deus através do sangue de Jesus Cristo derramado na cruz, pois somente a este foi concedido o Espírito que testifica em nosso coração que somos amigos de Deus.

Esta paz verdadeira abrange todas as esferas da nossa vida independente das situações em que vivemos.


Bibliografia:


ü      Pr. Gomes Osiel (Comentarista).  Lições Bíblicas EBD CPAD 1º Trimestre 2017
ü      Pr. Gomes Osiel. AS Obras da Carne e o Fruto do Espírito.  Editora CPAD. 2017, Rio de Janeiro.
ü      Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
ü      Bíblia Palavra Chave CPAD
ü      Bíblia de Estudo Despertar (NTLH).
ü      NEE Watchaman. O Homem Espiritual – (Vs I, II, III1). Editora Betânia. 1ª. Edição –

        Belo Horizonte, 2001.
ü      CAMPOSTRINI Hildomar. O Homem de Adão a Cristo – Distribuição Ebar Editora. Rio de Janeiro 1995.
ü    ANDRADE, Claudionor de. Dicionário de Profecia Bíblica. Editora CPAD. Rio de Janeiro, 2006 – 8ª. Edição.
ü     BARCLAY, William (V.II). As Obras da Carne e o Fruto Espírito. Editora Vida Nova, São Paulo, 2000
ü     SILVA, Severino Pedro da. O Homem Corpo, Alma e Espírito. CPAD. Rio de janeiro, 1988
ü    BOYER Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica (Dicionário, Concordância, Chave     Bíblica, Atlas Bíblico. CPAD. Rio de Janeiro, 2008
ü     KASCHEL Werner e ZIMMER Rudi. Dicionário da Bíblia de Almeida. 2ª. Edição SBB. Barueri, São Paulo, 2005
ü     WOLFF, Hans Walter. Antropologia do Antigo Testamento. Editora Hagnos. São Paulo, 2007

ü      Fonte: pastorjoaobarbosa@gmail.com


Aula elaborada por, Maria Valda
Pastora da: ADMEP