sábado, 30 de abril de 2016

A IMPORTÂNCIA DE ESTUDAR TEOLOGIA


OBRIGADA, SENHOR POR ESSE DIA



A IMPORTÂNCIA DE ESTUDAR TEOLOGIA


É inadmissível que haja pessoas que sustentem que o estudo da Teologia não tem importância alguma. Esta é uma visão retrograda que desconsidera que estamos vivendo num mundo de mudanças e crescimento na área humana. E que para tanto, é preciso que se tenha uma visão relativista de tudo o que nos cerca e que fazemos parte dessa época.É diferente daqueles dias antes do Renascimento, onde perdurava a ignorância, não no sentido pejorativo, mas no que concerne a falta do conhecimento.

E é justamente nesta visão que conscientizamos alguns obreiros, ou qualquer pessoa que queiram adquirir conhecimento. Isto é, tanto na área bíblica e teológica como secular.Quem estuda teologia além de obter conhecimento aprofundado das “Doutrinas Sistemáticas”, tem também ou obtém uma visão maior no campo teológico, ou seja, adquire conhecimento Geográfico, Sociológico, Cultura, Filosófico e Bíblica Geral.


O PRECONCEITO DE ALGUNS CRISTÃOS SOBRE A TEOLOGIA
O problema ainda é visto no meio evangélico com certo preconceito. Estudar Teologia para alguns cristãos é correr risco. Há quem afirme que o obreiro ou quem estuda teologia pode se tornar um cristão frio, formalista ou que pode até se desviar da fé.
Ora, os textos que citamos neste comunicado são críveis do ponto de vista bíblico e espiritual, e negar a educação é uma estupidez.

Infelizmente há muitos cristãos que estão mais propícios ao fanatismo porque não estudam do que quem procura adquirir conhecimento. O mais espiritual não é prova de que a “ignorância” foi ou será o correto, ou melhor, que o ignorante tem que permanecer na ignorância porque isso expressa ser espiritual.

Precisamos saber que o conhecimento sem o espiritual pode levar alguns ao formalismo, e o espiritual sem o conhecimento também pode levá-lo ao fanatismo religioso. Portanto, tudo tem que ter ponderação, e isso aprendemos estudando e adquirindo o conhecimento, pois é como disse Jesus: “E conhecereis a Verdade, e a Verdade vos Libertará” – Jo 8.32.
Não podemos admitir que no pleno século XXI, ainda há cristãos, obreiros e pastores que não têm a visão do reino de Deus. Estão enclausurados em seus templos conformados com a rotina de cultos mal administrados, ou seja, sem uma linha lógica da liturgia. E passam os anos e nada muda, pois o povo está estagnado e acostumado com as mesmices, destarte sem perspectiva de crescimento por parte, e quando não a decadência espiritual.
ESTUDAR TEOLOGIA É SABER AS COISAS DE DEUS
Estudar teologia é se aprofundar e adquirir o conhecimento para um crescimento na Palavra de Deus. Por mais que haja intenções que visem a adequação sistemática, ou que cooperem para o bom andamento da Igreja com sua administração, mesmo assim, não podemos nos eximir de que se deve por regra adquirir o conhecimento bíblico-teológico.
Todavia, as inverdades perduram na mente e coração de quem não olha sem perspectiva futurística. Mas quando diferente disso, as coisas andarão de acordo a vontade de Deus. Aprendemos a vontade de Deus através da sua Palavra. Deus revelou sua vontade na sua Palavra, a Bíblia Sagrada.
Vamos analisar alguns pontos, pense você em alguém abrindo a Bíblia num culto onde exista uma multidão. E naquela ocasião o ministrante é um “leigo” na concepção da palavra. E pega um texto obscuro, ou seja, de difícil compreensão ou sem fazer uma exegese do texto.
Aplica-o de forma contundente sem olhar o texto e nem o contexto, e todos os pormenores teológicos, e na ocasião você como participante do culto e conhecendo aquela passagem bíblica fica concomitantemente estarrecido.

E daí, você sabe que a pregação ou ensino está fora da verdadeira exegese, podemos aceitar como uma verdade revelada de Deus? Bem, se a sua resposta é sim, talvez diga lhe que infelizmente essa é a situação de muitos dentro de suas respectivas igrejas, onde se mutila a Bíblia de forma absurda e a expõem de forma mentirosa aos ouvidos de pessoas que precisam ouvir Deus falar.

Finalizo dizendo que há muita gente se dizendo pregadores e mestres, ou seja, são pessoas que nunca se sentaram para aprender. Pois, ler livros e sair por ai pregando as idéias alheias é falta de maturidade cristã, quero ver é quem de anos vem labutando e adquirindo conhecimento e tem Deus como seu ajudador.

Digo que, um pregador não se faz da noite para o dia, e sim, nos bancos de Igrejas onde se ensinam a Palavra de Deus, e nos bancos de seminários, e por fim, começando pela Escola Bíblica Dominical.


O CONSELHO DE PAULO AO JOVEM OBREIRO TIMÓTEO:
Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem tens “Aprendido”. E que desde a tua meninice sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. II Tim 3.14 e 15-16.
Timóteo era filho de Paulo na fé, porém, filho de pai grego, sua mãe Eunice, e sua avó Loíde, ambas criaram Timóteo ensinando-o as verdades de Deus. Então, fica claro porque Paulo lembra-lhe de tudo o que o Jovem Obreiro precisava por em prática, ou seja, o conhecimento que adquiriu na sua infância e adolescência…
E por fim, diz o Senhor Deus: Os entendidos, pois, resplandecerão, como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a Justiça refulgirão como as estrelas sempre e eternamente. Dan 12.3.       
                                                               (Pr. José R. Melo)


Eu sou uma Eterna Aluna da Palavra de Deus e da Vida.
Vou estudar até o meu último dia de Vida nesta terra, e  quando chegar no Céu,
Ainda vou continuar a estudar, e aprender com o meu Grande Mestre - 
O SENHOR JESUS CRISTO.
PRES. DA OTPB - ME ENTREGANDO O DIPLOMA DE TEÓLOGA


Convido a todos os alunos e até aqueles que desejarem retornar ao Curso Teológico, ou ainda, aqueles que nunca cursaram teologia, quero convidar você a estar se matriculando no SEBEP.



Venha assistir uma aula, conosco...



Rua, Visconde de São Leopoldo, 52, Irajá, Rio de Janeiro – RJ

Tel. 9 8122-1062 TIM. Professora: Maria Valda
Horário: 19:00 às 21:30, às quinta-feira.

Professora e Responsável pelo SEBEP:
Professora, Maria Valda

NOS CARVALHAIS DE MANRE



Texto:
Gênesis 13.14-18

14. “E disse o Senhor a Abrão, depois que Ló se apartou dele: Levanta agora os teus olhos, e olha desde o lugar onde estás, para o lado do norte, e do sul, e do oriente, e do ocidente; 15. Porque toda esta terra que vês, te hei de dar a ti, e à tua descendência, para sempre. 16. E farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que se alguém puder contar o pó da terra, também a tua descendência será contada. 17. Levanta-te, percorre essa terra, no seu comprimento e na sua largura; porque a ti a darei. 18. E Abrão mudou as suas tendas, e foi, e habitou nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e edificou ali um altar ao Senhor”.


Introdução
: - Abraão, o grande patriarca do povo de Deus, chamado de amigo de Do Eterno e pai da fé, fato que os judeus, muçulmanos e cristãos não descordam, pois nas três maiores religiões do mundo Abraão é o pai da fé.


Era Abraão filho de Terá, e seu pai era um fazedor de imagens (Js-4:2). Segundo o Talmud e o Midrash, Abraão todas as vezes que olhava para aquelas imagens dizia em seu coração, “deve haver uma Deus maior do que essas imagens”, e realmente ele estava certo. Contam os sábios Judeus que certa vez, Terá, seu pai partiu para uma viagem, mas antes ele chama seu filho Abrão e lhe dá uma incumbência, cuidar das imagens e dar comida a elas. Mas quando Terá volta ele se dirige até ao local onde ficavam as imagens e vê uma grande imagem no canto da sala que segurava um taco de madeira e todas as outras imagens menores quebradas. Então ele pergunta a Abraão o que teria acontecido, veja o diálogo:


__ Meu pai, fiz tudo conforme me disseste, mas quando dava de comer as imagens menores, aquela maior, tomando o pedaço de pau em suas mãos veio e quebrou todas as outras menores. Mas seu pai não acreditou e disse:


__ Como pode isso ser verdade Abrão, se esta imagem tem mãos e não se mexe, tem olhos e não vê, tem pernas e não anda? No que de pronto respondeu Abrão:


Se tudo que o senhor meu pai disse é verdade, então porque acredita nelas? E naquele dia Terá, pai de Abraão se converteu ao único e verdadeiro Deus de todo o universo.


Porém, como nós, Abraão teve seu momentos difíceis, pois já fazia muito tempo que havia deixado sua família e obedecido a voz de Deus, saindo errante em busca da promessa de ser pai de um grande povo e possuir uma terra que mana leite e mel. E é sobre momentos difíceis que quero falar nessa mensagem.
A SEPARAÇÃO DE ABRAÃO E LÓ
A partir do capítulo 13, Abraão vê a necessidade de se separar de seu amado sobrinho Ló, e diz para Ló: “Escolhe, se fores para a direita eu irei para a esquerda, e se fores para a esquerda eu irei para a direita (Gn 13. 9)”, mostrando Abraão ser uma pessoa não avarenta ou ambiciosa. Mas Ló olha e escolhe as campinas verdejantes do Jordão que era toda bem regada, e ali Ló estendeu suas tendas com as cidades de Sodoma e Gomorra, mas Abraão vai para as terras de Canaã a um lugar providenciado por Deus.

Quando Deus chamou Abraão a sair de sua parentela, Ele não disse que era para que Ló fosse junto, mesmo sabendo da amizade entre tio e sobrinho, mesmo reconhecendo a união entre os dois, mas Deus havia chamado a Abraão que na ocasião ainda era Abrão. Muitas vezes queremos levar conosco coisas e pessoas que não podem fazer parte daquilo que Deus tem para nossas vidas. Muitos se casam e vão morar com os pais ou com os sogros, ao invés de obedecerem a palavra de Deus e construírem suas próprias vidas. A ida de Ló junto com Abrão não estava na vontade de Deus, mas passou a estar na permissão de Deus, e devemos sabe r que melhor é fazer a vontade de Deus. Mas com o tempo logo um problema se instaurou entre os empregados, pastores de Ló e os homens de Abrão, levando o tio a tomar uma decisão mais drástica, a separação, e é bem verdade que devemos nos separar de tudo aquilo que não é da vontade de Deus para podermos chegar de forma mais rápida até as nossas bênçãos e atingir o ápice da vontade de Deus.


Logo após a separação de Ló e Abrão, Deus aparece a seu servo e faz uma promessa a Abrão lhe dizendo que até onde seus olhos alcançarem Ele daria a Abrão e sua descendência (Gn, 13:14-17). Quando nos separamos daquilo que não é a vontade de Deus então nossos ouvidos começam a ouvir mais a voz do Senhor e novas promessas começam a vir para nossas vidas.


Após ouvir as palavras do Eterno, Abrão decide se mudar para um outro local que a bíblia indica e nomeia de Carvalhais de Manre, que estava junto a Hebrom e ali levantou um altar ao Senhor Deus Eterno.

Aquele local seria um marco na vida de Abraão, mas o inimigo sempre vai tentar nos afastar do caminho que Deus nos colocou para que não recebamos as maiores bênçãos de Deus. Foi assim com Abrão e não é diferente para conosco.
A PRISÃO DE LÓ
Quando Abrão já estava instalado nos Carvalhais de Manre, ele vê uma grande guerra se formar, uma guerra sanguinária e extremamente horrível, pois cinco reis se rebelaram contra um rei maldoso chamado Quedorlaomer rei de Elão, que as oprimia e as dominava e foram as cidades de Sodoma, Gomorra, Admá, Semeber e Zoar, perdedoras e os mantimentos e bens de Sodoma e Gomorra foram levados, entre os cativos de Sodoma estava Ló e toda sua família, e logo a notícia chegou aos ouvidos de Abrão, que vendo seu querido sobrinho naquela condição logo separou 318 homens de guerra para salvar a Ló e assim o fez, libertando toda a família de Ló, sua família e todo o seu povo das garras do rei e Elão, Quedorlaomer.


E derrotou Abrão a Quedorlaomer e libertou o rei de Sodoma, que lhe foi grato querendo dar a Abrão um pagamento com o prêmio, mas um homem de Deus que é sensível a voz e a vontade do Eterno nada pega da mão do Rei de Sodoma, isso para nos ensinar que quem recompensa o servo do Eterno é o Senhor Eterno. Isso nos ensina que existem coisas que não podemos nos conformar e sim nos levantarmos e irmos à luta, pois covardes jamais sentiram o gosto verdadeiro da vitória.
A TRISTEZA DE ABRÃO DE NÃO TER UM FILHO
Ainda morando nos Carvalhais de Manre, vemos no capítulo 15 o Eterno confortar o coração de Abrão lhe dizendo que lhe daria sim um filho, como já havia dito, pois neste contexto Abrão estava desolado, já quase sem esperança, pois todos os dias nasciam crianças no meio de seus servos e sua esposa não engravidava, e com isso foi vendo Abrão que os dias iam passando e ele não tinha um herdeiro para que seu nome fosse lembrado.


Muitas vezes nos entristecemos por não vermos nossos sonhos ou nossos projetos realizados, e isso vai nos deixando cabisbaixos, entristecidos fazendo com que um desânimo invada nossos corações, mas isso não pode durar muito tempo, pois temos as promessas do Eterno a nosso favor.


Tão logo Deus reanima Abrão lhe dizendo que sua tristeza iria chegar ao fim com a chegada de um herdeiro, acontece que um sacrifício é feito a Deus. Somos cristão ignorantes, pois temos a bíblia a nossa disposição e não fazemos como praticar seus ensinamentos. Veja que todas as vezes que Deus fala Abrão faz um sacrifício a Deus, e nós ouvimos mensageiros ministrarem a palavra de Deus nos púlpitos, na internet, na televisão e no rádio, e até mesmo em mensagens como esta, e sem mesmo nos conhecerem eles lançam palavras proféticas e nós falamos em nossos corações “eu recebo!”, mas na hora de fazer o sacrifício a Deus, ele não acontece, e assim continuamos na espera, e por isso muitos morrem sem receberem suas tão sonhadas bênçãos e milagres.
O PROBLEMA ENTRE SARAI E AGAR
Os dias passam e ainda nos Carvalhais de Manre Sarai esposa de Abrão dá sua serva Agar, a Egípcia, para se deitar com Abrão e lhe dar um filho em seu nome e isso causou um grande problema na vida de Abrão, pois tão logo Agar se engravida uma briga familiar se instala dentro da casa de Abrão, pois Sara começa a atormentar a vida da serva egípcia, chegando ao ponto de Agar fugir para o deserto. Com certeza Aquilo não era a vontade de Deus, mas em sua eterna bondade Ele permitiu mais uma vez que acontecesse, e vemos que esse erro até hoje podemos ver o resultado no confronto entre judeus descendente de Isaque, e muçulmanos descendentes de Ismael que se atracam no oriente.


Devemos estar firmes na palavra e dela jamais nos desviarmos, nem para a esquerda e nem para a direita, pois é ela que vai nos sustentar no futuro bem próximo. Quando passamos a ouvir nossos corações deixamos de atender o coração do Eterno.
UM DIA DIFÍCIL
Certo dia nos Carvalhais de Manre no capítulo 18, logo no primeiro versículo vemos que Abraão já quase sem forças psicológicas para tantas lutas e a desilusão de ainda não ter um filho se assenta na porta de sua tenda no maior calor do dia, isso era no sol do meio dia, o momento mais quente do dia cerca de 45º a sombra era um sinal do s limites humanos. Mas porque Abraão não entrou na tenda, mas preferiu ficar do lado de fora, se no interior da tenda ele estaria abrigado do grande calor? Porque ficar do lado de fora se Sara estava do lado de dentro?

Abraão estava vivendo dias difíceis. Abrão sabia que seu problema estava dentro da tenda, não que o problema fosse Sara, sua esposa, mas sempre quando algo em nossas vidas dá errado, procuramos culpar alguém menos nós mesmos. Mas a bíblia diz que Deus havia falado com Abrão e não com Sarai, então ele agora passa por uma crise de existência, e nessa crise ele está questionando ao Senhor. Nós, como homens falhos, também fazemos isto, de forma que desacreditamos na palavra de Deus. Veja que toda vez que Abraão olhava para sua agora velha esposa, ele recordava das palavras de Deus, mas nunca deixou de ser um amigo de Deus, pois já algumas promessas se haviam cumprido na vida de nosso patriarca, mas a grande e mais valiosa ainda não tinha acontecido, ter um filho, aquele que levaria seu nome.


Agora no maior calor do dia, um desânimo pega Abraão, dentro da tenda uma esposa velha e infértil, embora ainda a amasse, e do lado de fora a solidão e o calor, em cima Deus, e em baixo a terra que ele deveria possuir e em seus ouvidos a voz do diabo dizendo que Deus não iria cumprir a promessa, tentando fazer com que Abrão se desviasse.

O cenário estava pronto. Para o Eterno tudo era perfeito. Quando a sua vida parecer estar no sol do meio dia, e tudo parecer já não ter mais solução, Jeová entrará em cena, mas o importante é que estejamos firmes e com nossas tendas nos Carvalhais de Manre.
OS CARVALHAIS DE MANRE
Tudo isso e muito mais passou Abraão estando nos Carvalhais de Manre onde instalou suas tendas e fez sua morada, foi ali que travou batalhas e realizou sacrifícios e quase já sem forças parecendo que já não esperava uma saída que Abraão levanta os olhos e vê três homens que eram três anjos vindo em sua direção. Mas por que três anjos?

Uma grande verdade é que a escolha de Abraão em se instalar nos Carvalhais de Manre fez a diferença para toda a sua vida. Mas talvez você caro irmão leitor não se convenceu disso e eu lhe mostro o porquê da minha afirmativa. E para isso precisamos primeiramente conhecer o carvalho.
O CARVALHO
Dentre todas as criações de Deus está uma árvore chamada Carvalho. Essa árvore é usada pelos botânicos e geólogos com o um medidor de catástrofes naturais do ambiente. Quando querem saber o índice de temporais e tempestades ocorridas numa determinada floresta ou região, eles procuram e observam o carvalho quando existindo no local, pois esta árvore é naturalmente a árvore que mais absorve as consequências de temporais, ou seja, quanto mais temporais e tempestades o carvalho enfrenta, mais forte ele fica! Preste atenção. Diante as inúmeras tempestades as raízes do carvalho naturalmente se aprofundam mais na terra e seu caule se torna mais robusto, sendo impossível uma tempestade arrancá-lo do solo ou derrubá-lo! Mas não pense que os cientistas precisam fazer essas análises todas para saber isso! Basta apenas eles olharem para o carvalho. Por absorver as consequências das tempestades, a robusta árvore assume uma aparência disforme, como se realmente tivesse feito muita força. Muitas vezes o carvalho possui uma aparência triste! Cada tempestade para um carvalho é mais um desafio a ser vencido e não uma ameaça!


Numa grande tempestade, muitas árvores são arrancadas, mas o carvalho permanece firme! Assim era Abraão. Devemos tirar proveito das situações contrárias e nos tornarmos ainda mais fortes! Um pouco marcados é claro, mas jamais derrubados. Muitas vezes com aparência abatida, mas certamente fortes! Com raízes bem firmes e profundas na terra! Podemos, com isso, compreender o que a palavra de Deus quer nos ensinar nos mostrando que Abraão escolheu viver entre os Carvalhais de Manre, era sem dúvida que observemos os exemplos que o próprio Eterno nos deixou para que possamos ter grandes vitórias em nossas vidas.

Quando a palavra do Eterno nos ensina que podemos todas as coisas naquele que nos fortalece, ela está nos ensinando que devemos ser fortes e persistentes como o carvalho. Eu chego a acreditar que o rei Davi já havia percebido o porquê de Abraão ter escolhido os Carvalhais de Manre para morar que no Salmo 23 ele escreve: “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte eu não temerei mal algum, porque tu (O Eterno) estás comigo...”

Se você está passando por grandes lutas por estes dias, pense que (como o carvalho) é só mais uma tempestade que o tornará mais forte no dia de amanhã!
OS TRÊS ANJOS NOS CARVALHAIS DE MANRE
Nos Carvalhais de Manre Abraão tem uma das maiores experiências ministeriais de toda sua vida, quando ele já estava quase sem esperança vê três homens que na verdade eram três anjos caminhando em sua direção, aí eu te digo que quando tudo parecer perdido Deus ainda tem anjos para fazer aquilo que você não pode fazer.


Três coisas ainda deveriam acontecer na vida do servo do Eterno, Abraão, ainda residindo nos Carvalhais de Manre, porém estas três coisas estavam além das capacidades humanas de Abraão. Vem os que quando Ló foi preso Abraão foi e o libertou das mãos do inimigo, e quando Sara e Agar se agride Abraão toma decisões drásticas, quando a esperança está chegando ao fim Abraão se assenta debaixo do sol do meio dia talvez, para orar e buscar auxilio do Eterno, pois já era velho, mas em tudo isso ele não tirava seus olhos dos Carvalhos de Manre aprendendo com aquelas árvores com galhos torcidos e com as raízes profundas que abrigaram seu povo que nenhuma tempestade o faria desistir.


Porém agora três coisas estavam fora do alcance das capacidades de Abraão, então o Eterno envia a ajuda. Mas quais eram estas três coisas? Quais tarefas os três anjos realizariam? Qual a missão de cada um deles na vida do amado servo do Eterno? Como um homem com a capacidade intelectual e de fé inabalável precisava de anjos? Vejamos então.
A MISSÃO DO PRIMEIRO ANJO
Deus olhou do céu e viu grandes abominações em Sodoma e Gomorra e viu que aquelas cidades já não mais tinham salvação, pois seus habitantes haviam se contaminados pela ABOMINAÇÃO. Veja bem, existem pecados, transgressões, iniquidades, e para estes existe o perdão de Deus, mas a abominação é como o pecado contra o Espírito Santo, quem a pratica se torna insensível a voz de Deus e quando chega a esse ponto já não mais sente arrependimento daquilo que faz.


Sodoma e Gomorra iriam provar da ira de Deus, mas uma família estava lá e precisava de um socorro, era a família de Ló. A missão do primeiro anjo era dar a Ló e sua casa a salvação da morte eterna os retirando dali por um caminho que só ele conheciam, e isso Abraão não poderia fazer.
A MISSÃO DO SEGUNDO ANJO
O segundo anjo estava junto ao primeiro e ambos foram juntos até Sodoma e Gomorra o primeiro para dar a Ló a salvação, e o segundo para realizar a destruição das cidades que se perderam nas abominações proibidas por Deus. O segundo anjo tinha a missão de trazer a destruição para as cidades trazendo chuva de fogo e enxofre para aquele lugar e todos morreram exceto aqueles que saíram com o primeiro anjo.

Hoje quem vai para aquele local pode perceber que nem praga rasteira nasce naquele local e um forte cheiro de enxofre predomina na áurea da região onde outrora fora Sodoma e Gomorra. Assim a missão do segundo anjo era a destruição de Sodoma e Gomorra e isso também Abraão não poderia fazer, levar o juízo de Deus somente Ele, o Eterno tem autoridade e poder.
A MISSÃO DO TERCEIRO ANJO

No capítulo 18 lemos que Ló recebe dois anjos em sua casa, mas sabemos que foram três os que se encontraram com Abraão. Então onde estaria o terceiro? E qual era sua missão?


O terceiro anjo foi aquele que veio com a missão de se fazer cumprir a promessa que o Eterno fizera a Abraão de que ele teria um filho com Sara sua esposa. E isso Abraão também não poderia fazer, pois somente o Eterno tem poder para trazer à existência aquilo que ainda não existe, somente Ele tem poder para chamar a vida o que ainda não tem vida ou que esteja morto. Sara sorriu da mensagem do anjo, mas Abraão não, pois ele andava com Deus e vivia nos Carvalhais de Manre, e aprendeu a suportar as maiores tempestade e acreditar que quando tudo parecer complicado, Deus virá a seu socorro e fará aquilo que para o homem é impossível, pois o Eterno é o Deus do impossível.


Conclusão: - Todas as vezes que nos deparamos com problemas em nossas vidas, observamos o quanto somos frágeis. As alegrias se vão e só fica a verdade de que somos impotentes para lidar com adversidades que surgem no decorrer de nossa existência. Deus nos deixa lições interessantes em sua criação para nos mostrar o contrário, que o homem foi criado forte e que essa força é sempre adquirida e absorvida das situações adversas.

Manre era um homem cananita cujo nome significa “Riqueza”, e aquele local talvez tenha recebido o nome Carvalhais de Manre, como uma referência àquele que provavelmente teria plantado aquelas árvores. Deus tem um local onde as mais ricas bênçãos sobrevirão em nossas vidas, por isso acredite no Deus de Abraão, de Isaque e Jacó, que fez os céus e a terra e que te colocou diante dessa mensagem.

Foi nos Carvalhais de Manre que Abraão se encontrou com Melquisedeque rei de Salém, cujo nome significa “rei justo”, que o abençoou grandemente. Era Melquisedeque um tipo de Cristo, ou seja, uma Teofania no velho testamento, pois por duas vezes ele usa a frase El Elion, que quer dizer “Deus soberano”, mostrando que ele não servia a nenhuma divindade Cananéia, mas ao mesmo Deus que Abraão chamou de Yavé.

Quero falar uma coisa para você que está lendo esta mensagem, “Deus não se esqueceu de você!” Ele está apenas te testando, por isso não desonre a Deus! Ele chegará no sol do meio dia e virá a ti com a resposta. Saiba que ainda que o sol esteja forte, há um Deus assentado no trono celestial que está olhando por você, assim como Ele olhou para Abraão, Ele tem um “Carvalhais de Manre”, para cada um de nós.

Curiosidade:

O carvalho na foto abaixo é conhecido como Oak Angel (carvalho anjo), tem aproximadamente 1.500 anos de idade e é atração turística na Carolina do Sul, ganhou esse aspecto devido ter enfrentado muitas e incontáveis tempestades.
| Autor: Alexandre Augusto | Divulgação: EstudosGospel.Com.BR |

“IGREJA EMERGENTE”

ENSAIOS SOBRE A IGREJA NA PÓS-MODERNIDADE: A “IGREJA EMERGENTE”



Posted by Jonas Ayres in APOLOGÉTICA




Por Jonas Ayres

Infelizmente, são poucos os cristãos que conseguem conciliar a ortodoxia cristã com a propagação da mensagem do Evangelho para a sociedade pós-moderna. Sob a alegação que a mensagem apregoada pela igreja do horizonte moderno é muito intolerante e “fundamentalista”, passamos a encarar uma era de extremos no contexto eclesiástico. Em um dos lados da corda está o movimento da Igreja Emergente, que enfatiza sobremodo o pragmatismo, deixando de lado a teologia cristã e ajustando-a ao pensamento pós-moderno, criando assim a “Ortodoxia Generosa”[1]. A leitura do livro “Ortodoxia Generosa” de McLaren deixa muito claro ao leitor que o autor é (ou deseja ser) extremamente generoso com todo e qualquer credo existente no mundo[2], menos com o cristianismo tradicional, taxado pelo autor de exclusivista, fundamentalista e intolerante.
A origem deste movimento é recente, conforme Daniel (2007, p.29), a Igreja Emergente:

Nasceu no final do século XX, mas floresceu no início do século XXI. Trata-se de um movimento que prega a necessidade de uma nova compreensão do Evangelho e da Espiritualidade, e de uma nova teologia com uma nova abordagem da Bíblia. Um de seus mais famosos proponentes é o pastor americano Dan Kimball, que lançou em 2003 o livro The Emerging Church: Vintage Christianity for New Generations (Zondervan). [3]

E continua esclarecendo o início do movimento bem como indicando os principais divulgadores:
Apesar de Dan Kimball ter sido o primeiro a lançar um livro apresentando claramente a proposta da Igreja Emergente, não foi ele o criador do termo para designar o movimento. O título “emergente” surgiu dois anos antes do livro de Kimball e é invenção dos pastores Doug Pagitt e Brian McLaren, como este mesmo conta em seu livro Uma Ortodoxia Generosa – a Igreja em tempos de Pós-modernidade (Zondervan, EUA, 2004 e Editora Palavra, 2007).

Acaudilhados principalmente por Brian McLaren, os emergentes crescem a largos passos acusando o cristianismo “tradicional” de ser institucionalizado demais, rígido demais, ultrapassado, exclusivista ao extremo e fechado.

Dentre as características marcantes do Movimento Emergente, é possível destacar o seu espírito de protesto contra o cristianismo institucionalizado ou denominacional. Os Emergentes acreditam que o modelo de igreja comum está ultrapassado e não consegue atender as demandas do pós-modernismo. Interessante é notar que esta aversão é justamente pelo
Cristianismo tradicional defender a verdade absoluta, elemento que os pós-modernos têm aferro. Abominam também o conceito de hierarquia nas igrejas, julgando-os anti-bíblicos; nas Igrejas Emergentes, a figura de pastores, bispos, presbíteros praticamente não se encontram.

No aspecto teológico, os Emergentes têm verdadeira repulsa às Teologias Sistemáticas (livros ou disciplina em si) e apologética tradicional. Acreditam que as Sistemática nada mais fizeram que bitolar os crentes, sendo apenas um amontoado de textos bíblicos organizados de modo sistemático em torno das opiniões pessoais dos autores das mesmas; da mesma forma, julgam que a apologética cristã está atrasada e não deve permanecer defendendo a fé como vem fazendo no decorrer da história. Defender a fé nos dias de hoje (pós-modernismo), é ofensivo na mentalidade dos emergentes, tão pluralistas e inclusivistas[4].

O capítulo 6 do livro de Kimball (2008, p.87-100), intitulado “Nascido (Budista-Cristão-Wiccaniano-Muçulmano-Hétero-Gay) nos Estados Unidos”, mostra como os Emergente consideram os cristãos como errados em sua forma de pensar e como os emergentes são ultra receptivos para com frentes de pensamento que divergem da verdadeira ortodoxia bíblica. Ao final do capítulo, Kimball praticamente tece – utilizando um fato real – uma apologia ao homossexualismo. Muito estranho para um cristão “clássico”, como menciona a capa da referida obra[5].
Os Emergentes julgam ser a melhor opção eclesiástica no atual contexto por defenderem que a sociedade atual é pós-cristã. Muitos que estão frequentando alguma igreja que tenha a filosofia emergente ou são pessoas “desingrejadas”, os quais outrora estiveram arrolados como membros de outra denominação, mas dada decepção de qualquer ordem migraram para este movimento, ou são pessoas das mais variadas índoles, que tem em comum a repulsa pelo modelo convencional de igreja e que se adaptam facilmente no meio Emergente, justamente por ser um meio já encharcado com o pós-modernismo.

Para o cristianismo verdadeiramente sóbrio e ortodoxo, a invasão da generosidade dos emergentes é um alerta a introdução do pós-modernismo no seio do cristianismo evangélico: “Não é de se admirar: a Igreja Emergente surgiu como um esforço deliberado para tornar o cristianismo mais apropriado a uma cultura pós-moderna (MACARTHUR, 2007, p.46).
Como dito anteriormente, além de Brian McLaren, outro expoente do Movimento Emergente é Dan Kimball. É fácil notar que a obra-prima de Kimball quanto a este movimento, intitulada “A Igreja Emergente: cristianismo clássico para as novas gerações” é dúbia, confusa e generosa demais. Já no prefácio da referida obra é possível encontrar variações de pensamento muito profundas, entre Rick Warren e Brian McLaren. As opiniões de ambos são ambíguas característica do movimento (MEISTER, 2006, p.99).

Um livro cheio de figuras, ilustrações, sugestões de modelo de culto. Chama atenção a seguinte definição, em modo de diagrama, que traz a proposta pós-moderna para que a igreja seja bem-sucedida num futuro breve (KIMBALL, 2008, p.19-20):
Primeira parte deste livro: Situa-se o contexto histórico para a compreensão da necessidade de mudança. Sem compreender a primeira parte, a segunda será apenas superficial (desconstruindo). Segunda parte deste livro: Ideias práticas para eventual implementação em sua igreja e ministérios. (Reconstruindo).
Enquanto muitos estão preparando sermões e se mantendo ocupados com questões internas das igrejas, algo alarmante está acontecendo do lado de fora. O que antes era uma nação com uma cosmovisão judeu-cristã está rapidamente se tornando uma nação pós-cristã, não alcançada e sem experiência nem vínculo com a igreja. Gerações estão surgindo ao nosso redor sem nenhuma influência cristã. Então devemos repensar tudo o que estamos fazendo em nossos ministérios (destaque do autor).

Desconstruir, eis o caminho Emergente. É como se tudo que o Cristianismo Histórico fez seja anátema aos Emergentes. Posando de movimento “mente-aberta”, tornam-se exclusivistas no seu modo de pensar, levando os seus seguidores a pensar que de fato trata-se enfim da aurora da verdade.
Basta uma breve análise daquilo que o próprio McLaren afirma para perceber que o movimento é nocivo à saúde da igreja cristã. Fazendo menção em todo livro “Uma Ortodoxia Generosa” a uma gama variada de credos – e como os cristãos tradicionais são “bitolados” – McLaren se mostra bastante entusiasmado e receptivo com o pluralismo religioso que rege a pós-modernidade. Provavelmente, o maior atestado deste pluralismo irrestrito de McLaren seja o capítulo 15, intitulado “Por que sou católico”, onde o autor relata um insólito episódio (MCLAREN, 2007, p.243-244):
Um dia, minha caminhada matinal me levou até a Igreja Católica Romana Nossa Senhora da Paz, perto do meu hotel. Atrás da igreja havia uma enorme estátua de Maria cercada por um lindo jardim, que por sua vez estava cercado de pistas abarrotadas. Atraído por esse pequeno jardim de paz no meio do trânsito matinal caótico da área da baía, me vi sentado sobre um banco com a imagem de Maria me fazendo sombra, me olhando com um olhar gentil e seus braços estendidos em minha direção. (…) que irônico, pensei, para um menino criado em família protestante estar sentado ali com lágrimas nos olhos, emocionado com Nossa Senhora da Paz (…). Naquele dia também me tornei, em certo sentido, um pouco mais católico.
É de se supor que McLaren tenha postura semelhante ao se deparar com a imagem de Buda, Shiva ou Osíris? Se a igreja migrar para este tipo de conduta ecumênica e irrestrita, poderemos jogar no lixo 500 anos de Reforma Protestante.
Outro livro de importância para a Igreja Emergente, de autoria de Brian McLaren é “A Igreja do outro lado”[6]. Tal livro mostra a aversão da Igreja Emergente pela Teologia Sistemática, Apologética Tradicional e organização eclesiástica.
Por fim, outro autor que influencia o modelo Emergente é Stanley J. Grenz, com seu livro “Pós-Modernismo: um guia para entender a filosofia de nosso tempo”[7].

CRÍTICA À IGREJA EMERGENTE

Se o Movimento Emergente está crescendo a largos passos, o volume de páginas na internet, seja sites ou blogs, artigos e livros com as devidas críticas ao liberalismo extrapolado dos emergentes cresce praticamente na mesma proporção.
O problema não pode ser ignorado, pois o movimento emergente, carregado com a filosofia pós-moderna, avança com muita força, misturando algumas verdades com muitos sofismas. Vejamos as palavras a seguir (MACARTHUR, 2008, p.11) numa advertência sobre o risco deste movimento:
Hoje em dia, esse tipo de coisa [Igreja Emergente] goza de muita popularidade. McLaren foi o autor ou o coautor de cerca de uma dúzia de livros, e seu total desprezo pela certeza é um tema ao qual ele volta repetidas vezes. Em 2003, a editora Zondervan e a organização Especialidades da Juventude trabalharam em conjunto para iniciar uma linha de produtos
Chamada Emergente/EJ. Publicam livros, DVDs e produtos de áudio num ritmo intenso e em abundância.

Os críticos do movimento apontam os erros mais evidentes dos Emergentes, alguns deles já apresentados de modo simples anteriormente. Enquanto alguns críticos são mais “amigáveis”, outros são mais explícitos nas palavras. Vejamos a seguinte declaração (LAHAYE, 2007):
Entre os falsos ensinos que brotam da Igreja Emergente encontra-se uma forma não tão sutil de ataque à autoridade da Bíblia – um claro sinal de apostasia. Eles não mais afirmam: “Assim diz o Senhor” (apesar do uso dessa expressão por mais de duas mil vezes na Bíblia), por temerem que isso ofenda aquelas pessoas que apregoam a igualdade de todas as opiniões quanto ao seu valor. A Palavra de Deus não é mais interpretada por aquilo que realmente diz; em vez disso, é interpretada por aquilo que diz para você, desconsiderando, assim, o fato de que a formação educacional e a experiência de vida de uma pessoa podem influenciar a maneira pela qual ela interpreta as Escrituras, a ponto de levá-la irrefletidamente a um significado nunca planejado por Deus para aquele texto.
E continua expressando sua reprovação e opinião particular sobre a Igreja Emergente:
Eu, particularmente, creio que eles [defensores do pós-modernismo emergente], na verdade, são hereges, apóstatas e lobos “disfarçados em ovelhas”. Devido ao fato do cristianismo liberal ter caído no vácuo do descrédito e das igrejas liberais terem ficado vazias, eles agora fazem uma tentativa de re-empacotar sua teologia sob a forma de pós-modernismo. Na realidade, a maior parte desses conceitos não passa daquilo que costuma ser chamado de modernismo ou liberalismo, ainda que expressos com uma terminologia pós-moderna.
Muitos se assustam ao ler opiniões como a citada acima, mas nunca se deve esquecer que, na história cristã, em praticamente 2.000 anos, inúmeras investidas contra a ortodoxia surgiram, muitas delas explicitamente contrárias aos padrões bíblicos e outras um pouco mais “amigáveis” e “agradáveis”.
No Movimento Emergente, outra característica muito marcante é a ênfase dada ao pragmatismo (ou ortopraxia); levando sempre em consideração o conceito popular de que se algo está crescendo, fazendo e acontecendo, por inferência esse algo é bom. Será? Por isso é sempre necessário avaliar os mais finos conceitos que regem um movimento (ainda mais quando tal reivindica ser cristão). Vejamos a opinião de um cristão bíblico que tem lutado muito contra as investidas emergentes (MACARTHUR, 2008, p.66):

Mas o que deve ser notado aqui é que, no sistema de McLaren, a ortodoxia realmente é uma questão de prática e não de crenças verdadeiras. Embora reconheça que esta ideia é “escandalosa”, apesar disso, ele a afirmar como a mensagem central do seu livro [Uma Ortodoxia Generosa]. Francamente, é difícil ver essa perspectiva como outra coisa, senão como a velha e familiar incredulidade, arraigada numa rejeição dos ensinos claros das Escrituras. McLaren elevou as boas obras do próprio pecador acima da importância da fé fundamentada na verdade do Evangelho. Não devemos admirar que ele sinta grande afinidade com budistas e hinduístas. No campo final, muitas das ideias dele a respeito do papel da retidão e das boas obras no cristianismo não diferem fundamentalmente das ideias dessas religiões.

Por fim, vale lembrar que a Igreja Emergente no Brasil segue passos um pouco diferentes da igreja americana. Os Emergentes no Brasil estão aparecendo cada vez mais inseridos em igrejas novas ou velhas, mas que abriram as portas para a filosofia relativista da pós-modernidade. Como praticamente tudo que vem de fora encontra solo fértil na mentalidade espiritualista consumista do brasileiro, não é de se estranhar que esta moda ainda venha a se manifestar de modo intenso nos próximos anos. [8]
Focalizando a problemática que este movimento representa para os brasileiros, já é possível localizar boas obras cristãs escritas originalmente no contexto brasileiro contra modismos como a teologia da Igreja Emergente.
Para uma compreensão mais profunda sobre o perigo que este movimento representa para a igreja, a leitura do livro “A Sedução das Novas Teologias”, de Silas Daniel é muito proveitosa. [9]
No entanto, é preciso reconhecer que o Movimento Emergente está “chacoalhando” a igreja cristã tradicional, levando-a a repensar sobre sua verdadeira missão. É um fato que a grande maioria dos cristãos está muito satisfeita com a presença apenas nos cultos dominicais, levando a vida simplesmente amparada por uma mera religiosidade sem os frutos que Jesus espera da Sua igreja.
O aspecto prático do cristianismo e a missão no mundo precisam ser restauradas. O grande problema que a igreja terá que resolver é como levar a mensagem cristã para os pós-modernos sem ser influenciado pelo seu pensamento relativista. De fato, é um grande desafio que não poderá ser enfrentado (e vencido) enquanto a igreja permanecer lacrada entre quatro paredes, dormindo em sua inércia. Levando em conta que tanto os Emergentes como as pessoas moldadas pela filosofia pós-moderna anseiam por algo mais prático, urge a necessidade de relembrar a necessidade do aspecto prático do cristianismo.
OUTROS TEXTOS DA SÉRIE
NOTAS

[1] “Ortodoxia Generosa” é também o nome de um livro de Brian McLaren, importante divulgador e defensor do movimento Emergente. Publicado no Brasil pela Editora Palavra (Brasília, 2007). O tom confuso do livro – adaptado ao contexto pós-moderno relativista e pluralista pode ser facilmente identificado na capa do mesmo, onde o autor diz “Por que sou um cristão missional, evangélico, pós-protestante, liberal/conservador, místico/poético, bíblico, carismático/contemplativo, fundamentalista/calvinista, anabatista/anglicano, metodista, católico, verde, encarnacional, deprimido-mas-esperançoso, emergente e inacabado”.
[2]. Não afirmo que o diálogo entre as religiões não deve ocorrer, mas que adentrar no ecumenismo irrestrito que o pluralismo da pós-modernidade propõe pode levar o cristão à apostasia.
[3] Livro já publicado no Brasil com o título “A Igreja Emergente: Cristianismo clássico para as novas gerações”, São Paulo: Vida, 2008.
[4] Este pensamento não generoso de Brian McLaren para com a Teologia Sistemática e Apologética está muito explícito nas linhas dos livros “Uma Ortodoxia Generosa” e “A Igreja do Outro Lado”.
[5] O Homossexualismo é um fato na sociedade contemporânea. O homossexual deve ser respeitado como ser humano, sendo repulsiva toda e qualquer forma de violência contra o cidadão seja por palavras ou ações. Os homossexuais, assim como todo e qualquer cidadão, diante da lei têm seus direitos e deveres. Entretanto, perante as premissas bíblicas, tais práticas são consideradas pecaminosas, e a cultura secular não deve se infiltrar na igreja a ponto do cristianismo passar a encarar esta prática como normal e aceitável. Uma ditadura gay tenta ser implantada no mundo, sob o falso pressuposto de homofobia, onde o que de fato se observa é o levantar da bandeira heterofóbica por parte das militâncias homossexuais.
[6] Editora Palavra, Brasília, 2008.
[7] Edições Vida Nova, São Paulo, 2008.
[8] Recentemente alguns modelos de igreja foram importados para o Brasil (efeitos da globalização religiosa); uns ficaram, outros aos poucos caem no esquecimento (embora as feridas ainda marquem a igreja). Modas como “A Benção de Toronto”; “Avivamento de Pensacola” e “Igreja em Células no Governo dos 12 – G12” bagunçaram muito a eclesiologia brasileira.
[9] CPAD, Rio de Janeiro, 2007. Ler em especial os capítulos 2 e 5.
BIBLIOGRAFIA

DANIEL, Silas. A sedução das novas teologias. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
MACARTHUR, John. A guerra pela verdade. São José dos Campos: Editora Fiel, 2008.
MEISTER, Mauro. Igreja Emergente, a igreja do pós-modernismo? Uma avaliação provisória. in Revista Fides Reformata XI, n.º 1 (p.95-112). São Paulo, 2006
KIMBALL, Dan. A igreja emergente: cristianismo clássico para as novas gerações. São Paulo: Editora Vida, 2008.
MCLAREN, Brian D. Uma ortodoxia generosa. Brasília: Editora Palavra, 2007.
_____________. A Igreja do outro lado. Brasília: Editora Palavra, 2008.
GRENZ, Stanley J. Pós-modernismo: um guia para entender a filosofia de nosso tempo. São Paulo: Edições Vida Nova, 2008.

LAHAYE, Tim. A Igreja Emergente: a Laodicéia do século 21? Publicado originalmente na Revista Chamada da Meia-Noite, setembro de 2007. Texto consultado em www.chamada.com.br em 18/01/2010.

Fonte: 
https://www.google.com.br/search?q=pastores+da+modernidade&espv=2&biw=1366&bih=643&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjgydfn-7bMAhULMyYKHavYC_cQ_AUICCgD#imgrc=PGhU4Pf-JSy7WM%3A