sábado, 29 de outubro de 2016

QUEM FOI SARA NA BÍBLIA?



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Sara foi esposa de Abraão e mãe de Isaque. A história de Sara está registrada no Antigo Testamento, no livro de Gênesis. Neste estudo bíblico conheceremos tudo sobre quem foi Sara na Bíblia.

O nome Sara significa “princesa” (heb. sarah). Antes de ter seu nome trocado, Sara se chamava “Sarai” (heb. saray), que também significa princesa. Vale dizer que há também outra Sara citada na Bíblia, a filha de Aser (Nm 26:46), embora que em algumas versões seu nome aparece escrito como “Sera”.

A História de Sara


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Como já dissemos, Sara foi a principal esposa de Abraão. Ela era cerca de dez anos mais nova que o patriarca. Além de esposa se Abraão, Sara também era sua meia-irmã por parte de pai, Tera (Gn 20:12).

Quando Deus chamou a Abraão, Sara o acompanhou, partindo com ele de Ur dos Caldeus, passando por Harã e, finalmente, chegando até à terra de Canaã. A mudança de nome de Sarai para Sara, ocorreu quando ela tinha 90 anos de idade.

Sara e Abraão no Egito

Devido à fome que castigou a terra de Canaã, Abraão e Sara partiram para o Egito (Gn 12:10,11). Na ocasião, Sara já tinha 65 anos de idade, apesar disso era considerada uma mulher muito bonita, a ponto de Abraão, temendo por sua própria vida, pedir que ela se apresentasse apenas como sua irmã.

No Egito, Sara chamou a atenção dos egípcios e dos príncipes de Faraó, sendo que o próprio Faraó se sentiu atraído por ela e a levou para seu harém.
Entretanto, o Senhor castigou a Faraó e a sua casa por causa de Sara, o que fez com ele chamasse a Abraão e o confrontasse por ter omitido a informação de que ela era sua esposa. Faraó devolveu Sara a Abraão, e ordenou que eles partissem para longe do Egito (Gn 12:12-20).
Cerca de vinte anos depois, outro episódio muito semelhante a este aconteceu. Abraão, mais uma vez, ocultou a informação de que Sara era sua esposa. O fato ocorreu com relação à Abimeleque, rei de Gerar.

Neste caso, Deus avisou Abimeleque em sonhos, de que Sara era a esposa de Abraão, e caso não respeitasse essa condição, ele seria fatalmente penalizado. Prontamente Abimeleque procurou a Abraão, e o questionou acerca de sua atitude.
Abimeleque devolveu Sara a Abraão, e também lhe deu ovelhas, vacas, servos e servas, talvez como um tipo de compensação pela ofensa. Isso fez com que o patrimônio de Abraão aumentasse ainda mais.
Também vale dizer que Abraão e Sara viviam entre um povo pagão antes da convocação divina. De acordo com as leis da Mesopotâmia daquela época, a condição de esposa-irmã representava uma posição social ainda mais elevada, e segundo os textos de Nuzu, o vínculo do casamento era considerado mais solene.


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Sara, Agar e a tristeza da esterilidade

Sara era estéril, e tal condição era um opróbrio continuo para ela. Ainda mais depois da promessa que Deus havia feito a Abraão de que ele seria pai, Sara desesperou-se para lhe conceder um herdeiro.

Sara então incentivou Abraão a ter um filho com sua serva pessoal Agar, uma jovem egípcia (Gn 16:1-3). Para tanto, Sara utilizou um costume frequentemente atestado na Antiga Babilônia, apoiado em uma norma legal de que uma esposa estéril deveria prover a seu marido uma mulher que lhe gerasse filhos em seu nome. Tal mulher geralmente era uma criada.

Se Sara usou uma norma legal para arquitetar seu plano, ela também agiu de acordo com as leis comuns na Mesopotâmia quando tratou a Agar de forma muito dura por esta tê-la desprezado por conta de sua esterilidade (Gn 16:4).

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Sara e as promessas de Deus

Quando Sara completou 90 anos de idade, ela recebeu a promessa divina de que teria um filho dentro de um ano, e que tal como Abraão, ela se tornaria a “mãe das nações”. Na verdade, essa promessa ocorreu por duas vezes, sendo que na primeira foi onde seu nome foi mudado juntamente com o de seu marido (Gn 17:17-17; 18:9-15).

Na segunda ocasião, Abraão recebeu uma teofania e pediu que Sara fizesse alguns bolos para os visitantes divinos. Ao escutar a profecia acerca do nascimento de um filho seu, Sara sorriu com incredulidade, julgando ela ser impossível de se cumprir haja vista sua idade.
Apesar de Sara negar que seu riso ocorreu no sentido de zombaria, o Senhor conhecia suas verdadeiras intenções. Sara foi repreendida com a seguinte frase: “Haveria coisa alguma difícil ao Senhor? “. A partir daí a dúvida deu lugar à fé, e Sara foi revigorada, e a promessa foi cumprida com o nascimento de Isaque.


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Após o nascimento de Isaque, Sara teve problemas com Ismael e Agar. Na festa de desmame de Isaque, Sara percebeu que Ismael estava zombando de seu filho. Muito irada, Sara ordenou que Agar e Ismael fossem embora.

Com essa atitude, Sara também desejava que Isaque não precisasse dividir sua herança com o meio-irmão. Se nas outras ocasiões Sara agiu de acordo com as leis da Mesopotâmia, nesse caso ela estava agindo de forma contrária, pois Abraão já havia reconhecido legalmente Ismael como seu filho (Gn 17:23-26).
A morte de Sara

Sara tinha 127 anos de idade quando morreu, e foi sepultada por Abraão na sepultura que ele comprou para a família, perto de Hebrom, na cova de Macpela (Gn 23). Curiosamente, Sara é a única mulher na Bíblia que possui sua idade registrada por ocasião de sua morte.

Sara no Antigo e no Novo Testamento

Além do livro de Gênesis, Sara é mencionada no livro do Profeta Isaías (cap 51:2) como um exemplo de confiança em Deus, e aquela que deu a luz à nação israelita.

Já no Novo Testamento, o Apóstolo Paulo se refere a Sara direta e indiretamente. Na Carta aos Romanos (cap. 4:19), Paulo colocou a questão da esterilidade de Sara como um obstáculo à fé de Abraão, e mencionou o casal entre aqueles cuja fé foi contada como justiça, além de se referir a ela como a mãe dos filhos da promessa (Rm 9:9).

Na Epístola aos Gálatas (cap. 4:21-31), Paulo se referiu a Sara indiretamente, ou seja, não citou seu nome, numa ilustração sobre o filho da escrava e o filho da mulher livre. O Apóstolo Pedro também mencionou Sara como um exemplo de esposa (1Pe 3:6), e o escritor da Epístola aos Hebreus enfatizou a fé de Sara, colocando-a no texto que ficou conhecido como “A Galeria dos Heróis da Fé” (Hb 11:11).


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Fonte: https://estiloadoracao.com/quem-foi-sara-na-biblia/

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

O IMPÉRIO DE SATANÁS E OS “CRISTÃOS” A SEU SERVIÇO



  
DEMOCRACIA E ESTADO LAICO: O IMPÉRIO DE SATANÁS E OS “CRISTÃOS” A SEU SERVIÇO

“Até quando coaxareis entre dois pensamentos: Se o Senhor é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o” (1 Rs 18:21).
 Por Gabriel Reis

Democracia e Estado Laico: O Império de Satanás e os “cristãos” a seu serviçoDemocracia e Estado Laico: O Império de Satanás e os “cristãos” a seu serviço

Antes de mais nada, é necessário explicar o título deste artigo¹. Por democracia, entendemos como o governo do povo, pelo povo e para o povo². Estado laico é quando o poder do Estado é oficialmente imparcial em relação às questões religiosas, não apoiando nem se opondo a nenhuma religião³. Dado essas definições, por quê diríamos que elas são (ou refletem) o Império das trevas?

A razão disso é que para Deus não há o que é comumente chamando de neutralidade, ou seja, o que permanece na imparcialidade. Jesus Cristo disse que “quem não é comigo é contra mim” (Lc. 11:23). Não existe meio termo entre Deus e o diabo. O meio termo já pertence ao inimigo de nossas almas. Deus não faz concessões com as trevas: é tudo ou nada.

E quanto aos “cristãos” a seu serviço? Porque estão se sujeitando ao diabo e fazendo os inimigos de Cristo prevalecerem. Seus valores são estabelecidos por um mundo rebelde inclinado à destruição, são moldados por humanistas seculares que lutam para aumentar a tolerância pela imoralidade pública. Eles são como aqueles em Israel que numa situação da lei de Deus é aceitável, mas em outra situação a “lei de Baal”, ou em termos contemporâneos, leis promulgadas por um Estado humanista. Mas o Senhor ainda fala a pessoas como essas: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos: Se o Senhor é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o” (1 Rs 18:21).

O argumento contra a democracia

O principal argumento contra a democracia encontramos no filósofo grego Platão. O argumento é muito simples. Se estivéssemos doentes, e precisássemos de nos aconselhar com alguém em matéria de saúde, procuraríamos um especialista – o médico. Por outras palavras, quereríamos consultar alguém que tenha tido formação específica para desempenhar a tarefa. A última coisa que desejaríamos seria reunir uma multidão e pedir aos presentes que elegessem, através de voto, o remédio certo.

Tomar decisões legislativas requer reflexão e competência. Segundo Platão, é a função que se deveria deixar aos especialistas. Permitir que o povo decida é como navegar em alto mar consultando os passageiros, ignorando ou desprezando aqueles que são verdadeiramente competentes na arte da navegação. Tal como um navio assim comandado se transviará e irá a pique, também o navio do Estado naufragará.

O argumento de Platão nos é adequado para pensarmos nesse especialista. Segundo Platão, o especialista para legislar seriam os próprios filósofos. Mas é evidente que no decorrer da história a credibilidade desses “especialistas” é colocada em cheque. Filósofos são contraditórios e possuem uma mente corrompida pelo pecado, de modo que a luz da razão natural não consegue chegar a consensos sobre moralidade. O mesmo poderia ser dito de todos os homens da face da terra. Experimente colocar 10 pessoas em uma sala e perguntar a eles sobre assuntos controversos que dizem respeito a moralidade, como aborto, pena de morte e eutanásia, e a minha afirmação estará provada.

Teonomia vs autonomia

Ao aplicarmos as palavras de Jesus à questão dos padrões morais e éticos: “ninguém pode servir a dois senhores” (Mt 6:24), somos convocados a nos posicionar com Deus ou encontrar o padrão ético em alguma outra fonte, seja na sociedade, razão humana ou nos filósofos, que equivale a uma rejeição da autoritária lei de Deus. A batalha cósmica no reino da ética é entre Deus e o homem, teonomia e a autonomia, sabedoria e a loucura.

Os cristãos têm um mandado para promover uma sociedade caracterizada pela justiça. Jesus disse que “bem-aventurados os que tem fome e sede de justiça, porque serão saciados” (Mt. 5:6). A justiça reflete a vontade de Deus, e não significa pagamento de benefícios da assistência social ou a redistribuição das riquezas; antes, significa obedecer à lei de Deus punindo os ímpios. Depois de entregar os padrões da lei de Deus a Israel, Moisés exclamou: “Que grande nação tem decretos e preceitos tão justos como esta lei que estou apresentando a vocês hoje? ” (Dt. 4:8). Além disso, “os homens maus não entendem o que é justo” (Pv. 28:5). O padrão de justiça é revelado pela Lei de Deus que procede do caráter justo, imutável e soberano dEle.

A rejeição da autoritária e perfeita lei de Deus é evidente no pensamento dos cristãos contemporâneos. Colocam a sua razão como o juiz da própria Lei de Deus, determinando que ainda devem vigorar (se é que alguma deve), quais leis estão de acordo com as noções modernas de justiça, e aceitando que no final é a própria sabedoria e senso moral do homem moderno que se torna o padrão de certo e errado. Deus não permite o homem ser uma lei para si mesmo em nenhuma esfera da vida, incluindo a civil. A pretensa autonomia apenas revela a raiz do pecado: “ser igual a Deus e conhecer o bem e o mal independente dEle” (Gen. 3:5). Fazer suas próprias leis, é o homem seguindo a mentira de Satanás e vivendo a sua rebelião contra Deus e sua lei. É a tentativa de o homem ser o seu próprio deus. Cristãos que defendem o Estado laico: vocês estão a serviço do diabo! Quando Deus deixa de ser o centro, outra coisa toma o seu lugar. Seja o Estado, Alá, liberdades individuais, etc. E dessa forma, a Igreja tem recuado para o inferno avançar. Enquanto isso o diabo agradece pelo serviço.

Lidando com algumas objeções

Não estamos afirmando a união de Igreja e Estado, estamos afirmando a submissão que o homem deve ter a Deus e a autoridade de sua lei. Essa perversão secular da doutrina bíblica da separação institucional da Igreja e do Estado é na verdade uma tentativa de o homem autônomo deificar o Estado, e fazer da palavra do Estado a lei da nação em lugar da palavra de Deus.

Alguns críticos podem objetarem dizendo que além de não poder haver união de Igreja e Estado (e isso não negamos), não deve haver influência de alguma religião, pois eu estaria impondo alguma coisa a uma pessoa. Algumas observações devem ser feitas: Primeiro, toda lei é necessariamente religiosa, pois toda lei é uma expressão de moralidade. E a moralidade está baseada em valores. Pela própria natureza, valores são conceitos religiosos. Logo, a própria afirmação que o Estado deve ser religiosamente neutro, procede desses pressupostos religiosos. Se a religião cristã é verdade, então temos uma autoritária Palavra de justiça imutável como o padrão de moralidade social. Segundo, como demonstrada por uma boa apologética, não há nenhum padrão moral absoluto fora de Deus, dessa maneira, eu não tenho base para afirmar dever moral algum, incluindo o dever de não impor nada a alguma pessoa, e o anarquismo reinaria. Terceiro, é impossível o Estado não impor algo, ele impõe punições aos assassinos, e isso é algo bom a ser feito. A questão é quais são as leis e punições que deveriam ser impostas para a nossa sociedade, independente do que os seus transgressores façam ou acham, a rejeição desse princípio nos levaria novamente a um anarquismo.


A autoridade de Deus

Incrédulos astutos querem ditar que a religião deve permanecer no campo da religião, e não influenciar em cada esfera da vida. Mas isso não pode ser verdade na religião cristã, pois ela não é uma religião de palavras, mas de vida. Este é o mundo de Deus e todos devem reconhecer isso: “Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam. ” (Salmos 24:1) E infelizmente, alguns cristãos tem cedido aos ataques desses humanistas pensando que sua religião diz respeito a somente a esfera privada.

Greg Bahnsen comentando o Salmo 2 escreveu: “No aspecto ético, o salmo 2 retrata Deus reagindo à oposição política a Cristo ao desafiar os “reis […] e autoridades da terra” a se tornarem sábios e a aceitarem a advertência (v. 10). É tolice moral absoluta desobedecer ao Rei a quem o Senhor entronizou. É digno de nota que esse versículo é dirigido não simplesmente aos magistrados do Estado teocrático de Israel, mas a todos os reis e juízes “da terra”, especialmente àqueles que ousam desafiar a Jesus Cristo no exercício do governo civil. Não podemos escapar da verdade bíblica de que todo e cada governante terreno está sob as obrigações morais estabelecidas divinamente e declaradas neste salmo: “Adorem o Senhor com temor […] Beijem o filho” (v. 11,12). Servir ao Senhor com temor sem questionar significa obedecer aos mandamentos (v. Dt 10.12,13; Js 22.5; Sl 119.124-126). Demonstrar reverência ao “filho” na forma de um beijo era um ritual antigo, por meio do qual a autoridade de um líder era reconhecida (e.g., 1 Sm 10.1). ”4

O triste é que muitos cristãos creem que a constante secularização das áreas da vida é inevitável e que os cristãos não deveriam se envolver na “cristianização” dessas áreas. Portanto, temos testemunhado o constante declínio da política. Os cristãos têm recuado para o inferno avançar, ao invés de acreditar que Cristo Reina até que haja posto todos os seus inimigos debaixo de seus pés (1Co 15:25), crendo que as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja (Mt. 16:18) e que o reino de Cristo dominará os reinos deste mundo (Ap 11:15). “E o governo está sob os seus ombros. E ele será chamado […] Príncipe da Paz. Ele estenderá o seu domínio, e haverá paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, estabelecido e mantido com justiça e retidão, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isso” (Is 9:6,7). 5

[1] Os escritos desse artigo foi motivado de uma indignação com as colocações de um “pastor” eleito como candidato a vereador pelo PSOL chamado Henrique Vieira. Não irei deixar a referência do vídeo, mas quem tem ciência perceberá que no decorrer do artigo busco responder os seus posicionamentos de uma perspectiva bíblica.

[2] Reconheço que há vários sentidos de “democracia”. A minha oposição não é especificamente aos processos democráticos como são comumente compreendidos e usados, a minha oposição é contra a centralidade do povo.

[3] Argumento posteriormente que toda ética é necessariamente religiosa, incluindo a concepção laicista do Estado.

[4] Citação retirada do livro: Five views on Law and Gospel.

[5] Aqui nos distanciamos do aspecto ético e nos aproximamos do escatológico. E isso é digno de nota pois creio que a maioria dos meus leitores possam ter estranhado esse último parágrafo. Mas de acordo com a hermenêutica pós-milenista, o mundo não tende a piorar. Além disso, a aplicação da ética cristã em cada área da vida, incluindo a política, como foi abordada no artigo, não exige a aceitação do pós-milenismo
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* As opiniões expressas nos textos publicados são de exclusiva responsabilidade dos respectivos autores
e não refletem, necessariamente, a opinião do Gospel Prime.

Fonte: https://artigos.gospelprime.com.br/democracia-e-estado-laico-o-imperio-de-satanas-e-os-cristaos-seu-servico/

POSSUIR BÍBLIA JÁ É MOTIVO PARA CRISTÃOS ...


POSSUIR BÍBLIA JÁ É MOTIVO PARA CRISTÃOS SEREM PRESOS NO NEPAL

‘Quem evangelizar será preso’, alerta governo nepalês

Por Jarbas Aragão 
Possuir Bíblia já é motivo para cristãos serem presos no Nepal

Possuir Bíblia já é motivo para cristãos serem presos no Nepal

No Nepal, cristãos representam menos de dois por cento dos 28 milhões de pessoas. A grande maioria da população é hindu. As mudanças na legislação resultaram em grande restrição da liberdade religiosa.

Oito cristãos atualmente aguardam julgamento, acusados de evangelização ilegal. Eles foram presos após terem distribuído uma história em quadrinhos que contava a vida de Jesus para crianças. O material era oferecido gratuitamente para as pessoas atendidas em sessões de aconselhamento, direcionadas aos sobreviventes do terremoto de 2015.

Tanka Subedi, pastor da Igreja Família de Deus, com sede na capital Kathmandu explica que nos últimos dois anos, a perseguição aos cristãos no país aumentou drasticamente. Ele afirma que existem pelo menos 15 casos denunciados que podem resultar em mais prisões.

“Os cristãos foram presos e espancados sem motivo”, protesta. “Os líderes políticos estão acusando falsamente os cristãos de oferecer dinheiro para as pessoas se converterem”.

Os pastores agora estão com medo de distribuir Bíblias e literatura cristã como costumavam fazer pois temem que seja um policial disfarçado, que poderá acusá-los de tentar converter os outros à força.

“As crianças estão traumatizadas”, acrescenta. Desde meados do ano, orfanatos e ONGs cristãs que trabalham com igrejas estão sendo regularmente perseguidas. Isso inclui o trabalho com meninos e meninas. Diversas igrejas descobriram que foram jogadas na ilegalidade.
O pastor Tanka esclarece a situação, lembrando que o governo baixou uma nova lei que “revoga a liberdade das minorias religiosas. Os parentes dos cristãos que estão presos passam por grandes apuros, pois não têm dinheiro para os custos legais. Quando é o chefe da família que está na cadeia, não podem mais prover para sua família”.

Ele clama que os “cristãos do Ocidente orem com urgência pelo Nepal e tomem alguma ação prática, pedindo que seus governos protestem contra a supressão de liberdade dos cristãos nepaleses”.

Desde que a nova Constituição do Nepal foi assinada, que fazia a transição de uma monarquia hindu para uma república democrática secular, existe a previsão de cadeia para quem tentar fazer outra pessoa mudar de religião. A nova onda de perseguição ocorre em meio a um avivamento no país.

Os casos mais urgentes são de Bimal Shahi, Prakash Pradhan e Shakti Pakhrin, que foram detidos pela polícia acusados de tentativa de conversão ilegal por terem distribuído literatura evangelística para as crianças.

Eles fazem parte do ministério Teach Nepal e quando os policiais os prenderam foi feita uma revista em seu carro. A Bíblia encontrada no automóvel foi usada como ‘prova’ de que eles praticavam o cristianismo. Em sua defesa, eles alegam que não forçaram ninguém a repetir orações, apenas ofereceram o material para quem se interessava.

Os diretores das duas escolas que receberam os missionários foram presos, bem como um pastor local que ajudou a Teach Nepal e fazer seu trabalho.

Acusações falsas
A Christian Solidarity Worldwide, ministério que trabalha com a igreja perseguida, afirmou que a eventual condenação desses cristãos poderá criar um precedente perigoso. A acusação é a primeira na história do país desde que a Constituição foi promulgada, no ano passado.

Uma das acusadas de forçar a conversão de crianças em outro caso, explica a situação difícil que está vivendo. Ela ajudou diversas famílias a alimentar os filhos depois do terremoto e decidiu fundar um orfanato em sua casa.

Após uma denúncia, a polícia esteve no local e achou uma Bíblia no seu quarto. “Como resultado, foi falsamente acusada de forçar as crianças à conversão religiosa. É óbvio que um cristão tem Bíblia em casa, mas isso não significa que a pessoa está fazendo proselitismo. Mas não adiantou eu explicar, pois fecharam o meu orfanato. ”

Quando ela decidiu levar as 14 crianças que cuidava para um orfanato cristão na capital Kathmandu, foi detida e acusada de tráfico humano. Se condenada, a pena no seu caso será muito severa. 

Com informações de Christian Today


Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br/possuir-biblia-cristaos-presos-nepal/