terça-feira, 26 de abril de 2016

“ALIANÇA MOSAICA”






 Departamento de Educação Cristã
Escola Bíblica Dominical



ALIANÇA MOSAICA”
Sua duração: 1.500 anos


Texto Áureo:

“Amarás, pois, ao Senhor; teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Marcos 12, 30, 31



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Êxodo 20. 1, 3, 4, 5, 7, 8, 12 – 17, 20


INTRODUÇÃO: - A duração desta Dispensação foi de cerca de 1.500 anos, desde o Êxodo do Egito até à crucificação de Cristo. (Jo 1. 17). “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo”.

Esta Dispensação começa com a concessão da Lei no Sinai e terminou como período de tempo com a morte sacrifical de Cristo, que cumpriu todas as suas provisões e tipos.

Na Dispensação anterior, Abraão, Isaque e Jacó, como também as multidões de outros indivíduos, falharam nos testes da fé e obediência que eram da responsabilidade do homem (por exemplo, Gn 16. 1 – 4; 26. 6 – 10; 27. 1 – 25). O Egito também falhou em atender a advertência de Deus (Gn 12. 3) e foi julgado.

Não obstante Deus providenciou um libertador (Moisés), um sacrifício (o Cordeiro Pascal) e o poder milagroso para tirar os israelitas do Egito (as pragas do Egito; livramento no Mar Vermelho).



Os povos do Antigo Oriente produziram magnificas obras literárias; todavia, nenhuma delas pode ser comparada ao Antigo Testamento, que inspira e influencia, até hoje, diversas civilizações. O texto veterotestamentário serviu de base para a formação de três das maiores religiões do mundo, a saber: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.



I.              ANTIGO TESTAMENTO, BERÇO DA ANTIGA ALIANÇA

Deus, através do Espírito Santo, era o Criador e Condutor da História, ao mesmo tempo inspirador do registro e o maior interessado na fidelidade deste. Revela-se a Moisés por vias naturais (fontes orais e escritas) e sobrenaturais (sonhos, visões e comunicação direta) At 7. 38.

Enquanto Deus não ditava sua Palavra para ser escrita, fez de homens, livros vivos. A assim chamada tradição oral. PorSete homens de Deus: (Adão, Lameque, Noé, Abraão. Jacó, Coate, Anrão) a serviço dEle, guardados e usados por Ele, não seria difícil preservar a História que Deus tornaria registrada infalivelmente no livro Sagrado de Gênesis. – Esta realidade faz-nos refletir sobre a extraordinária função do ensino oral: sem este não seria possível, hoje, ter acesso às palavras do Supremo Criador. (Veja os acréscimos na lição do Professor em letras azuis – Pagina 34 do professor).


O Antigo Testamento reúne os ditos orais das experiências de diversos personagens que tiveram contato com o Eterno e com a Sua Palavra. O texto veterotestamentário é, portanto, em primeiro lugar, a Escritura máter do povo de Israel, e, por conseguinte, da Igreja de Cristo.



II.            A QUINTA ALIANÇA ou ALIANÇA MOSAICA –
(Êx. Caps.19 a 32).


2.1.      A Aliança Mosaica: -  No AT encontramos as seis primeiras Alianças que Deus estabeleceu com os homens; todas, invariavelmente, apontam para o pacto Superior e irrevogável, descortinado no NT.

u    É importante destacar que é no contexto ancestral dos cinco primeiros livros da Bíblia (O Pentateuco) que Deus revela o advento do Messias. A Aliança Mosaica, nesse sentido, constitui-se a mais completa revelação do AT, pois, a partir dela, o Senhor forma e educa o povo a partir do qual Ele abençoaria todas as famílias da terra. (Êx 19.4, 5; Gn 12. 1 -3).(Ler na lição do aluno o complemento, pág. 35 da ver. Do Professor e pág. 26 do Aluno).

u   A grande questão da nação recém-liberta do cativeiro egípcio. –  De acordo com Hindson e Yates, a Aliança Mosaica não foi dada para resgatar pessoas. A nação já havia sido eleita (Êx 4. 22,23), redimida (Êx 12. 21 - 30) e já andava pela fé (Êx 14. 31). O papel da aliança era ensinar como as pessoas redimidas deveriam viver neste mundo(Ver a lição pág. 36 do Prof., e pág. 26 do aluno).

2.2.      Lei Mosaica  - (hb. Torah lei, instrução, doutrina) é composta por um código de leis, formado por cerca de 600disposições, ordenanças e proibições. Ela pode ser considerada tanto um código religioso – uma vez que previa as obrigações do povo, dos evitas, dos sacerdotes e do sumo sacerdote em relação a Yahweh (todos deveriam prestar seus cultos obedecendo a um determinado padrão) – quanto uma normatização socioeducativa – pois previa as normais de conveniência coletiva. (Veja a lição, neste ponto).


·        A Aliança Mosaica, dada a Israel em três divisões, cada uma essencial às outras e juntas formando a Aliança Mosaica, isto é, os Mandamentosexpressando a justa vontade de Deus (Êxodo 20. 1 – 26); os Juízos regulando a vida social de Israel (Êx 21. 1 – 24.11); e as Ordenançasgovernando a vida religiosa de Israel (Êx 24. 12 – 31. 18).

· Estes três elementos formam “A Lei”, como essa expressão foi generalizadamente usada no Novo Testamento (por exemplo, Mt 5. 17, 18). Os mandamentos e as ordenanças formavam um Sistema Religioso.

·     Os Mandamentos eram um “Ministério da Condenação” e “da morte” (II Co 3. 7 -9); as ordenanças davam na pessoa do Sumo Sacerdote, um representante do povo junto ao Senhor; e, nos sacrifícios, uma cobertura (Expiação, Lv 16 .6), para os seus pecados em antecipação à cruz (Hb 5. 1 – 3; 9. 6 – 9; comp. Rm 3. 25 – 26). 

·         O cristão NÃO está sob a condicional Aliança Mosaica das Obras, A Lei, mas sob a Nova Aliança Incondicional da Graça (Rm 3. 21 – 27; 6. 14, 15; Gl. 2. 16; 3. 10 – 14, 16 – 18, 24 – 26; 4. 21 – 31; Hb 10. 11 – 27).

·              A Lei não mudou a provisão da Aliança Abraâmica, mas foi uma coisa acrescentada apenas por um tempo limitado até que viesse a Semente (Gl 3. 17 – 19).


2.3.      Os Propósitos Divinos Nesta Aliança

2.3.1.   - Fazer de Israel Uma Propriedade Peculiar, Êxodo 19. 5.
2.3.2.   - Fazer de Israel Um Reino de Sacerdotes, Êxodo 19. 6.
2.3.3.   - Fazer de Israel Uma Nação Santa, Êxodo 19. 6.
2.3.4.   - A Cura Divina era outra Promessa de Deus incluída neste pacto, Êxodo 15. 26.

2.4.           O Lado Humano – Israel tinha por obrigação “diligentemente ouvir a voz do Senhor” (Êxodo 19. 5) através dos:

2.4.1.      Os Mandamentos. - No capítulo 20 o “Rei” estabeleceu a “Magna Carta” do “Reino de sacerdotes”, a qual consistiu dos 10 Mandamentos, ou seja, a Lei Moral, que expressa à vontade de Deus.

2.4.2.      Os Estatutos. - Em Êxodo 21. 1 a 23. 33 temos a interpretação e a aplicação dos 10 Mandamentos em forma de Estatutos, ou Ordenanças, que constituíram a Lei Civil, promulgada pelo próprio “Rei”.

2.4.3.      As Instituições Religiosas. - A voz do Senhor em seguida deu a Israel instruções concernentes ao Tabernáculo. Êxodo 25. 1 a 31. 18.  Tratava-se da Lei Cerimonial. - O Tabernáculo seria:
a)           A corte do Rei. - Deus como “Rei” tinha o direito de estabelecer todos os planos. Êxodo 25. 8;

b)           A figura das coisas que se acham nos céus. - (Hb 9. 23), e somente Deus conhecia essas coisas. (João 3. 12).

c)             As várias partes do Tabernáculo também simbolizavam as coisas invisíveis do próprio Rei, sendo, portanto, uma revelação de sua própria Pessoa. Todo o Livro de Levítico apresenta a maneira do funcionamento da corte nas relações entre Israel e seu Rei. Está repleto de figuras das coisas celestiais e de símbolos das realidades invisíveis em Cristo, o Redentor.


III.          O DECÁLOGO

De todo modo, pode-se afirmar que a essência da Antiga Aliança reside nos Dez Mandamentos (Êx 20. 1 – 17; Dt 9. 9, 15), teologicamente chamados de Decálogo [gr. dekálogos = dez palavras (dez leis) ], pois esta foi a única Escritura, propriamente dita, feita com o dedo de Deus.

3.1.  A divisão do decálogo. – Os quatro primeiros mandamentos dizem respeito ao relacionamento com o Altíssimo (Êxodo 20. 3 – 11), e os seis últimos tratam das relações que se estabelecem com os outros indivíduos (Êx 20. 12 – 17). –


Princípios de conduta abordados no Decálogo:

1.       Instituição do monoteísmo (Êx 20. 3);
2.     Proibição a qualquer tentativa de dar a Yahweh uma representação visível (Êx 20. 4 – 6);
3.  Proibição ao uso incorreto do nome de Deus para fins ilegítimos e egoístas (Êx 20. 7);
4.       Santificação do sétimo dia (Êx 20. 8 – 11);
5.        Crédito de honra a pai e mãe, (Êx 20.12);
6.        Proibição à violação da vida humana, que é sagrada (Êx 20. 13);
7.        Fidelidade no relacionamento conjugal (Êx 20. 14);
8.  Proibição à violação dos direitos dos outros e a todas as formas de exploração social (Êx 20. 15);
9.         Proibição ao falso testemunho, (Êx 20. 16);
10.    Proibição ao desejo concupiscente de possuir o que não é legitimamente nosso (Êx 20. 17).

3.1.1.  O ponto central do Decálogo. – Os dois principais mandamentos bíblicos – tanto na Antiga quanto na Nova Aliança – provém do Decálogo (Dt 6. 5; Mc 12. 28 – 31).


IV.         A NATUREZA DA ALIANÇA MOSAICA
Lei Mosaica, que foi chamada a “Lei”, não era aliança de “obras”, no sentido de Romanos 11. 6. Jamais a salvação foi conseguida pelas obras da lei. Romanos 3; 20; Gl 3. 11; Hb 11. 6, 33. Na parte divina dessa aliança, o povo foi feito “SANTO” pela purificação do Seu Sangue e a implantação de Sua justiça.

A lei era o caminho da vida e não o caminho para a vida. Era a maneira de viver na qual essa “propriedade peculiar”, o “reino de sacerdotes”, e a “nação santa” deveria andar.

O Novo Testamento informa que havia “Misericórdia” e “” debaixo da Velha Aliança. Mt 9. 13; 23. 23; Os 6. 6; Hc 2. 4.

4.1.      Os Propósitos da Lei:  - (Rm 7. 9, 10; Mt 12. 1 – 8)

4.1.1.      Ela proibiu o Pecado. Gl 3. 19.
4.1.2.      Ela Expôs o Pecado. Rm 3 .20, 3. 20; 5. 13.
4.1.3.      Ela encerrou os homens para Cristo. Gl 3. 23 – 25.

4.2.  A Missão da Lei Terminada.  - Sendo que a Lei não passava dum assistente à Aliança com Abraão e um meio de defender a Israel então não haveria mais necessidade da Lei. (Gl 3. 19, 25; II Co 3. 7, 11, 13; Rm 6. 14; 7. 4, 6; 10. 4; etc.).

4.3.      O Destino da Lei com a Vinda de Cristo

·              Os Mandamentos, com a exceção do quarto, foram repetidos na Nova Aliança do Evangelho, da seguinte maneira: oprimeiro: Mt 4. 10; o segundo: I Jo 5. 21; o terceiro: Mt 5. 34 – 37; o quarto não consta; Cl 2. 16, 17; Rm 14. 5; oquinto: Ef 6. 1; o sexto: Gl 5. 21; o sétimo: Gl 5. 19; o oitavo: Ef 4. 25; e o décimo: Ef 5. 3

·              As Instruções religiosas cumpriram-se em Cristo e Sua Igreja. Mt 5. 17, 18; Jo 1. 29; I Co 5. 7; Hb 9. 11 – 14, 23, 24.
·              A maior parte dos Estatutos, a Lei Civil, que regulavam a vida nacional e social do povo, foi dispensada quando a nação judaica foi dispersa, pois perderam a sua vida nacional.

4.3.1.  Elementos compreendidos na Torah

· Os Dez Mandamentos (o Decálogo) – regulamentam as relações interpessoais e o relacionamento com Deus.

·    As Ordenanças civis e religiosas – explicam detalhadamente o significa dos Dez Mandamentos para Israel;

·      As Leis Cerimonias – relativas ao serviço sacerdotal e ao ministério no Tabernáculo (e, posteriormente, no Templo).


TEMAS OBSERVADOS NA LEI MOSAICA

Religiosos - (Lv 1 -5; Nm 6. 22 -27
Morais e éticos - (Lv 18; 20. 7 – 21)
Trabalhistas - (Lv 16. 31; 25. 39 – 55; Nm 8. 24 – 26)
Agropecuários - (Lv 25. 1 – 7; Nm 33. 50 – 56)
Mercantis - (Lv 19. 35 – 37; 25. 36 – 37)
Culturais - (Lv 20. 22 – 24; Dt 18. 9)
De saúde e higiene - (Lv 15. 25 – 33; Dt 23. 11 – 13)
Políticos e militares - (Nm 15. 15, 16, 29; Dt 7)
Humanitários - (Lv 19. 9, 10, 14 – 18, 33, 34; 20. 1 – 3)




Conclusão-  A Aliança Mosaica (Êxodo 19. 5), condena os homens, “Pois todos pecaram”. (Rm 3. 23; 5. 12).  Mas, O Cordeiro perfeito, imolado antes da fundação do mundo, seria o único capaz de salvar o homem eternamente. (João 1. 29).


                                         Aula Elaborada, pela professora,
                                               PraMaria Valda – ADMEP 


Material Pesquisado:
ü   Apostila: As Dispensações e as Alianças aos Homens – Prof.ª Maria Valda.
ü   Panorama do Velho Testamento – Ângelo Gagliardi Jr. – Ed. Vinde.
ü   Lição da editora Gospel                                                                                                     
ü   Comentarista, Pr. Samuel Malafaia

“ALIANÇA MOSAICA”




ADMEP – ASSEMBLEIA DE DEUS MINISTÉRIO ESTUDANDO A PALAVRA


Departamento de Educação Cristã
Escola Bíblica Dominical



ALIANÇA MOSAICA
Sua duração: 1.500 anos


Texto Áureo:

“Amarás, pois, ao Senhor; teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Marcos 12, 30, 31



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 20. 1, 3, 4, 5, 7, 8, 12 – 17, 20



Objetivo:

1.             Conhecer o objetivo e o propósito da Aliança Mosaica; 
2.             Compreender: a relevância contemporânea dos Dez Mandamentos;
3.             Entender o propósito dos sacrifícios e das ofertas no Antigo Testamento.


§    Palavra IntrodutóriaDesde início da história da humanidade, habitantes das mais diversas regiões do planeta (como sumérios, egípcios, assírios e babilônios) foram deixados pelo caminho seus vestígios arqueológicos. Podemos encontrá-los em grandes edificações (como palácios, pirâmides e muralhas); em expressões artísticas ancestrais (como pinturas rupestres – inscritas ou desenhadas em rochas); ou mesmo em destroços de atividades domésticas, agrícolas e religiosas que apontam para a cultura e os costumes de determinado povoado ou cidade.

Do mesmo modo, por milênios, de geração em geração, foram conservados e repassados os ensinos orais e os registros históricos (feitos em tábuas de argila, couro, papiro e pergaminho) das famílias e etnias que formaram o povo de Israel.


Os povos do Antigo Oriente produziram magnificas obras literárias; todavia, nenhuma delas pode ser comparada ao Antigo Testamento, que inspira e influencia, até hoje, diversas civilizações. O texto veterotestamentário serviu de base para a formação de três das maiores religiões do mundo, a saber: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.



I.          ANTIGO TESTAMENTO, BERÇO DA ANTIGA ALIANÇA

Deus, através do Espírito Santo, era o Criador e Condutor da História, ao mesmo tempo inspirador do registro e o maior interessado na fidelidade deste. Revela-se a Moisés por vias naturais (fontes orais e escritas) e sobrenaturais (sonhos, visões e comunicação direta) At 7. 38.

Enquanto Deus não ditava sua Palavra para ser escrita, fez de homens, livros vivos. A assim chamada tradição oral. Por Sete homens de Deus: (Adão, Lameque, Noé, Abraão. Jacó, Coate, Anrão) a serviço dEle, guardados e usados por Ele, não seria difícil preservar a História que Deus tornaria registrada infalivelmente no livro Sagrado de Gênesis. – Esta realidade faz-nos refletir sobre a extraordinária função do ensino oral: sem este não seria possível, hoje, ter acesso às palavras do Supremo Criador. (Veja os acréscimos na lição do Professor em letras azuis – Pagina 34 do professor).


O Antigo Testamento reúne os ditos orais das experiências de diversos personagens que tiveram contato com o Eterno e com a Sua Palavra. O texto veterotestamentário é, portanto, em primeiro lugar, a Escritura máter do povo de Israel, e, por conseguinte, da Igreja de Cristo.



1.1.      A unidade das Escrituras: -

Quando estudamos o Antigo Testamento, escrito por diferentes autores, era diferentes épocas e em gêneros literários (históricos, poéticos, sapienciais e proféticos), observamos que Deus revelou-se paulatina e oportunamente aos homens.

1.1.1.  A mensagem divina complementa-se de forma qualitativa.  – O Antigo Testamento é, além de tudo, uma correção teológica de diversos conceitos desenvolvidos por povos ancestrais em relação a si próprios, a Deus e à Criação. O AT, deste modo, é o instrumento por meio do qual o Senhor, gradativamente, revela como o homem deve relacionar-se com Ele, sempre apontando para Cristo, o ápice de todas as alianças bíblicas.

1.1.2.  A mensagem divina completa-se de forma quantitativa. – O AT apresenta um quadro geral de como tudo começou (Gênesis e Êxodo): de como tudo aconteceu (Livros históricos); de como tudo deve ser (Livros da Lei); de como tudo será (livros proféticos e escatológicos) e de alento e sabedoria para o caminho em direção aos céus (livros poéticos e sapienciais).


II.            ALIANÇA MOSAICA: -

No AT encontramos as seis primeiras ALIANÇAS que Deus estabeleceu com os homens; todas, invariavelmente, apontam para o pacto Superior e irrevogável, descortinado no NT.

É importante destacar que é no contexto ancestral dos cinco primeiros livros da Bíblia (O Pentateuco) que Deus revela o advento do Messias. A Aliança Mosaica, nesse sentido, constitui-se a mais completa revelação do AT, pois, a partir dela, o Senhor forma e educa o povo a partir do qual Ele abençoaria todas as famílias da terra. (Êx 19.4, 5; Gn 12. 1 -3). (Ler na lição do aluno o complemento, Pág.. 35 da ver. Do Professor e Pág.. 26 do Aluno).


2.1.  A grande questão da nação recém-liberta do cativeiro egípcio. –  De acordo com Hindson e Yates, a Aliança Mosaica não foi dada para resgatar pessoas. A nação já havia sido eleita (Êx 4. 22,23), redimida (Êx 12. 21 - 30) e já andava pela fé (Êx 14. 31). O papel da aliança era ensinar como as pessoas redimidas deveriam viver neste mundo. (Ver a lição pág. 36 do Prof., e pág. 26 do aluno).

2.2.   A Lei Mosaica. -  A Lei Mosaica (hb. Torah = lei, instrução, doutrina) é composta por um código de leis, formado por cerca de 600 disposições, ordenanças e proibições. Ela pode ser considerada tanto um código religioso – uma vez que previa as obrigações do povo, dos evitas, dos sacerdotes e do sumo sacerdote em relação a Yahweh (todos deveriam prestar seus cultos obedecendo a um determinado padrão) – quanto uma normatização socioeducativa – pois previa as normais de conveniência coletiva. (Veja a lição, neste ponto).


2.2.1.  Elementos compreendidos na Torah

·  Os Dez Mandamentos (o Decálogo) – regulamentam as relações interpessoais e o relacionamento com Deus.

·       As Ordenanças civis e religiosasexplicam detalhadamente o significa dos Dez Mandamentos para Israel;

·       As Leis Cerimoniasrelativas ao serviço sacerdotal e ao ministério no Tabernáculo (e, posteriormente, no Templo).



TEMAS OBSERVADOS NA LEI MOSAICA


Religiosos - (Lv 1 -5; Nm 6. 22 -27
Morais e éticos - (Lv 18; 20. 7 – 21)
Trabalhistas - (Lv 16. 31; 25. 39 – 55; Nm 8. 24 – 26)
Agropecuários - (Lv 25. 1 – 7; Nm 33. 50 – 56)
Mercantis - (Lv 19. 35 – 37; 25. 36 – 37)
Culturais - (Lv 20. 22 – 24; Dt 18. 9)
De saúde e higiene - (Lv 15. 25 – 33; Dt 23. 11 – 13)
Políticos e militares - (Nm 15. 15, 16, 29; Dt 7)
Humanitários - (Lv 19. 9, 10, 14 – 18, 33, 34; 20. 1 – 3)



III.       O DECÁLOGO.  De todo modo, pode-se afirmar que a essência da Antiga Aliança reside nos Dez Mandamentos (Êx 20. 1 – 17; Dt 9. 9, 15), teologicamente chamados de Decálogo [gr. dekálogos = dez palavras (dez leis) ], pois esta foi a única Escritura, propriamente dita, feita com o dedo de Deus.

3.1. A divisão do decálogo. – Os quatro primeiros mandamentos dizem respeito ao relacionamento com o Altíssimo (Êxodo 20. 3 – 11), e os seis últimos tratam das relações que se estabelecem com os outros indivíduos (Êx 20. 12 – 17). –


Princípios de conduta abordados no Decálogo:

1.      Instituição do monoteísmo (Êx 20. 3);
2.     Proibição a qualquer tentativa de dar a Yahweh uma representação visível (Êx 20. 4 – 6);
3.  Proibição ao uso incorreto do nome de Deus para fins ilegítimos e egoístas (Êx 20. 7);
4.       Santificação do sétimo dia (Êx 20. 8 – 11);
5.       Crédito de honra a pai e mãe, (Êx 20.12);
6.        Proibição à violação da vida humana, que é sagrada (Êx 20. 13);
7.        Fidelidade no relacionamento conjugal (Êx 20. 14);
8.   Proibição à violação dos direitos dos outros e a todas as formas de exploração social (Êx 20. 15);
9.         Proibição ao falso testemunho, (Êx 20. 16);
10.     Proibição ao desejo concupiscente de possuir o que não é legitimamente nosso (Êx 20. 17).

3.1.1.  O ponto central do Decálogo. – Os dois principais mandamentos bíblicos – tanto na Antiga quanto na Nova Aliança – provém do Decálogo (Dt 6. 5; Mc 12. 28 – 31).


IV.         SACRIFÍCIOS E OFERTAS NO ANTIGO TESTAMENTO

Alguns teólogos acreditam que a ideia de sacrifício surgiu a partiu do socorro imediato de Deus ao pecado humano – quando, no Éden, Ele matou um animal para cobrir a vergonha de Adão e Eva (Gn 3. 21). Segundo essa linha de interpretação, as práticas sacrificais teriam sido desenvolvidas com base neste ato divino – como se observa em Caim e Abel (Gn 4. 1 – 7) e em outros personagens bíblicos (Gn 8. 20; Jó 1. 5).

4.1.      Tipos de sacrifícios e ofertas na Aliança Mosaica: - cinco tipos de ofertas apresentadas no Livro de Levítico, e eles ocupam os seis primeiros capítulos do livro.

4.1.1.      Os holocaustos – eram sacrifícios de consagração, oferecidos diariamente. (Lv. Cap. 1);
4.1.2.      Oferta de manjares – é uma oferta de comunhão e ações de graça (Lv. Cap. 2);
4.1.3.      Oferta pacífica – é também uma oferta de comunhão com Deus e de ações de graça, Lv. Cap. 3);
4.1.4.      Oferta pelos pecados – Lv. 4 e 5 -  é oferta para expiação de pecados.
4.1.5.      Oferta pela culpa – Lv. 5. 14 – 6.7 e Lv 7. 1 – 10. É a oferta pela expiação de pecados contra Deus ou homens, que admitiam compensação.

4.2.      A ineficiência das ofertas para a salvação eterna: - Os tipos sacrificiais observados no Antigo Testamento eram imperfeitos e incompletos em si mesmos, isto é, toda vez que alguém pecasse deveria repetir o ritual para restabelecer a comunhão perdida. Em nenhuma parte do texto bíblico diz-se que os sacrifícios ofereciam a possibilidade de salvação eterna; assim, no período veterotestamentário, eles cumpriam, a função de apontar para Cristo, o Redentor –uma realidade que ainda não podia alcançar a imaginação daquela primitiva comunidade (Hb. 9. 11- 15).


Conclusão: -  Como a revelação no Antigo Testamento deu-se de forma paulatina, os servos de Deus só alcançaram plena compreensão do plano salvífico – por meio da graça – no decorrer dos séculos.

O Senhor foi anunciando, conforme o entendimento das eras, que Ele desejava misericórdia, arrependimento, lábios e coração puros, não sacrifícios, pois o Cordeiro perfeito, imolado antes da fundação do mundo, seria o único capaz de salvar o homem eternamente (João 1. 29).


                                         Aula Elaborada, pela professora,
                                               Pra. Maria Valda – ADMEP



Material Pesquisado:
ü   Apostila: As Dispensações e as Alianças aos Homens – Prof.ª Maria Valda.
ü   Panorama do Velho Testamento – Ângelo Gagliardi Jr. – Ed. Vinde.
ü   Lição da editora Gospel                                                                                                     
ü   Comentarista, Pr. Samuel Malafaia