2016
É O NOSSO ANO CORRENTE
VEJA!
A LEI DA
NUMEROLOGIA DAS ESCRITURAS
Muitos dos números usados nas
Escrituras têm um significado e importância definidos, de modo que muitas vezes
o próprio número indicará o assunto geral do contexto em que é usado. Essa é só
mais uma das muitas provas infalíveis de que Deus não faz nada descuidadamente
ou por mero acaso, mas que tudo é feito de modo que fique em harmonia com o
grande e totalmente abrangente plano e programa de Deus.
Os números têm um grande significado, não só nas Escrituras, mas em
todas as áreas da vida humana, havendo uma repetição coerente do mesmo número
em várias áreas da natureza, cronologia, química, música e outras áreas. E. W.
Bullinger mostra isso em seu livro Number in Scripture (Número
nas Escrituras). Ele também observa o seguinte:
“Não podemos ter nem palavras nem obras sem “número”. A pergunta a que
devemos responder é: O número é usado com um propósito intencional ou por
acaso” Certamente, se Deus o usa deve ser com sabedoria infinita e com
perfeição gloriosa. E assim é. Cada número tem seu próprio significado; e seu
sentido se acha em harmonia e relação moral com o tema em conexão com o qual se
mantém. Essa harmonia é sempre perfeita. Cada palavra do Livro de Deus está em
seu lugar certo. Pode às vezes nos parecer um desarranjo. A fechadura pode
estar num lugar, e a chave pode às vezes estar escondida em outro lugar, em
alguma palavra ou sentença aparentemente sem propósito” The Word In
Scripture (A Palavra nas Escrituras), p. 21.
Se, pois, em nossa interpretação das Escrituras, sempre tivermos em
mente o significado de cada número, isso nos ajudará a confirmar nossas
interpretações. A numerologia das Escrituras não é tanto para ser usada para
interpretar as Escrituras, quanto para confirmar as interpretações logo que
tiverem sido feitas, utilizando-se as precedentes Leis de Interpretação.
Dizemos isso como um aviso, pois temos lido de alguns indivíduos que se
esforçaram para tornar a numerologia das Escrituras a única regra para
interpretar as Escrituras. Eles até tentaram determinar quais versículos eram
genuínos e quais eram adições ou alterações posteriores examinando o valor
numérico que até mesmo as letras têm. Mas isso é um engano que levará a mais erros.
Apesar disso, onde as Escrituras apresentam um número definido, geralmente tem
um significado definido como as próprias palavras têm.
Como ilustração do significado dos números das Escrituras, citamos o uso
do número quarenta. Quando aparece sozinho é quase sempre usado de tal modo que
está de alguma maneira relacionado com um período de provação ou teste, depois
do qual há julgamento ou aprovação. Assim, houve chuva na terra por quarenta
dias e quarenta noites antes que a terra fosse finalmente destruída pelo
dilúvio, Gênesis 7:4,12. E assim os filhos de Israel comeram maná por quarenta
dias no deserto, Êxodo 16:35. O propósito expressamente declarado disso é
provar se eles andariam de acordo com as leis de Deus ou não, Êxodo 16:4. E
assim Moisés esteve no monte com o Senhor por quarenta dias e quarenta noites
para testar os israelitas, se eles obedeceriam a Deus conforme eles haviam dito
que fariam, Êxodo 34:28 comparado com Êxodo 19:5-8. Assim Jesus foi testado por
quarenta dias e quarenta noites no deserto antes de Ele entrar em Seu
ministério, Mateus 4:2; Marcos 1:13; Lucas 4:2. E assim Jesus foi visto pelos
discípulos quarenta dias após a ressurreição antes de Ele ser elevado ao céu,
Atos 1:3. Essa característica sobre esse número é tão comum nas Escrituras que
há pouca necessidade de um argumento para demonstrar esse fato.
Esse fato se mantém válido para muitos outros números, embora
aparentemente não para todos os números que aparecem na Palavra de Deus. Ao
menos alguns números não têm tal aparente significado como outros têm. Os
seguintes são alguns dos números mais comuns, e seu significado habitual.
O número um é a unidade principal usado na composição
de todos os outros. É o número da unidade, e consequentemente é associado à
Divindade, pois Deus é uma unidade ao mesmo tempo em que Ele é uma Trindade.
Assim, as Escrituras declaram: “Ora, o medianeiro não o é de um só, mas
Deus é um”. (Gálatas 3:20) “Porque há um só Deus, e
um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem,”.
(1 Timóteo 2:5)
Muitas vezes esse número é usado onde se declara o pensamento da unidade
como em Mateus 19:5-6: “E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se
unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne” Assim não
são mais dois, mas uma só carne…”. “E no dia seguinte, pelejando eles,
[Moisés] foi por eles visto, e quis levá-los à paz, [à união, no grego]”. (Atos
7:26) “Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém
agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um
Pastor”. (João 10:16) “Eu e o Pai somos um”. (João 10:30) “Para
que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que
também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me
enviaste”. (João 17:21) “Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito
“. (1 Coríntios 6:17) E muitas outras referências há que mostram o significado
do número um. Esse número é tal que não se pode dividi-lo sem
fragmentá-lo, de modo que deve significar unidade de algum tipo.
O número dois tem vários significados relacionados, e
esses foram tão bem explicados por A. W. Pink que nada podemos fazer melhor do
que citar suas palavras.
“O número dois, em seus significados escriturísticos, trata da diferença
ou divisão. Prova disso se acha na primeira vez em que ocorre na
Bíblia: o segundo dia de Gênesis 1 foi quando Deus dividiu as
águas. Daí, dois é o número do testemunho, pois se o testemunho de
dois diferentes homens concordam, a verdade é comprovada. Dois pois
é o número de oposição. Um é o número de unidade, mas dois faz entrar
outro, que ou está de acordo com o primeiro ou se opõe a ele. Daí, dois é
também o número do contraste, consequentemente, toda vez que
achamos dois homens juntos nas Escrituras é, com rara exceção, para o propósito
de salientar a diferença que há entre eles”. Gleanings In
Exodus (Ceifando em Êxodo), p. 8.
Algumas das muitas Escrituras que comprovam essas coisas são as
seguintes: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de
odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro”. (Mateus
6:24) “Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela
boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada”
Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra
acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos
céus”. (Mateus 18:16, 19) “E na vossa lei está também escrito que o
testemunho de dois homens é verdadeiro”. (João 8:17) “E, orando, disseram;
Tu, Senhor, conhecedor do coração de todos, mostra qual destes dois
tens escolhido,”. (Atos 1:24) “O que
se entende por alegoria; porque estas são as duas alianças: uma, do
monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar”. (Gálatas 4:24)
O número três é o número da manifestação, pois Deus se
manifesta nas três Pessoas da Trindade. Pelo fato de que esse número tem esse
significado, é também o número da ressurreição, e aparece nessa ligação mais do
que em qualquer outra. A própria primeira vez em que esse número aparece no
Novo Testamento lida com isso. “Pois, como Jonas esteve três dias e
três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três
dias e três noites no seio da terra”. (Mateus 12:40) Que esse número é
tanto o número da Deidade quanto da ressurreição é revelado onde essas duas
coisas são reunidas em Romanos 1:4: “Declarado Filho de Deus em
poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos
mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor”. Enquanto está ligado várias vezes ao
número dois, como em Mateus 18:16, é revelado que onde há duas testemunhas
testificando a verdade de um assunto, o três é um passo a mais. É uma
manifestação maior da verdade.
O número quatro está intimamente ligado à terra, pois
lemos acerca dos “quatro ventos”, Marcos 13:27; Apocalipse 7:1, “os
quatro cantos da terra”, Apocalipse 7:1; 20:8; “os quatro confins da
terra” Isaías 11:12.
Não só isso, mas até mesmo em nossas conversas comuns, muitas vezes
falamos das quatro estações, as quatro direções, os quatro
elementos (quer dizer, terra, ar, fogo e água) que no passado se cria
constituíam toda a matéria. E muitos outros tais empregos do número quatro que
o associam com a terra. Assim, quatro é associado com universalidade e
abrangência. Deus fala dos quatro juízos sobre Israel em
Ezequiel 14:21, que eram abrangentes e universais sobre todo o Israel.
O número cinco é o número associado com a graça, e
muitas vezes tem esse significado nas Escrituras. Assim, o número cinco é bem
proeminente no Tabernáculo e seu sistema sacrificial, pois esse número
descrevia Cristo em Sua Pessoa e obra. Só para citar uma ilustração disso,
vemos que o altar de bronze média cinco cúbitos por cinco cúbitos, Êxodo
27:1-2, que significaria que só pela graça o homem pode se aproximar de Deus.
Isso é exatamente o que foi operado na cruz, e quase todos os tipologistas
admitem que o altar de bronze tipificava a obra de Cristo na cruz. Deus disse
desse altar de bronze que “ali virei aos filhos de Israel”, Êxodo 29:43, que
mostra que só Cristo é o caminho de aproximação para o Pai, harmonizando com
Efésios 2:5, 8: “Pela graça sois salvos”.
O número seis é o número do homem nas Escrituras, pois
o homem foi criado no sexto dia da semana da criação, Gênesis 1:26-31. E de
cada sete dias, seis dias foram dados ao homem, mas o sétimo é reservado para o
Senhor, Êxodo 20:9-11. Mas esse número não é associado com o homem somente nas
Escrituras, pois até mesmo homens mundanos inconscientemente associam o número
com o homem.
“Seis é o número do homem. Foi no sexto dia que o homem foi criado
(Gênesis 1:26, 31). Seis dias são a duração do trabalho semanal do homem (Êxodo
20:9). É impressionante como esse algarismo é proeminente na medida que o homem
usa em conexão com seu trabalho: cada um dos seguintes é um múltiplo de seis.
Há doze polegadas para o pé: dezoito para o cúbito: trinta e seis para a jarda.
Assim é também com a divisão do tempo do homem. O dia tem vinte e quatro horas,
cada uma dessas é composta de sessenta minutos, e esses de sessenta segundos. É
extraordinário que há sóseis palavras na Bíblia para designar o
“homem” quatro no hebraico e duas no grego. Numa perfeita combinação, Aquele
que tomou o lugar do homem pecador foi crucificado na sexta hora (João 19:14)””
A. W. Pink, Gleanings In Exodus (Ceifando em Êxodo), p. 222.
Não só isso, mas quando o Anticristo entrar em cena, ele terá “o número
de um homem”, Apocalipse 13:18, mas seu número é 666” o número do homem
levantado ao terceiro poder, pois ele será um homem deificado. E há
um quadro interessante do homem natural que dá para se ver nas seis talhas em
João 2:1-11, pois elas estavam frias e vazias até que o poder do Mestre entrou
no quadro. Quando, por Sua ordem, elas foram cheias de água (que simboliza a
Palavra de Deus, Efésios 5:26), a água foi miraculosamente transformada em
vinho, e portanto transformada em bênção, Salmo 104:15. E há outros simbolismos
aqui também.
O número sete é o número da perfeição divina, pois no
sétimo dia Deus descansou de todas as Suas obras, Gênesis 2:2. No Novo Testamento,
esse número aparece mais vezes no Livro de Apocalipse do que em todo o restante
do Novo Testamento junto. E isso é como deve ser, pois Apocalipse é o Livro
final da Bíblia, e revela as obras finais de Deus com a humanidade. Aí lemos de
sete igrejas, sete espíritos de Deus, sete candelabros de ouro, sete estrelas,
sete selos, sete chifres, sete olhos, sete anjos, sete trombetas, sete trovões,
sete cabeças, sete últimas pragas, sete frascos de ouro, sete montanhas, sete
reis e sete novas coisas. Onde quer que esse número apareça, o provável é que
ele tenha um significado mais espiritual do que quase qualquer outro número em
toda a numerologia das Escrituras.
O número oito tem o significado de novos começos, pois
vem depois do sete, o número da perfeição. Foi no dia depois do sábado “no
oitavo dia, em outras palavras” que Jesus ressuscitou dos mortos, Marcos
16:1-8, como foi tipificado em Levítico 23:10-11. E desde o tempo da
ressurreição de Jesus em diante, Ele sempre se encontrou com Seus discípulos no
oitavo dia. Isso significava que o sábado judaico tinha cessado de ser o dia de
adoração, e que um novo começo havia amanhecido, onde o oitavo dia “o domingo”
seria daquele tempo em diante o dia da adoração em comemoração à ressurreição
de Jesus.
De novo, foi Noé, a oitava pessoa, como ele é chamado em 2 Pedro 2:5,
que repopulou a terra depois do dilúvio, e assim, foi um novo começo da raça
humana. Em Apocalipse 17:11 uma das bestas é vista como uma vez um oitavo, mas
um dos sete, que mostra que ela é apenas a forma revivida de um dos reinos
anteriores.
Finalmente, a própria eternidade, aliás, será um oitavo depois de sete
eras, ou dispensações, em que Deus lidou com a humanidade, mas esse “novo
começo” será uma era sem fim, a “era das eras” como o texto grego a chama em
vários lugares. Veja Efésios 3:21; Filipenses 4:20; 1 Timóteo 1:17; Apocalipse
20:10, e outros.
O número nove não é tão proeminente em linguagem
simbólica como alguns dos números precedentes, e consequentemente, não é tão
fácil determinar seu sentido. É mais comumente usados como ordinal, ou de
alguma outra maneira com outros números. E. W. Bullinger diz sobre esse número:
“O número nove é um número muitíssimo extraordinário em
muitos aspectos. É mantido em grande reverência por todos os que estudam as
ciências ocultas; e na ciência matemática possui propriedades e poderes que não
se encontram em nenhum outro número. É o último dos dígitos, e
assim marca o fim; e tem o sentido da conclusão de
um assunto. Está relacionado ao número seis, seis sendo a soma de
seus fatores (3 X 3 = 9, e 3 + 3 = 6), e assim tem o sentido dofim do homem,
e a conclusão de todas as obras do homem. Nove é, pois, O NÚMERO
DA FINALIZAÇÃO OU JUÍZO”.” Number in Scripture (Número nas
Escrituras), p. 235.
O número dez, por outro lado, tem o sentido claro de
responsabilidade humana. Assim, temos os Dez Mandamentos, que claramente
apresentam o dever humano para com Deus e para com o homem. Abraão suplicou com
Deus em favor de Sodoma até que ele recebeu a promessa de Deus de que até por
causa de dez pessoas justas Ele não destruiria a cidade. Pois Abraão sentiu que
Ló teria sido responsável o suficiente para que ao menos dez pessoas justas
pudessem ser achadas em sua família apenas, se não houvesse nenhuma outra na
cidade, Gênesis 18:32. Comparando com Gênesis 19, é evidente que Ló e sua
esposa tinham duas filhas virgens, v. 8, além de pelo menos duas filhas casadas
e seus maridos (4 pessoas), v. 14, além de pelo menos dois filhos, v. 12, de
modo que isso totalizou pelo menos dez pessoas. Mas, que tristeza, a maioria
deles não eram justos como Abraão havia esperado, e como era sua casa, Gênesis
18:19. E o testemunho de Ló foi tão indeciso que não poderíamos saber que ele
foi verdadeiramente salvo, a não ser pelo testemunho de 2 Pedro 2:7-8.
E havia dez leprosos purificados, mas só um retornou para dar graças a
Deus, Lucas 17:12-18. Havia dez virgens testadas pela vinda de Cristo, Mateus
25:1. Dez servos foram testados pelo seu mestre quanto à sua fidelidade, Lucas
19:11-27. Havia dez pragas sobre o Egito para testar a nação quanto à sua
responsabilidade de obedecer ao mandamento de Deus para liberar Israel.
O número onze é outro número que não tem um significado
tão claro como os outros, mas pode ser que seu sentido simbólico esteja nos
números cuja soma some até onze, como sugerem alguns. Em Êxodo 26:9, as
cortinas do Tabernáculo, sendo onze em número, são juntadas cinco e seis à peça,
que parece comprovar isso. Evidentemente, há um sentido espiritual nesse
número, pois é usado em vários contextos em referência à construção do
Tabernáculo, e também em algumas das ofertas.
Finalmente, doze é o número que é associado ao Governo
Divino, havendo doze tribos de Israel, sobre as quais doze apóstolos deverão
governar em doze tronos numa época futura. Esse número é bem proeminente em
Apocalipse, havendo doze mil selados de cada uma das doze tribos de Israel, e
havendo uma coroa de doze estrelas na cabeça da mulher, Apocalipse 12:1. E a
Nova Jerusalém tem doze portões com doze anjos, doze fundamentos e doze mil
estádios de comprimento. Então a árvore da vida dá doze tipos de frutos durante
os doze meses de cada ano.
Há outros números que têm valor simbólico na interpretação das
Escrituras, mas o sentido de todos os outros será determinado principalmente
pelos sentidos combinados dos números dos que são compostos. Essas coisas, se
estudadas em conexão com as outras Leis de Interpretação da Bíblia, têm
considerável valor interpretativo, e não se pode ignorá-las sem diminuir a
eficiência da nossa interpretação.
Fonte: http://palavraprudente.com.br/biblia/capitulo-13-a-lei-da-numerologia-das-escrituras/