sexta-feira, 3 de abril de 2015

PÁSCOA E SEU SIGNIFICADO


O NOME E O SIGNIFICADO DA PALAVRA "PÁSCOA"




Estudo produzido pelo prof. Tércio Machado Siqueira, professor de Antigo Testamento da FaTeo


O nome e o significado da palavra "páscoa"


O nome que a Bíblia Hebraica usa para denominar "páscoa" é pesah. Com a palavra pesah o texto bíblico quer significar duas coisas:
·         o ritual ou celebração da primeira festa do antigo calendário bíblico (Ex 12.11,27,43,48);
·          a vítima do sacrifício, isto é, o cordeiro pascal (Ex 12.21; Dt 16.2,5-6).

Na Bíblia, o nome de uma pessoa ou instituição é sempre um dado importante para se conhecer o que eles são e o que representam. O nome não é um simples rótulo, uma etiqueta ou uma fachada publicitária, mas ele exprime a realidade do ser que o carrega e representa. Assim é o nome "páscoa".


O substantivo pesah/páscoa vem da raiz verbal psh que aparece três vezes nos relatos pascais (Ex 12.13,23,27; ler também Is 31.5; 1 Rs 18.21,26). Assim, o verbo pasah passar por cima, saltar por cima é o significado que prevalece nos usos deste termo pelos escritores e escritoras da Bíblia. O Prof. Luiz Roberto Alves assim definiu o termo pesah/ páscoa:

"O verbo que dá base ao substantivo pesah tem o sentido de salto, movimento, caminhada, travessia. Todas as palavras têm história e essa história corresponde às ações dos homens e mulheres. Os hebreus juntaram à ideia do pesah vários acontecimentos ligados à ideia de travessia" (Expositor Cristão, 2a. Quinzena, 1984, p. 12).


A Origem da Páscoa


Falar de origem da Páscoa é entrar no campo das suposições, pois não há dados suficientes que ajudam a esclarecer sobre essa celebração no período pré-mosaico. Todavia, os textos do Antigo Testamento fornecem indicações que a Páscoa, em suas origens, foi um ritual ou cerimônia que incluía as seguintes características:

a) O ritual era realizado no seio da família ou clã; não tinha altares, santuários e sacerdotes ou qualquer influência do culto oficial;

b) Era celebrado por pastores nômades ou seminômades;
c) O ato central desse ritual era o sacrifício de um jovem animal do rebanho de cabras ovelhas;

d) A cerimônia ocorria no fim da primavera e início do verão (mês de abril), numa noite de lua cheia;

e) O ritual da celebração pascal incluía as seguintes etapas:
- Retirava-se o sangue do animal,

- Ungia a entrada das cabanas com o sangue do animal,
- Assava a carne do animal,

- Com a carne assada, fazia um grande banquete para a família reunida,
- O banquete oferecido incluía a presença de pães ázimos ou asmos, ervas amargas nascidas no deserto,

- A celebração da Páscoa exigia dos participantes desse ritual as seguintes
posturas:

Ter uma atitude de marcha e pressa,

Usar vestimenta para viagem,


Ter as vestes amarradas na cintura,

Atar as sandálias nos pés,
Ter o cajado de pastor na mão.

f) Parece que o objetivo dessa cerimônia era pedir proteção divina, para a família e o seu rebanho de animais menores contra o exterminador (no hebraico, maxehit - Ex 12.13, 23) ou saqueador, bando de destruição (1 Sm 13.17; 14.15; Pr 18.9). O exterminador maxehit pode ser qualquer tipo de agressor, desgraça, enfermidade, peste ou acidente que poderia ocorrer com qualquer membro da família ou os seus animais.

g) Provavelmente, esse ritual foi celebrado por Abraão, Isaac e Jacó, pois eles eram pastores. A cada ano, na primavera, quando o vento quente do deserto, anunciando o verão, atingia e queimava as parcas pastagens das ovelhas, os pastores, suas famílias, bem como os seus rebanhos eram obrigados a buscar outros lugares para dar de comer as suas ovelhas.

A Páscoa celebrada pelos israelitas: da sedentarização até o início da Monarquia (1200 - 1040 a.C.).

Evidentemente que o sistema de vida dos israelitas mudou substancialmente após a chegada a Canaã.

a) O povo israelita deixou de ser seminômade e deu início ao processo de sedentarização. Paulatinamente, o povo foi se tornando agricultor, embora parte dele continuou na vida pastoril, especialmente, os clãs que permaneceram vivendo nas localidades periféricas do território da terra de Israel.

b) Ao se fixar nas terras agrícolas, os israelitas aproximaram-se dos cananeus. Foi aí que o povo do êxodo conheceu algumas festas relacionadas ao mundo agrícola. Entre essas instituições estão as festas agrícolas, como Ázimos, Semanas e

Colheitas.c) Foi nesse período de difícil adaptação que se dá a integração da Festa dos Pães Ázimos e a Páscoa. As duas celebrações ocorriam no mesmo período.

d) No período entre a chegada do povo israelita à Canaã e a sedentarização ocorreu uma profunda transformação no significado da Páscoa.

·         O conteúdo e a forma da cerimônia da primitiva da Páscoa já não respondem as condições de vida atuais do povo israelita. Exigiam-se modificações.
·         Apesar da Páscoa manter boa parte de seu antigo ritual, o povo israelita procurou encontrar outros motivos para a celebração.
·         A cerimônia continuou a ser celebrada em família, mas a Páscoa deixou de ser um ritual ligado à troca de favores divinos, para tornar-se uma memória da ação de Deus, salvando o povo hebreu da escravidão.

e) O mais primitivo ritual da Páscoa encontra-se em Êxodo 12.21-28.

Estudo Bíblico: Ex 12.21-28
I. Instrução de Javé para Moisés e Aarão - v. 21-27a.
1. Introdução: Moisés convocou todos os anciãos de Israel e disse-lhes:
2. A instrução para a missão de Moisés e Aarão - v. 21b-27a.
2.1. Instruções para a Páscoa - v. 21b-22


Tirai,
Tomai um animal do rebanho segundo as vossas famílias e
Imolai a Páscoa.
Tomai alguns ramos de hissopo,
Molhai-o no sangue que estiver na bacia, e
Marcai a travessa da porta e
os seus marcos com o sangue que estiver na bacia;
Nenhum de vós saia da porta de casa até pela manhã


2 - Razão para celebrar a Páscoa - v. 23
e Javé passará para ferir os egípcios;
e quando Ele vir o sangue sobre a travessa,
e sobre os dois marcos,
Ele passará adiante dessa porta,
e Ele não permitirá que o exterminador entre em vossas casas para vos ferir.

3 - Ordem para a celebração da Páscoa - v. 24-25
Observareis esta determinação como um decreto para vós
e para vossos filhos, para sempre.
Quando tiverdes entrado na terra que Javé vós dará, como disse,
Observareis este rito.


4 - Explicação sobre a festa e o significado no nome ´páscoa` - v. 26-27a.
Quando vossos filhos vos perguntarem: "Que rito é este?"
Respondereis:
"É o sacrifício da Páscoa para Javé
que passou adiante das casas dos filho
Então o povo se ajoelhou
e se prostrou.
Foram-se os filhos de Israel
e fizeram isso, como Javé ordenara a Moisés e a Aarão,
assim fizeram.


Comentando:

A forma literária com a qual este ritual foi elaborado é perfeita.

Primeiro, o texto mostra Moisés convocando os anciãos do povo, a mando de Javé (conforme Ex 12.1), para preparar a festa da Páscoa (v. 21b-22).

Segundo, Moisés instrui, com detalhes, os anciãos para preparar os elementos que comporiam o ritual (v.21b-22).

Terceiro, Moisés fornece as razões para aquele ritual, bem como o uso do sangue de uma ovelha e o hissopo (planta aromática - Nm 19.6; Sl 51.9): o motivo da festa é afugentar o medo do vento exterminador que ameaça as casas do povo hebreu (v. 23).

Quarto, a ordem para celebrar a Páscoa tem uma dimensão profética. A Páscoa vai além da contagem do tempo humano, cronológico. A celebração não encerra um simples agradecimento, pela libertação da escravidão e a concessão da terra para morar, criar a família e plantar para obter o alimento. A celebração possui a dimensão profética da contínua presença salvadora de Deus junto ao seu povo. Jesus captou essa amplitude da celebração quando disse: "Fazei isso em memória de mim... até que Ele venha" (1 Co 11.24b e 26b).

Quinto: os versos 26-27a providenciam a explicação do nome "Páscoa" para as gerações e gerações de salvos da escravidão. Com isso, o texto bíblico quer mostrar que essa celebração da Páscoa possui uma novidade. Ela não é mais dominada pelo medo do Faraó ou dos outros possíveis "exterminadores" que possam haver nos caminhos do povo de Deus. A celebração da Páscoa, do povo liberto e instalado na terra de Canaã, passa a ser marcada pela alegria e certeza da presença de Deus entre o povo liberto e salvo.

Sexto: os versos 27b-28 assinalam o cumprimento da ordem divina para celebrar a Páscoa.

Observações

(1) A prescrição sobre a celebração da Páscoa (Ex 12.21-28) é legitimada pelo editor do livro de Êxodo. Assim, o cabeçalho deste capítulo (Ex 12.1) afirma que a prescrição da Páscoa (12.21-28) é autorizada por Javé. Eis a sua lógica:

    Javé comunica a Moisés e Aarão;
    Moisés e Aarão ouvem as ordens de Javé;
    Moisés e Aarão obedecem e comunicam aos anciãos de Israel.

(2) A celebração continuava a ser celebrada em família. A Bíblia ensina que a família constitui o fundamento para o projeto de sociedade que Deus propõe para a humanidade.

(3) Foram mantidos vários elementos na celebração: ovelhas e ramos de hissopo (erva aromática). Evidentemente que houve algumas modificações, em razão da nova situação de vida do povo, agora, vivendo em Canaã.

(4) Todavia, a antiga Páscoa foi "relida" e "re-significada". O antigo culto dos pastores seminômades possuía a função de controlar as forças da natureza. Por exemplo, os povos anteriores aos hebreus acreditavam que oferecendo em sacrifício o filho primogênito, poderia controlar a bênção e a ira divina. Como na cerimônia da primitiva páscoa, os pastores acreditavam que poderiam amenizar a ira divina do "vento destruidor".

(5) Na verdade, o povo bíblico tomou antigos costumes dos povos vizinhos e os converteu em instrumentos de preservação e ensino da fé. No caso da Páscoa, o povo bíblico tomou uma cerimônia pagã, que girava em torno de uma magia, e a transformou em um sinal da presença salvadora de Javé. Em outras palavras, a nova celebração da Páscoa mostra que a fé não é um dado doutrinário ou mágico, mas um gesto história de Javé.

IV - Da sedentarização do povo de Israel ao período monárquico.

Após os acontecimentos que envolveram a saída do Egito - a difícil caminhada pelos desertos, os muitos "sinais e maravilhas" realizados por Javé e o cumprimento da promessa de "uma terra que mana leite e mel" - o povo bíblico juntou à ideia da Páscoa aos acontecimentos acima descritos. A Páscoa dos nômades deixou de ser uma cerimônia mágica que procurava afugentar o medo do "exterminador", que se supunha estava próximo, para se tornar uma afirmação concreta da plena liberdade que Javé dá.

Foi nesse momento que o povo bíblico tomou consciência que a sua fé em Javé não era uma formalidade a mais entre os povos do Antigo Oriente. Javé não é definido pelo seu ser, mas pela sua atuação na história: Ele ouviu o grito angustiado dos/as escravos/as do Egito e providenciou os meios para a libertação deles (Ex 3-4);

    
A celebração da Páscoa, agora reformulada e "re-significada", passa afirmar que a fé bíblica é histórica, e que tem seu fundamento nos acontecimentos salvíficos relatados nos livros de Êxodo, Números e Deuteronômio, especialmente;

O outro ritual da Páscoa, relatado em Êxodo 12.1-14, provavelmente, representa a segunda forma litúrgica mais primitiva, entre todas incluídas no Antigo Testamento. Ao tornar-se sedentário, o povo de Israel mudou substancialmente seu sistema de vida:

    de escravos tornaram-se livres;
    de pastores tornaram-se agricultores;
    de seminômades tornaram-se sedentários.


    
A história da salvação do Egito não é ensinada, nas casas e nos cultos, como uma doutrina, mas como um fato histórico, isto é, um milagre de Deus ocorrido na história de seus pais;
    
A fé em Javé, através da celebração da Páscoa, tornou-se uma força transformadora;


    do medo à coragem;
    da magia a atos concretos da atuação de Javé;
    da escravidão à liberdade.


    
O nome da festa, pesah saltar - o saltar do vento destruidor, demoníaco - passa significar, em conexão com a história de libertação dos hebreus, passar por cima de, saltar para a liberdade;
    
O sacrifício de um cordeiro deixa de ser um simples sacrifício de sangue para se tornar uma memória dos atos salvíficos de Javé. Por isso, a celebração da Páscoa passa a ser prescrita como "um Páscoa para Javé".



V - A Páscoa no período monárquico.

 
Há silêncio sobre a celebração da Páscoa, exceto o profeta do Reino do Norte Oséias que critica o povo pela ausência da celebração Os 12 ).


VI - Da celebração caseira para a cerimônia no Templo de Jerusalém.

O rei Josias (642-609 antes de Cristo) empreendeu uma ampla reforma no Reino de Judá (O Reino de Israel já tinha sido destruído em 722 a.C.).

    
Por determinação do rei Josias, a Páscoa passou a ser celebrada, oficialmente, no Templo, em Jerusalém (Dt 16.1-8);
    
A reforma equipara a Páscoa a uma festa de peregrinação (ver a coleção "Salmos das Subidas" (Sl 120-134);
    
O gado maior (boi ) passa a ser admitido como vítima para o sacrifício;
    
Surgiu a permissão para cozer a vítima, em lugar de assá-la;
    
A memória do êxodo do Egito continuou sendo o motivo principal da celebração.


VII - A Páscoa no exílio babilônico (598-537 anos antes de Cristo)


Durante o exílio na Babilônia, o povo exilado desenvolveu a esperança de que Javé poderia libertar, de novo, Israel. Este tema é muito abordado pelo profeta anônimo do exílio, cujas palavras foram editadas no livro de Isaías, capítulos 40 a 55.

    
Desaparece a atividade cultual no Templo (destruído em 587 a.C.). Surge a Sinagoga e cresce a produção literária;
    
Volta o sacrifício da rês menor (ovelhas e cabras);
    
A celebração volta para a família e o ritual de sangue volta a ter o sentido de símbolo da defesa contra o "exterminador";
    
Percebe-se pequenas variações na celebração:

    
não jogar fora algumas partes do animal sacrificado;
    
não quebrar os ossos do animal sacrificado;
    
permissão para celebrar a Páscoa no 2o. mês para quem não pôde sacrificar no 1o. mês (Nm 9.1-14);
    
passou a ser permitida a participação de estrangeiros.

  
Começou aparecer uma distinção entre Páscoa e Ázimos, como celebrações distintas:

Festa dos Ázimos: nos dias 1 a 7 do primeiro mês do ano;

Festa da Páscoa: no dia 14 do mesmo mês.

VIII - Páscoa no período Grego

Os livros de 1 e 2 Crônicas e Esdras indicam que a Páscoa preservou alguma cerimônia para o Templo, mas a refeição pascal foi mantida no templo;

    
O gado maior foi readmitido como parte da cerimônia;
    
A carne deve ser assada e não cozida;
   
 O leigo executa o ritual de sangue (2 Cr 30.21; 35.11);
    
Páscoa e Ázimos voltam a integrarem-se;
   
 O levita passa a ter um papel relevante na celebração;
    
A música passa a ser parte da celebração;
    
O copo de vinho passa a ser parte da cerimônia;
    
A Páscoa retornou ao Templo como parte do culto oficial, mas preservou-se a refeição para o ambiente familiar.


Resumindo

A Páscoa pré-mosaica é marcada pelo medo do exterminador maxehit. O ritual tinha algo de "magia" para afugentar os males. É bom lembrar que, nessa época, o povo sacrificava os primogênitos recém-nascidos para ganhar favores divinos (conforme Gn 22);


O povo bíblico tomou todos os costumes e práticas pagãs e os passou pelo crivo da fé javista. Tanto no sacrifício dos primogênitos (Gn 22), como no ritual da Páscoa, o povo bíblico converteu tais cerimônias às práticas e confissões de fé javistas. Em ambas situações, o medo prendia as pessoas e forçava-as a praticarem cerimônias inúteis e criminosas. Foi Javé quem abriu os olhos do povo bíblico. Este se tornou um missionário entre as nações para anunciar as boas novas: "Não temais! Eis que vos trago uma boa nova que será para todo o povo" (Lc 2.10). A Páscoa anuncia o fim do medo e, conseqüentemente, a confirmação da confiança em Deus.

A celebração da Páscoa não é uma cerimônia de nostalgia do passado; não é uma festa da saudade onde heróis e heroínas são lembrados/as por seus atos de valentia; também não é um ritual que procura romantizar o passado, lembrando e homenageando certas figuras da história.

Na Bíblia, dois verbos sobressaem-se: "lembrar" e "esquecer". Quando a Bíblia apela para que o povo lembre dos grandes atos de Javé (conforme Ex 13.3), ela está procurando construir o futuro da nação. A memória dos grandes atos salvíficos de Deus mobiliza a fé da sociedade e fortalece o povo para esperar as boas novas do Reino de Deus. Esquecer o que Deus fez e faz significa a tragédia da humanidade.

Celebrar a Páscoa é resgatar os atos salvíficos de Deus no passado, acreditando que Ele possa fazer o mesmo, entre nós, no dia de hoje. A memória do passado salvífico - seja da libertação no Egito, seja da vida e obra de Jesus Cristo - restaura as forças dos/as crentes celebrantes para o testemunho.
 
Na verdade, a memória carrega o sentido de redenção, seja dos atos salvíficos de Deus, através da história, bem como a redenção das causas justas do passado. Assim, a memória resgata tanto a vida e obra de Jesus como a luta dos pobres pela dignidade de viver. Pela memória, redimimos o desejo e a luta deles. Assim, se esquecermos os desafios do povo de Deus no Antigo Testamento, os ensinos de Jesus Cristo ou os anseios justos do povo fiel, pomos a perder o sentido desses projetos. A intenção da celebração da Páscoa afirmar que cada geração de celebrante tem o dever de pôr em prática os verdadeiros e justos projetos das gerações do passado.



Fonte: http://portal.metodista.br/fateo/materiais-de-apoio/estudos-biblicos/um-estudo-sobre-a-origem-da-pascoa

O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE A PÁSCOA?


A RESPOSTA DA BÍBLIA


O modo como a Páscoa é comemorada hoje não tem origem bíblica. Pesquisando mais a fundo, você descobrirá o verdadeiro significado da Páscoa moderna; verá que ela é uma tradição baseada em antigos ritos de fertilidade. Veja alguns costumes comuns em muitos países.
  1. Nome: O nome usado em português dá a entender que a Páscoa atual é uma versão cristianizada da Páscoa judaica. Mas isso não é verdade. Em inglês, por exemplo, essa festividade é chamada de Easter. A origem dessa palavra é incerta, mas a Encyclopædia Britannica apresenta sua provável relação com “Eostre, deusa anglo-saxônica da primavera”. Outras obras de referência relacionam esse nome a Astarte, deusa fenícia da fertilidade, correspondente à deusa babilônia Istar.
  2. Lebres e coelhos: Esses são símbolos de fertilidade que “foram herdados de celebrações pagãs relacionadas à primavera nos países europeus e no Oriente Médio”.— Encyclopædia Britannica.
  3. Ovos: Segundo o Funk & Wagnalls Standard Dictionary of Folklore, Mythology and Legend (Dicionário-Padrão de Folclore, Mitologia e Lendas, de Funk e Wagnalls), a brincadeira de procurar ovos supostamente trazidos pelo coelhinho da Páscoa “não se trata de mera brincadeira de criança, mas é o vestígio de um ritual de fertilidade”. Em algumas culturas, as pessoas acreditavam que os ovos decorados “tinham o poder mágico de trazer felicidade, prosperidade, saúde e proteção”. — Traditional Festivals (Festas Tradicionais).
  4. Usar roupa nova: Era considerado desrespeitoso e um sinal de azar receber a deusa escandinava da primavera, ou Eastre, sem estar usando vestimentas novas.” — The Giant Book of Superstitions (Livro Gigante de Superstições).
  5. Cultos religiosos realizados ao amanhecer: Esses cultos têm sido relacionados a rituais que antigos adoradores do Sol “realizavam no equinócio da primavera para acolher o Sol com seu grande poder de trazer vida nova a tudo que cresce”. — Celebrations: The Complete Book of American Holidays (Celebrações: O Livro Completo dos Feriados Americanos).

A origem da Páscoa é bem descrita pelo The American Book of Days(Livro Americano dos Dias): “Não há dúvida de que a Igreja, nos seus dias primitivos, adotou os velhos costumes pagãos e lhes deu um significado cristão.
A Bíblia nos alerta contra adorar a Deus por seguir tradições ou costumes que o desagradam. (Marcos 7:6-8) Isso está de acordo com 2 Coríntios 6:17, que diz: “‘Separai-vos’, diz Jeová, ‘e cessai de tocar em coisa impura.’” Assim, fica claro que a Páscoa moderna tem origem pagã, e aqueles que querem agradar a Deus devem evitar celebrações desse tipo.

Fonte: http://www.jw.org/pt/ensinos-biblicos/perguntas/biblia-diz-sobre-pascoa/

O VERDADEIRO SIGNIFICADO DA PÁSCOA








A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes do nosso calendário. Atualmente, tornou-se uma data tão comercial, que poucos lembram ou conhecem seu verdadeiro significado. Para além dos chocolates e presentes, a CPAD - editora cristã - reforça a origem do termo, que remonta a aproximadamente 1.445 anos antes de Cristo.


Para contextualizarmos, neste período, de acordo com a Bíblia, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó viviam como escravos há mais de quatrocentos anos no Egito. A fim de libertá-los, Deus designou Moisés como líder do povo hebreu (Êxodo 3-4). 


Em obediência ao Senhor, Moisés dirigiu-se a Faraó a fim de transmitir-lhe a ordem divina: “Deixa ir o meu povo”. Para conscientizar o rei da seriedade da mensagem, Moisés, mediante o poder de Deus, invocou pragas como julgamentos contra o Egito.

No decorrer de várias dessas pragas, Faraó concordava deixar o povo ir, mas, a seguir, voltava atrás, uma vez a praga sustada. Soou a hora da décima e derradeira praga, aquela que não deixaria aos egípcios nenhuma outra alternativa senão a de lançar fora os israelitas: Deus mandou um anjo destruidor através da terra do Egito para eliminar “todo primogênito... desde os homens até aos animais” (Êx.12.12). 


A Primeira Páscoa


Como os israelitas também habitavam no Egito, o Senhor emitiu uma ordem específica a seu povo. A obediência a essa ordem traria a proteção divina a cada família dos hebreus, com seus respectivos primogênitos. Cada família tomaria um cordeiro macho, de um ano de idade, sem defeito e o sacrificaria. Famílias menores podiam repartir um único cordeiro entre si (Êx. 12.4). 


Os israelitas deviam aspergir parte do sangue do cordeiro sacrificado nas duas ombreiras e na verga da porta de cada casa. Quando o destruidor passasse por aquela terra, ele não mataria os primogênitos das casas que tivessem o sangue aspergido sobre elas. Daí o termo Páscoa, do hebreu pesah, que significa “pular além da marca”, “passar por cima”, ou “poupar”. 


Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os israelitas foram protegidos da condenação à morte executada contra todos os primogênitos egípcios. Deus ordenou o sinal do sangue, não porque Ele não tivesse outra forma de distinguir os israelitas dos egípcios, mas porque queria ensinar ao seu povo a importância da obediência e da redenção pelo sangue, preparando-o para o advento do “Cordeiro de Deus,” Jesus Cristo, que séculos mais tarde tiraria o pecado do mundo (Jo. 1.29). 


De acordo com a Bíblia, no livro de Êxodo, capítulo 12, versículo 31, naquela mesma noite Faraó, permitiu que o povo de Deus partisse, encerrando assim, séculos de escravidão e inaugurando uma viagem que duraria quarenta anos, até Canaã, a terra prometida.


A partir daquele momento da história, os judeus celebrariam a Páscoa toda primavera, obedecendo as instruções divinas de que aquela celebração seria “estatuto perpétuo” (Êx. 12.14). Era, porém, um sacrifício comemorativo, exceto o sacrifício inicial no Egito, que foi um sacrifício eficaz.


Libertação

Assim sendo, lembremos, não somente nesta data, mas em todos os dias, o verdadeiro significado da Páscoa. Assim como o Todo Poderoso libertou os hebreus da escravidão no Egito, Deus quer nos libertar da escravidão do pecado e por isso, enviou seu Filho, Jesus Cristo, para que “todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (Jo. 3.16) Vida esta conquistada com sangue “porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós.” (I Co 5.7)

Celebremos então a liberdade conquistada por Jesus Cristo na cruz para todos nós!


Fonte: Texto extraído em parte da Bíblia de Estudo Pentecostal


A MAIORIA DOS AMERICANOS AGORA DIZ QUE JESUS ERA REALMENTE UM PECADOR

E VOCÊ?




Posted: 03 Apr 2015 06:33 AM PDT


Apesar de que de cada 10 americanos, 9 concordam que Jesus era uma figura histórica, o que eles creem acerca dEle diverge amplamente, de acordo com uma pesquisa recentemente divulgada do Grupo de Pesquisa Barna, uma organização sem fins lucrativos que analisa as tendências culturais com relação às convicções religiosas desde 1984.


 


Noventa e dois por cento dos entrevistados concordaram que Jesus andou na terra como homem no passado.

Mas quando o assunto foi a divindade de Jesus, os números caíram. Entre os jovens americanos, que nasceram depois do ano 2000, só 48 por cento concordaram que Jesus é Deus, dizendo que ele é apenas outra figura espiritual, comparável a Maomé ou Buda.

Cinquenta e dois por cento dos americanos disseram que Jesus foi um pecador como as outras pessoas enquanto vivia na terra.

O fato de que Jesus não tinha pecado sempre foi uma doutrina central da teologia cristã, pois sua pureza o qualificava como o sacrifício perfeito para os pecados da humanidade.


O Apóstolo Paulo escreveu: “Deus fez daquele que não tinha pecado algum a oferta por todos os nossos pecados, a fim de que nele nos tornássemos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5:21 KJA) O escritor da Epístola aos Hebreus ecoou o mesmo ponto: “Pois não temos um sumo sacerdote que não seja capaz de compadecer-se das nossas fraquezas, mas temos o Sacerdote Supremo que, à nossa semelhança, foi tentado de todas as formas, porém sem pecado algum.” (Hebreus 4:15 KJA)


“Esse estudo mostra o grau de compromisso cristão dos Estados Unidos — mais de 150 milhões de americanos dizem que professam a fé em Cristo,” disse David Kinnaman, presidente do Grupo Barna e diretor do estudo nacional. “Essa estatística impressionante nos faz perguntar: até que ponto os americanos expressam bem esse compromisso? Muitas de nossas pesquisas anteriores mostram que a dedicação dos americanos a Jesus é, na maioria dos casos, longa em extensão, mas tem uma profundidade rasa.”



Traduzido e editado por Julio Severo do WorldNetDaily: Most Americans now say Jesus actually a sinner

Leitura recomendada:

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