ADMEP – ASSEMBLEIA DE
DEUS MINISTÉRIO ESTUDANDO A PALAVRA
Departamento de Educação Cristã
Escola Bíblica Dominical
“O PERIGO DAS
OBRAS DA CARNE”
Texto Áureo:
“Vigiai e
orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas
a carne é fraca. ”
(Mt 26. 41)
Verdade Prática:
Oremos e vigiemos
para que não sejamos surpreendidos pelas obras da carne.
Leitura Bíblica em Classe
Lucas 6.39 – 49
Objetivo Geral: - Explicar o
perigo das obras da carne.
Objetivos Específicos: -
1.
Identificar o que é concupiscência da carne;
2.
Mostrar o que é um caráter moldado pelo
Espírito;
3. Saber
que
uma vida que não agrada a Deus vive segundo a carne e é infrutífera.
Introdução: - A palavra PERIGO nos
remete ao estado de alerta. Ao estado de ATENÇÃO.
Por quê? Porque estamos em uma constante luta travada: Carne x Espírito. Devemos
prestar atenção, pois é um assunto falado muitas vezes na Bíblia, isto é, a
palavra de Deus está chamando a nossa atenção para o cuidado com o perigo.
ð Qual o motivo da diferente nomenclatura dada ao FRUTO
do Espírito e OBRAS da carne? Ha diferença, pois tanto as suas
respectivas origens como o produto, ou seja, o resultado final, são distintos
entre elas.
ð OBRAS = No
original significa “ações, resultado
de quem faz algo”. Portanto, isso está ligado a quem nós somos. Você não
precisa de forças para fazer as obras da carne, são naturais e inerentes.
Alguns mais, outros menos, mas o mundo anda indo de ladeira a baixo e seguindo
muito bem o padrão das obras da carne.
ð FRUTO = No
original remete a algo que é “gerado,
produzido”. Por isso Jesus nos comparou a ramos, pois o fruto não pertence
ao ramo, mas a videira. Só estando conectado a Videira Verdadeira podemos dar
fruto e fruto digno de arrependimento.
ð
Conhecendo
o Inimigo: - Nosso
maior inimigo não é o mundo, ou o Diabo através dos seus demônios, mas sim a
nossa natureza adâmica que não some ou desaparece quando nos
convertemos.
ð
“As obras
da carne são manifestas, as quais são: ”
Nenhum trecho da Bíblia apresenta um mais nítido contraste entre o modo
de vida do crente cheio do ESPÍRITO
e aquele controlado pela natureza humana pecaminosa do que 5.16-26. Paulo não
somente examina a diferença geral do modo de vida desses dois tipos de crentes,
ao enfatizar que o ESPÍRITO e a carne estão em conflito entre si, mas também
inclui uma lista específica tanto das obras da carne, como do fruto do
Espírito.
(1) “Prostituição”
(gr. pornéia), i.e., imoralidade sexual de todas as formas. Isto inclui,
também, gostar de quadros, filmes ou publicações pornográficas (cf. Mt 5.32;
19.9; At 15.20,29; 21.25; 1Co 5.1). Os termos moichéia e pornéia são traduzidos
por um só em português: prostituição.
(2) “Impureza” (gr. akatharsia), i.e., pecados sexuais, atos pecaminosos e vícios, inclusive maus pensamentos e desejos do coração (Ef 5.3; Cl 3.5).
(3) “Lascívia” (gr. aselgeia), i.e., sensualidade. É a pessoa seguir suas próprias paixões e maus desejos a ponto de perder a vergonha e a decência (2Co 12.21).
(4) “Idolatria” (gr. eidololatria), i.e., a adoração de espíritos, pessoas ou ídolos, e também a confiança numa pessoa, instituição ou objeto como se tivesse autoridade igual ou maior que DEUS e sua Palavra (Cl 3.5).
(5) “Feitiçarias” (gr. pharmakeia), i.e., espiritismo, magia negra, adoração de demônios e o uso de drogas e outros materiais, na prática da feitiçaria (Êx 7.11,22; 8.18; Ap 9.21; 18.23).
(6) “Inimizades” (gr. echthra), i.e., intenções e ações fortemente hostis; antipatia e inimizade extremas.
(7) “Porfias” (gr. eris), i.e., brigas, oposição, luta por superioridade (Rm 1.29; 1Co 1.11; 3.3).
(8) “Emulações” (gr. zelos), i.e., ressentimento, inveja amarga do sucesso dos outros (Rm 13.13; 1Co 3.3).
(9) “Iras” (gr. thumos), i.e., ira ou fúria explosiva que irrompe através de palavras e ações violentas (Cl 3.8).
(10) “Pelejas” (gr. eritheia), i.e., ambição egoísta e a cobiça do poder (2Co 12.20; Fp 1.16,17).
(11) “Dissensões” (gr. dichostasia), i.e., introduzir ensinos cismáticos na congregação sem qualquer respaldo na Palavra de DEUS (Rm 16.17).
(12) “Heresias” (gr. hairesis), i.e., grupos divididos dentro da congregação, formando conluios egoístas que destroem a unidade da igreja (1Co 11.19).
(13) “Invejas” (gr. fthonos), i.e., antipatia ressentida contra outra pessoa que possui algo que não temos e queremos.
(14) “Homicídios” (gr. phonos), i.e., matar o próximo por perversidade. A tradução do termo phonos na Bíblia de Almeida está embutida na tradução de methe, a seguir, por tratar-se de práticas conexas.
(15) “Bebedices” (gr. methe), i.e., descontrole das faculdades físicas e mentais por meio de bebida embriagante.
(16) “Glutonarias” (gr. komos), i.e., diversões, festas com comida e bebida de modo extravagante e desenfreado, envolvendo drogas, sexo e coisas semelhantes.
As palavras finais de Paulo sobre as obras da carne são severas e enérgicas: quem se diz crente em JESUS e participa dessas atividades iníquas exclui-se do reino de DEUS, i.e., não terá salvação (5.21; ver 1Co 6.9).
ð
O que é concupiscência:
Definição = Desejo forte, desejo desenfreado,
cobiça, estimulo para o pecado da natureza humana. Em GL 6.8 Paulo nos
advertiu sobre a consequência de quem semear na carne, ou seja, na velha
natureza. Só uma força sobrenatural pode vencê-la, você sozinho não consegue.
1.1. Concupiscência da carne - (I Jo 2.15-17): Abrange o imediatismo. A satisfação pessoal e momentânea. Comer, beber, sexo fútil. Segue a “lógica” da ética hedonista.
1.2. Concupiscência dos olhos: - Abrange a cobiça pelas conquistas materiais, a ambição negativa pelo ter ao invés do ser. Por essa concupiscência muitas pessoas abandonam a Deus para tornar-se escravos do trabalho, sendo assim sem tempo para família, para aproveitar o dom da vida e principalmente para dedicar tempo e disposição para as coisas de Deus.
1.3. A soberba da vida: - Abrange
a ambição não do ter, mas do ser. É a busca exagerada pelo reconhecimento.
Soberba, arrogância, prepotência.... Pode ser letal, pois tem sido comumente
encontrado tanto nas igrejas como no mundo.
ð
Foi assim com Eva (Gn 3.6)
ð
Foi assim com Jesus (Mt 4. 1-10) – c3’
ð
E é assim com todo servo do Senhor Jesus. (I Jo
2.15-17).
II. A DEGRADAÇÃO
DO CARÁTER CRISTÃO
1.
O que é caráter?
ð
Definição = Caráter é um
conjunto de características e traços relativos à maneira de agir e de reagir de um indivíduo ou de um grupo. É um feitio
moral. É a firmeza e
coerência de atitudes. O conjunto das qualidades e defeitos de
uma pessoa é que vão determinar a sua conduta e a sua moralidade, o seu
caráter. Os seus valores e firmeza moral definem a coerência das suas ações, do
seu procedimento e comportamento. Uma pessoa conhecida como "sem caráter" ou "mau caráter",
geralmente é qualificada como desonesta, pois não apresenta firmeza de
princípios ou de moral. Por outro lado, uma pessoa "de caráter"
é alguém com formação moral sólida e incontestável. O caráter quando é forte,
não se deixa levar por alguma proposta de uma via mais fácil para a realização
de algo. Mesmo se naquele momento parece ser o melhor caminho a seguir, é o
caráter que vai determinar a escolha do indivíduo.
O caráter é manifestado através dos nossos valores, atitudes, motivações e sentimentos. A verdade é que nada compromete mais a pregação do evangelho do que quando existe incoerência na mensagem que pregamos e a vida que vivemos. O fruto do Espírito evidência o caráter de Cristo em nós.
2. Manifestação
do caráter: -
ü
A maneira como lidamos com o dinheiro, revela muito do nosso caráter.
ü A maneira como lidamos com quem faz mais sucesso que a gente. (Principalmente
se for um liderado) revela muito do nosso caráter.
ü A forma como lidamos com o sexo oposto revela muito do nosso caráter.
ü A maneira que tratamos quem não tem nada para nos oferecer, ou que estão
em posição “inferior” a nossa (Jesus esteve com ricos, pobres, miseráveis e
qual foi a reação dele? Nunca houve em Jesus acepção de pessoas) revela muito
do nosso caráter.
ü
Os conteúdos das nossas conversas informais revelam muito do nosso
caráter.
ü
A maneira como nos comportamos quando ninguém está vendo revela muito do
nosso caráter. (Exemplo de José quando foi tentado sexualmente e todos os
empregados não estavam lá naquele momento).
A espessura do seu caráter vai resultar
na dimensão e na longevidade da responsabilidade do que você pode carregar.
ð
Três funções básicas do espírito humano:
1)
Intuição é a
capacidade de o espírito conhecer algo sem qualquer influência exterior, da
mente ou da emoção. As revelações de Deus e todas as ações do Espírito Santo
nos sãos transmitidas por meio da intuição no espírito (1Jo 2.20, 27). A
intuição normalmente se manifesta como uma “impressão”, isto é, uma sensação ou
pensamento no nosso íntimo, uma “voz suave”, muito sutil. “Eu só sei que sei,
mas não sei como sei…” (Jo 3.8) Mas é preciso que a alma esteja aquietada e
atenta para poder perceber a intuição que vem do Espírito Santo para o nosso
espírito.
ð
A intuição se manifesta através de dois mecanismos:
a)
O impulso para que façamos algo, ainda que a nossa mente não
entenda ou não se agrade daquilo;
b)
O constrangimento para não fazermos algo,
ainda que à nossa mente lhe pareça razoável e até goste da ideia.
2) Consciência é a capacidade de o espírito discernir entre o certo e o errado, independentemente dos critérios da mente (Is 30.21). É o senso de moralidade que Deus inculcou em todo ser humano. É o que leva o criminoso a ocultar seus atos, ainda que estes o beneficiem, e o que leva a pessoa honesta a corrigir algo, ainda que lhe seja prejudicial. Há muita coisa que a nossa mente aprova, mas a consciência reprova.
3) Comunhão é intimidade com Deus; é ser um com Ele (1Co 6.17; Ef 2.18,22). Deus não pode ser percebido pelos nossos pensamentos ou emoções. É somente na comunhão do espírito que podemos nos unir a Deus e adorá-lo (Rm 1.9). A verdadeira adoração a Deus só pode expressar-se quando a alma se submete às ações da comunhão em nosso espírito. Em Lc 1.46-47 vemos que Maria pode adorar a Deus porque, antes, seu espírito se havia alegrado nEle (note a mudança do tempo verbal: “engrandece”, “se alegrou) ”. Qualquer tentativa de adorar a Deus pelas emoções e esforços da alma é pura hipocrisia religiosa que em vez de agradar a Deus, desperta sua indignação (Is 1.14; Am 5.21; Ap 3.16).
ð
Três funções básicas da
alma:
1) Mente é a sede
do entendimento racional, nossa “central de processamento de dados”. É onde
reside nossa capacidade intelectual, nossa habilidade para pensar, ponderar
sobre informações e chegar a conclusões lógicas a partir das mesmas, através do
pensamento.
2) Vontade é a sede das nossas decisões, nosso poder de escolha, nosso livre-arbítrio, nossa “central de comando”. Corpo e espírito estão sujeitos à vontade da alma. A vontade nos impulsa à ação, nos motiva a tomar certas atitudes e comportamentos. Através dela podemos decidir nos submeter à direção do espírito ou resistir a ele e sufocá-lo completamente. Podemos optar por nos sujeitar aos impulsos carnais ou resistir aos mesmos. Talvez a atitude mais nobre e também a mais difícil para um cristão é renunciar à vontade própria e decidir cumprir a vontade de Deus, ainda que tenha que sofrer por tomar tal decisão (Jo 5.30; Lc 22.42). Isso é crucificar o ego.
3) Emoção é a sede dos sentimentos, o “tempero” ou “colorido” da nossa vida. É a forma como reagimos a certos estímulos externos ou internos, que podem ser pensamentos, imagens mentais ou circunstâncias e acontecimentos da vida. As emoções definem nosso estado de ânimo e normalmente repercutem tanto no corpo (alteração da respiração, circulação e transpiração) como também na mente (estado mental de empolgação ou depressão). As emoções mais intensas podem desorganizar e até bloquear as funções intelectuais e a razão. Portanto, é preciso estar sempre atento, voltado para o espírito (de onde provém a verdadeira sabedoria) para não tomar decisões com base nas emoções apenas.
ð
Três funções básicas do
corpo:
1) Recepção é a
capacidade do corpo de captar informações do mundo exterior, através dos cinco
sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar).
2) Instinto é a capacidade do corpo de reagir automaticamente em resposta aos
estímulos externos. Por exemplo: instinto de sobrevivência, o instinto de autodefesa,
o instinto sexual, etc.
Nosso
corpo tem vários sistemas orgânicos instintivos, cada qual cumprindo uma função
específica, mas também trabalhando de maneira maravilhosamente
harmoniosa, a fim de manter-nos vivos (por exemplo, o sistema respiratório, o
sistema digestivo, o sistema circulatório). Os instintos são automáticos e em
si mesmo não são pecaminosos. Deus criou instintos bons, mas a queda do homem
os degenerou. O instinto de sobrevivência, que inclui comer e beber, pode se
degenerar em glutonaria e alcoolismo. O instinto de defesa, que inclui
esquivar-se e proteger-se, pode se degenerar em ira e todo tipo de violência. O
instinto sexual, que inclui reprodução e prazer com o cônjuge, pode se
degenerar em adultério, prostituição, homossexualismo e sodomia.
3)
Expressão é a capacidade de o corpo externar os
pensamentos, os sentimentos e as decisões da alma. Inclui a fala e a linguagem
corporal.
3. Viver segundo a carne ou espírito? Dar fruto ou ser espinheiro?
Ao
exemplo do que Jotão disse, não podemos ser as duas coisas. Ou você é crente
carnal, ou espiritual. Ou você dá fruto e é salvo, ou você é infrutífero e não
herdará o reino de Deus. Ter dons espirituais não significa ser frutífero no
reino de Deus, mesmo que se faça grandes coisas em seu nome. (Vá para revista).
Lição Elaborada pela Professora:
Taiane Brito
ADMEP
Maria Valda
Pastora da ADMEP