Lição 07 12 de Fevereiro de 2017
ADMEP – ASSEMBLEIA DE DEUS MINISTÉRIO ESTUDANDO A
PALAVRA
Departamento de Educação Cristã
Escola Bíblica Dominical
“BENIGNIDADE: UM ESCUDO
PROTETOR CONTRA AS PORFIAS
Texto Áureo:
“Antes,
sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos
outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”.
Efésios
4.32
Leitura Bíblica em Classe
Colossenses
3.12 - 17
Objetivo Geral:
- Mostrar que
a benignidade é um aspecto do fruto do Espírito e que a porfia é obra da carne.
1.
Reconhecer que a benignidade se fundamenta no amor;
2.
Mostrar que a porfia se fundamenta na inveja e
no orgulho;
3.
Explicar os porque precisamos nos revestir de
benignidade.
§
Introdução: – Na lição de
hoje estudaremos mais um aspecto do fruto do Espírito, a benignidade e mais um
aspecto das obras da carne, a porfia.
Veremos que o crente cheio do Espírito tem um coração benigno e procura
ter relacionamentos saudáveis, evitando discussões, disputas e polêmicas. O
conselho de Paulo a Timóteo foi para que ele fugisse das discussões, polêmicas
e debates acerca da lei, pois tais discussões são inúteis e não acrescentam
nada à fé dos irmãos (Tt 3. 9).
Nota: Estarei preparando a
minha Lição baseada nos versículos da lição em Classe: Colossenses 3. 12 - 17.
f
Colossenses 3. 12: No versículo 10, Paulo declara que nos revestimos do novo homem. Agora ele sugere alguns
meios práticos para implementar essa nova condição à nossa vida diária. Antes
de tudo, ele se dirige aos colossenses como eleitos de Deus, uma alusão ao fato de que foram escolhidos por
Deus em Cristo antes da fundação do mundo. A graça de Deus que nos elegeu é um
dos mistérios da revelação divina. Cremos que as Escrituras ensinam claramente
que Deus, como soberano, escolheu homens que haviam de pertencer a Cristo, mas
não cremos que tenha escolhido outros para a condenação. Tal ensinamento é
contrário às Escrituras. Assim como cremos na eleição da graça de Deus, cremos
também na responsabilidade humana. Deus não salva ninguém contra a vontade
deste. A mesmíssima Bíblia que diz: “...
eleitos, segundo a presciência de Deus”
também diz: “Aquele que invocar o nome do
Senhor será salvo”.
Em seguida, Paulo se dirige aos colossenses como santos e amados. Santos quer dizer que fomos
santificados, isto é, postos à parte do mundo a fim de viver para Deus. Quanto
à nossa posição, somos santos, e devemos ser santos também em nosso viver.
Somos o objeto do amor de Deus, e isso gera em nós o desejo de lhe agradar de
todas as maneiras.
Agora Paulo descreve as graças cristãs das quais devemos fazer uso como
se fossem vestimentas. Ternos de
afetos de misericórdia falam de um coração compassivo. Bondade fala de um espírito não
egoísta, que tem prazer em ajudar os outros. Trata-se de uma atitude de
afeição, de boa vontade. Humildade é
a atitude de quem aceita o lugar baixo e de quem estima o outro mais que a si
mesmo. Mansidão e longanimidade não significam
fraqueza, antes falam da capacidade de negar a si mesmo e de andar em graça
para com todos.
Se humildade representa
a “ausência de vaidade”, então mansidão seria “a ausência de paixão”. Longanimidade
diz respeito à paciência diante da provocação e de prolongadas ofensas. Ela
combina a alegria com uma atitude benéfica para com os outros e também com a
perseverança no sofrimento.
f
Colossenses 3. 13: - Suportando-vos
uns aos outros. Essas palavras têm o sentido de aturar com
paciência as faltas e maneiras estranhas de nossos irmãos na fé. Na lida com
nossos compatriotas, é natural que se descubram suas falhas. Há momentos em que
só pela graça de Deus conseguimos aturar as idiossincrasias dos ouros, e também
deve ser difícil para eles aturar-nos, mas devemos suportar uns aos
outros. Perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixas contra
outrem. São poucas as disputas
entre o povo de Deus que não poderiam ser resolvidas rapidamente, caso os
interessados quisessem seguir essas injunções. Devemos estar prontos a perdoar
os que nos ofendem. Quantas vezes já não ouvimos a seguinte queixa: “Mas foi ele que me ofendeu...”. É exatamente numa situação como essa que
devemos saber perdoar. Se o outro não nos tivesse ofendido, não haveria
necessidade de perdão. Quando somos nós os ofensores, então quem tem a
obrigação de ir pedir perdão somos nós. Ser paciente sugere a atitude de não se
deixar ofender. O perdão indica a atitude de quem não quer guardar
ressentimento. Dificilmente encontraremos maior incentivo para o perdão fora
desse versículo. Assim como o Senhor
vos perdoou, assim também perdoai vós. Como foi que Cristo
nos perdoou? Ele nos perdoou sem ter
motivo algum, e devemos também agir assim. Ele nos perdoou livremente, e
devemos fazer o mesmo. Ele nos perdoou e não quis mais se lembrar de nossas
ofensas, e essa também deve ser nossa atitude. Devemos seguir o exemplo de
nosso bendito Senhor tanto na maneira de perdoar quanto no alcance do perdão.
f
Colossenses 3. 14: - Entende-se o amor aqui como uma vestimenta
colocada por cima de outra roupa ou um cinto que cinge todas as outras
virtudes, de maneira a facilitar o caminho para a perfeição. É o amor que
sustenta as demais virtudes, formando uma perfeita simetria. É possível
manifestar algumas das virtudes mencionadas sem ter amor no coração. Por isso, Paulo enfatiza a necessidade de
fazermos tudo em espírito de genuíno amor
para como os irmãos. Nossas ações não devem ser feitas de mau grado,
mas devem nascer de uma afeição verdadeira do coração. Os gnósticos
consideravam o conhecimento o vínculo
da perfeição, porém Paulo corrige esse ponto de vista insistindo em que
o amor é o vínculo da perfeição.
f
Colossenses 3. 15: - A paz de Cristo deve servir de árbitro em nosso coração. Diante
de uma dúvida, devemos fazer a seguinte pergunta ao nosso íntimo: “Será que indo por este caminho encontrarei
paz? ”; ou: “Será que terei paz no
coração se continuar a agir dessa maneira? ”.
Esse versículo é de grande ajuda quando procuramos a
orientação do Senhor. Se o Senhor deseja de fato que você siga determinado
caminho, ele com certeza lhe dará paz
enquanto andar nele. Se você não sentir paz nesse caminho, então deve
abandoná-lo. Alguém disse: “Quando tudo está escuro, convém ficar onde está
e esperar que venha a luz”.
Cristo nos chamou para que desfrutemos sua paz, como
indivíduos ou como igreja. Não se deve minimizar a importância da última parte
do versículo: à qual, também, fostes
chamados em um só corpo. Uma das
maneiras de ter paz é viver isolados dos demais cristãos, porém não é esse o
propósito de Deus. Ele coloca os solitários em famílias. O intento de Deus é
que sejamos congregados em igrejas locais. Embora a convivência com outros
cristãos às vezes ponha à prova nossa paciência, é dessa maneira que Deus
consegue desenvolver em nós virtudes cristãs que não poderiam ser produzidas de
outra maneira. Por isso, não devemos
deixar de cumprir nossas responsabilidades na igreja local, muito menos
abandoná-las quando estivermos irritados ou aborrecidos. Em vez disso, devemos procurar viver de modo
compatível com nossos companheiros de fé e ajudá-los em tudo quanto fazermos ou
dizemos.
E
sede agradecidos. Essa expressão aparece repetidas vezes nas
epístolas de Paulo. Devia haver fortes razões para isso. Espíritos agradecidos devem ser considerados
de máxima importância pelo Espírito de Deus, e acreditamos que seja! É
importante não somente na vida espiritual, mas também na vida física da pessoa.
Os médicos descobriram agora o que a Bíblia ensina há muito tempo – que o
espírito alegre e a atitude de agradecimento na mente da pessoa são benéficos
para o corpo e que a ansiedade, a depressão e o hábito de reclamar prejudicam a
saúde. Costumamos pensar que o espírito de agradecimento é resultado de nossas
circunstancias imediatas, mas aqui Paulo ensina que se trata de uma graça que
devemos cultivar. Ser agradecidos é
nossa responsabilidade. Temos mais razão para ser agradecidos que qualquer
outro povo do mundo. (Cf. Dt 33. 29). A falha não está na ausência de motivos
para agradecer, e sim no egoísmo de nosso coração.
f Colossenses 3. 16: - Nem todos concordam com a pontuação do
versículo 16. Na língua original em que o NT foi escrito, não havia nenhuma
pontuação, e na realidade é justamente ela que muitas vezes determina o sentido
do que se escreveu. Nesse caso, sugerimos a seguinte pontuação: Habite ricamente em vós a palavra de Cristo;
instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria; louvando a Deus
com salmos e hinos e cânticos espirituais, com gratidão em vosso coração.
Assim, temos três seções nesse versículo: Esta é a primeira. Habite,
ricamente, em vós a palavra de Cristo. Aqui, a palavra de Cristo
são os ensinamentos de Jesus encontrados na Bíblia. À medida que nosso coração
e nossa mente forem inundados por sua santa palavra e procurarmos andar em
obediência a ela, a palavra de Cristo
estará à vontade em nosso coração.
Na segunda seção, lemos: instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em
toda a sabedoria. Nesse sentido, todo cristão tem responsabilidade para
com seus irmãos e irmãs em Cristo. Instruí-vos diz respeito à doutrina,
enquanto aconselhai-vos se refere mais aos deveres cristãos.
Temos a obrigação de compartilhar com nossos irmãos o conhecimento que temos
das Escrituras e de procurar ajuda-los com conselhos práticos da parte de Deus.
Se os ensinamentos e conselhos forem dados em sabedoria, por certo haverá mais aceitação do que quando
falamos de modo autoritário, sem sabedoria ou sem amor.
Na terceira, seção vemos que os salmos, e hinos, e cânticos
espirituais devem ser cantados ao Senhor com gratidão, em
nosso coração. Os salmos são aquelas poesias
inspiradas que se encontram no livro que traz esse título. Eram cantados no culto dos israelitas a Deus.
Já os hinos são reconhecimentos geralmente como cânticos de
louvor e adoração dirigidos a Deus Pai ou ao Senhor Jesus Cristo.
Esses hinos não são inspirados, não no mesmo sentidos em
que os salmos são. Cânticos espirituais são poesias
religiosas que descrevem a experiência cristã. Eis um exemplo:
Quando acaso falte aos homens Paz, ou gozo, ou proteção,
Poderão com fé chegar-se para Deus em oração.
Joseph (Trad.: Stuart E. McNair).
Tendo à disposição esses variados tipos de canções, é possível cantar ao
Senhor com gratidão, em vosso coração.
Talvez seja um bom momento para dizer que o cristão deve usar de discernimento
com respeito ao tipo de música que utiliza. Grande parte da música dita
“cristã” de hoje é leviana e sem valor, e muitas são contrárias às Escrituras.
Algumas adoram o estilo da música pop e do rock, trazendo descrédito ao nome de
Cristo.
O versículo 16 é muito parecido com Efésios 5. 18, 19, onde lemos: “Não vos embriagueis com vinho, no qual há
dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando
e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais”. Em
Colossenses 3. 16, a diferença principal está no fato de que, em vez de dizer: “Enchei-vos do Espírito”, Paulo diz: Habite, ricamente, em vós a palavra de
Cristo. Isso quer dizer que estar cheio do Espírito e estar cheio da
palavra de Cristo são ambos necessários para viver uma vida alegre, útil e
abundante. Não podemos estar cheios do Espírito sem estar cheios da Palavra, e
o estudo da palavra de Deus não surtirá efeito se não entregarmos todo o nosso
ser ao controle do Espírito Santo. Seria correto, então, concluir que estar
cheio do Espírito é o mesmo que estar cheio da palavra de Deus? Não se trata de
uma crise emocional e misteriosa que nos acometa, mas de uma alimentação contínua
das Escrituras, dia após dia, meditando nelas, sendo guiados por elas e
obedecendo aos seus ensinamentos.
f Colossenses 3. 17: - No versículo 17, temos uma regra aplicável a todas
as circunstâncias da vida. Seguindo essa regra, o cristão pode também julgar o
próprio comportamento. Hoje em dia, os
jovens têm grande dificuldade para distinguir o certo do errado, mas se conseguirem
decorar esse versículo terão uma chave para resolver seus problemas. O grande
teste nesses casos é: “Posso fazer isso em nome do Senhor Jesus? Isso que vou
fazer contribuirá para a glória de Cristo? Posso contar com sua benção? Ficaria
ele contente se me apanhasse fazendo isso no momento de sua vinda? ”. Convém observar que esse teste deve ser
aplicado tanto às nossas palavras quanto às nossas obras. A obediência a esse
mandamento enobrecerá nossa vida. É um segredo precioso para o cristão aprender
a fazer tudo como sendo para o Senhor e para sua glória. Mais uma vez, o apóstolo
acrescenta a frase dando por ele graças a Deus Pai. Graças! Graças! Graças! É uma obrigação
perpetua daqueles que foram salvos pela graça e estão destinados às cortes do Céu.
Conclusão: - O crente precisa se
revestir de benignidade.
Aula
Elaborada, pela professora,
Pra. Maria Valda – ADMEP
Material
Pesquisado:
William MacDonald – Comentário Bíblico
Popular – Novo Testamento.