sábado, 17 de outubro de 2015

AS LACUNAS DA "TEORIA DA LACUNA"


AS LACUNAS DA "TEORIA DA LACUNA"



“No princípio, criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Gn. 1.1,2). A.R.C

Como o leitor do nosso site pode constatar, existem diversas posições a respeito da interpretação do livro de Gênesis. Aqui, iremos fazer uma abordagem a respeito da chamada "Teoria da Lacuna", uma das "alternativas" á interpretação do texto bíblico. Iremos discutir quais pontos dessa tese são concisos e quais não são. Creio ser essa a melhor forma de avaliarmos tal tese.

A ORIGEM DA IDEIA


Com descobertas arqueológicas e paleontológicas surgindo crescentemente, ficou cada vez mais "complicado" de se tratar teologicamente a questão das origens; e com isso a Teoria da Lacuna encontrou um meio de crescer, isso porque tal tese, ao contrário do que muita gente pensa, não é recente. Essa teoria foi defendida em 1876 por C. H. Pember em sua obra As Idades Mais Remotas da Terra e a Conexão delas com o Espiritualismo Moderno e a Teosofia. Outro defensor foi o Dr. Artur Custance, autor do livroSem Forma e Vazia. Chambers a tornou popular utilizando-se das notas da Bíblia de Referência Scofield (1917). No Brasil, tornou-se conhecida através da obra de N. Lawrence Olson, O Plano Divino Através dos Séculos.

O QUE É A TEORIA DA LACUNA

Também conhecida como Teoria do Caos, Teoria do Intervalo ou Teoria da Ruína-Restauração, representa uma aproximação entre criacionismo bíblico, cosmogonias (mitologia) e cosmologias modernas e biologia moderna (na realidade, mais ou menos...).


De acordo com a Teoria da Lacuna, o relato em Gênesis 1:2 de que a terra estava “sem forma e vazia” indica que existiu um pré-mundo que fora destruído, provavelmente, com a colisão de Lúcifer com a Terra quando o mesmo foi expulso do paraíso. Essa teoria afirma que existe uma lacuna de tempo de milhares, milhões ou até mesmo bilhões de anos entre os versículos 1 e 2 do primeiro capítulo do livro de Gênesis, e esse seria o período do pré-mundo. Em Isaías 45:18 lemos que “Deus criou a terra não para que fosse um caos mas para que fosse habitada.” É esse versículo, em suma, que leva os defensores de tal tese a acreditarem que “sem forma e vazia,” em Gênesis 1:2, é uma referência a restauração de um mundo que havia sido criado previamente (E que fora, por alguma razão destruído). A teoria envolve, a respeito desse pré-mundo, duas idéias: a primeira diz que o pré-mundo era habitado por anjos e, quando alguns anjos pecaram e se tornaram demônios, (baseado em Judas 6), este pré-mundo foi destruído. A segunda idéia, que é a mais popular, diz que esse pré-mundo corresponde á pré-história e, com a queda de Lúcifer na terra, com a força e potência de um meteoro, aconteceu o chamado "efeito K-T", mais conhecido como a Extinção dos Dinossauros. Então, nos dois casos, Deus recria o mundo atual, em uma semana literal, conforme o primeiro capítulo de Gênesis.


Essa tese é amplamente defendida por inúmeros pastores hoje, inclusive os que aparecem na mídia. E, conforme nós veremos, essa tese possui alguns pontos que podem ser considerados, e alguns pontos que não podem ser considerados por possuírem muitos erros nos campos bíblico, teológico e científico. Por outro lado, assim como ocorre com todas as teses sobre as origens, existem críticas infundadas contra a Teoria da Lacuna.

PRÓLS E CONTRA

Muitos teólogos não apoiam essa tese pois dizem que a teoria da lacuna tenta harmonizar a Bíblia com a evolução. Eles alegam que essa modificação do texto bíblico é uma resposta temerosa a ciência, como se a ciência se sobrepusesse ás escrituras.

Bom, o fato mesmo é que os teólogos que contestam a teoria da lacuna por esse motivo estão enganados. E por quê? Porque a teoria da lacuna não é tão á favor assim do modelo evolucionista, aliás, não está em conformidade nem sequer com as descobertas paleontológicas recentes. Digamos que, a nível científico, a Teoria da lacuna está no mesmo patamar do criacionismo da Terra Jovem, com a vantagem sobre o último de que não utiliza sofismas como sendo textos científicos. Em geral, os adeptos da teoria da lacuna não são prepotentes como os criacionistas da terra jovem, e muitos deles possuem essa posição por falta de conhecimento científico e/ou teológico. Mas mesmo assim, alguns pontos teológicos e científicos dessa tese são válidos. Ou seja, a teoria da lacuna não é de todo tão ruim.


Também de modo nenhum é um erro ou heresia aceitar a definição da evolução biológica e as Escrituras paralelamente. O que nós não podemos fazer é distorcer o sentido original do Gênesis para se "encaixar" no darwinismo. Como você pode ver nesse mesmo site, os conceitos realmente empíricos em biologia evolutiva, bem como as mais recentes descobertas na paleontologia, apoiam aquilo que está escrito em gênesis (mas não podemos dizer o mesmo do imaginário criacionista) e acabam por comprovar as escrituras mas não sobrepô-la. Talvez, o fato da Teoria da Lacuna tentar ver um "espaço" na bíblia para encaixar a pré-história pode ser sua maior fraqueza.

"SEM FORMA E VAZIA"

De acordo com os defensores dessa teoria, a terra teria sido criada perfeita para ser habitada, mas devido ao juízo de Deus sobre a civilização anterior a Adão ou devido á catástrofe advinda da queda de Lúcifer, o mundo veio a se tornar caótico e desabitado. Então, dizem eles, isso explica o fato de haver desordem e caos em Gn. 1.2. Todavia, o texto de Gênesis está nos ensinando que Deus criou todas as coisas e que o escritor está fazendo alusão ao primeiro estado da matéria. Se “bara” (verbo criar no hebraico) e “kitzo” (no grego) estão associados aos atos criativos de Deus ou ao que somente Deus pode fazer, visto que são ações impossíveis aos agentes humanos (Gn. 1.21, 27; 2.3,4; Dt. 4.32; Jó 38.7; Sl.51.10; Is. 40.26, 28; 42.5), temos por outro lado no latim a expressão creatio ex nihilo que, igualmente, nos conduz à noção do criado a partir do nada. Não é demais lembrarmos aqui as palavras do autor do livro aos Hebreus: “Pela fé entendemos que os mundos pela Palavra de Deus foram criados, de modo que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hb. 11.3). Portanto, o universo foi criado pela Palavra a partir do nada e Deus não se valeu de matéria pré-existente ou modelos anteriores. A Terra era sem forma e vazia no princípio por ser a sua fase inicial, primordial, tendo vindo, assim como todo o universo, a partir do "nada".


Cientificamente, essa ideia que se opõe a tese da lacuna é, para desgosto de quem "odeia" a teoria da evolução e para a alegria daqueles que creem realmente nas Escrituras, extremamente concisa. A física quântica afirma que a matéria provavelmente é composta de "ex-nihilo", e pela paleontologia vemos que com o passar dos tempos, ou das eras, a vida na Terra, a sua complexidade, sempre caminhou mais para a ordem do que para a desordem. Basta comparar o planeta do período Triássico com o planeta do Hadeano, por exemplo. Á propósito, o planeta do Hadeano é fisicamente similar á Terra citada no começo de Gênesis, ou seja, a matéria disforme que Deus deu forma com a Sua Palavra.


Os defensores da Teoria da Lacuna dizem que a expressão de Gn 1,2 contendo “waw”, que corresponde à nossa conjunção “e”, permite a mudança do verbo do perfeito para o imperfeito. Assim, “era” pode ser traduzido por “tornou-se” ou “veio a ser” – alguns estudiosos do hebraico negam essa possibilidade, entre eles, Frederick Ross e Bernard Northrup, mas outros afirmam positivamente. Citam ainda, os defensores da teoria do caos, Is 45,18 “... o Deus que formou a terra e a fez; ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada...”. Para mostrarem que a terra foi habitada anteriormente, apresentam citação isolada, tirada de seu contexto e, portanto, nada podem provar. O contexto, na verdade, aponta para a devastação da terra na região onde Ciro ampliava suas conquistas.

DARWINISMO NA BÍBLIA??

Como já alegamos, a aparência do pré-mundo da Teoria da Lacuna e como foi destruído é dividida em duas ideias. A primeira, que veremos aqui, não é maioritariamente defendida hoje; a maior parte dos teólogos não acredita na viabilidade dela. Mas como ela é o conceito tradicional dessa teoria, não podemos deixar a análise dela de lado. Ainda mais porque ela prevê uma aproximação da teologia com o chamado Darwinismo. Chamaremos esse primeiro conceito de "conceito da raça pré-adâmica".


Os defensores do conceito da raça pré-adâmica ensinam acerca de um pré-mundo habitado pelos anjos e por uma raça pré-adâmica, que esses teriam se rebelado com satanás e por isso teriam recebido o juízo de Deus através de uma grande inundação, conhecida como "o dilúvio de lúcifer". Como se não bastasse, ainda tentam explicar a origem dos demônios, como uma classe diferente dos anjos, ao afirmarem que a raça anterior a Adão seria os espíritos desincorporados dos homens que se uniram à rebelião luciferiana.

Bom, vejamos o que é certo e o que não é dessa tese, sem deixar, claro, de respeitar a mesma.


Primeiro lugar: esse conceito da origem dos demônios como espíritos da raça pré-adâmica, na realidade, não é bíblico. Ademais, o chamado "dilúvio de lúcifer" parece ser uma versão estranhamente baseada naquela que vemos da corrupção do gênero humano sobre o dilúvio em Gênesis capítulo cinco. Em segundo lugar, como segundo tal conceito não existiria registro bíblico de como Deus criou o mundo no tempo da raça pré-adâmica, abrir-se-ia margem para o conceito do Evolucionismo Teísta, onde Deus apenas teria dado o toque inicial e daí em diante passaria a ser um supervisor da ordem evolutiva. A ideia de evolução ás cegas, se desenrolando por si só e Deus sendo um espectador é na verdade uma forma deísta de Darwinismo. Porém, a Bíblia afirma em Gn. 1.1: “No Princípio Criou Deus os Céus e a Terra”, e os versículos seguintes mostram Deus como o sujeito em toda a obra criadora do universo; e essa ideia não se limita ao Gênesis, mas também podemos ver referências da atividade de Deus na sua Criação por toda a Bíblia. Ademais, a evolução das espécies parece ter sido assombrosamente planejada - e isso é justamente o que esperaríamos de um Deus ativo e participante na sua Criação. E quem acompanha os estudos aqui nesse site pode ver que nem a Bíblia nem a ciência aprovam a ideia da evolução ás cegas.

Por outro lado, podemos comprovar bíblica e cientificamente a existência de hominídeos anteriores a Adão. Isso, contudo, não quer dizer que existiu uma raça de humanos anteriores a Adão. A Bíblia é clara quando diz que Adão foi o primeiro ser humano, e a paleontologia evolutiva é clara quando alega que só a partir doHomo heidelbergensis, conhecido como o primeiro homem, é que podemos considerar seres humanos na história.

ANACRONISMO ASSUMIDO

A segunda ideia é aceita entre muitos pastores hoje e pretende explicar mesmo apenas a idade tão antiga da Terra. Essa ideia, inclusive, é defendida pelo pastor Marco Feliciano.


Ela alega que o mundo pré-histórico, antes da raça humana (que só viria por Adão) e dominado pelos dinossauros, foi devastado devido á poeira que a colisão de Lúcifer na Terra produziu (baseado também no livro de Judas) ao ser expulso do paraíso celeste. Partir daí, Deus recriou o mundo, que havia se tornado em caos.


Com isso, logo de cara encontramos algo conhecido como "Anacronismo". Anacronismo é quando se confunde ordens e eventos cronológicos. Um exemplo de anacronismo é a convivência de homens com dinossauros, ou então alegar que Noé e Abraão construíram a Arca juntos...


O anacronismo na Teoria da Lacuna é a consideração acerca de que com a extinção dos dinossauros, a terra tornou-se "sem forma e vazia" e aí então Deus em uma semana recriou tudo. Para um leigo isso é coerente, é aceitável. No âmbito científico isso foge totalmente a lógica. Por quê? Acontece que a extinção dos dinossauros, ou "efeito k-t", não foi a mais terrível nem foi a única extinção em massa que assolou a Terra, e além disso, após a era dos dinossauros existiu mais um período geológico antes do homem, com seres pouco conhecidos mas tão estranhos quanto os dinossauros: o período terciário. Nessa época os mamíferos começaram a se diversificar, já que os dinossauros não dominavam mais o planeta. Esse novo tempo viu o surgimento de criaturas com aparência mitológica, como as grotescas Aves do Terror e os gigantes Indricotérios, além de um dos mais conhecidos hominídeos: o Australopiteco (Lucy).


Sendo assim, uma recriação logo após a extinção dos dinossauros faz com que se torne nula a existência dos fósseis do período Terciário. Além disso, admitir que a extinção dos dinossauros ocorreu pouco antes dos seis dias da criação, sendo esses dias no tempo humano, coloca os fósseis de dinossauros do período Cretáceo (os últimos dinossauros) com apenas 6 mil anos, quando a datação radiométrica aponta para eles, com exatidão, a idade de 65 milhões de anos. E mesmo que admitíssemos que os dias da criação como sendo de duração superior á 24 horas, a ordem dos eventos da Criação como é descrita em Gênesis não se encaixa de jeito nenhum com a ordem dos eventos do período Terciário, ou melhor, da Era Cenozóica (que é a era que envolve os períodos terciário e quaternário, sendo esse último em vigor até hoje, ou seja, ainda estamos na Era Cenozóica, geologicamente falando).


Mas o que dizer da queda de lúcifer? Existem, certamente, referências bíblicas que indicam que essa queda realmente aconteceu, e pode ser que o impacto dela tenha gerado alguma das extinções que assolaram a Terra. Na verdade, não há como comprovar que isso aconteceu dessa maneira, ou seja, pode-se só especular. Porém, se a queda de lúcifer gerou alguma extinção, provavelmente deve ter sido não a da Era dos Dinossauros, mas a do período Permiano, pois foi a mais catastrófica - eliminou 90% das espécies existentes, dos quais, só sobreviveram os antepassados das espécies modernas (parece que Deus já antevinha a criação do sexto dia, que "serviria o homem", não?)

CRÍTICAS SEM FUNDAMENTO

Conforme acabamos de ver, a Teoria da Lacuna possui seus pontos certos e errados. No entanto, só pelo simples fato de terem uma posição diferente do Gênesis já é o suficiente para que os chamados Criacionistas da Terra Jovem teçam argumentos falaciosos e discriminem essa opinião.

Um deles, por exemplo, é alegar que a Teoria da Lacuna não é sustentada pela Doutrina da Perfeição, pois em Gênesis Deus afirmava que tudo o que havia feito era bom. Porém, na realidade, quando vemos o termo "e viu Deus que era bom" está falando da criação feita naquela ocasião; sendo assim não se referiria ao suposto pré-mundo.


Outra alegação sem fundamento é de que a Teoria da Lacuna é aliada da Teoria da Evolução. Nós vimos nesse texto que isso é uma meia-verdade: é aceita a evolução biológica só até a Queda de Lúcifer; logo em seguida o mundo é recriado em 1 semana terrena por meio da "criação especial" (aquela do onomatopéico "puff", discutida aqui). Além disso, nem todos os adeptos da Teoria da Lacuna são evolucionistas.


Por fim, alegam que a Teoria da Lacuna é uma heresia. Na verdade, uma vez que ela não contradiz os fundamentos da Palavra de Deus, ela não pode ser considerada uma heresia. O Criacionismo da Terra Jovem, levando em conta este ponto, não é uma heresia. Tratam-se de pontos de vista diferentes do Gênesis, mas nenhum deles leva alguém ao inferno. O que pode-se avaliar é qual tese é a mais correta e se a base e os métodos de divulgação delas procede.

TEORIA DA LACUNA X TERRA JOVEM

Mas existe uma grande diferença entre os defensores da Teoria da Lacuna e os defensores do Criacionismo da Terra Jovem. Os primeiros, geralmente, pretendem evitar contendas entre as escrituras e a ciência, crendo que, sendo ambas criadas por Deus elas devem se harmonizar. Eles sabem também que o tempo geocronológico não tem nada a ver com evolução biológica.


Já os Criacionistas da Terra Jovem, que hoje constitui numa fatia influente do criacionismo, defendem de forma prepotente a sua tese, como se, para ter salvação garantida, todos tivessem que ser Criacionistas da Terra Jovem, como se todas as outras visões sobre a Criação conduzissem ao inferno.


É como se essa teoria fosse uma segunda religião. Todas as outras teses são heresias feitas para desviarem as pessoas de Cristo e só o Criacionismo da Terra Jovem é o caminho correto, para eles. A respeito da Teoria da Lacuna, por exemplo, um criacionista da Terra Jovem alegou o seguinte:


"A Teoria da Lacuna vem sendo aceita por muitos Cristão fundamentalistas – que aceitam as Escrituras como sendo inerrantes. Mas através dos excelentes ensinos de proeminentes criacionistas, muitas dessas pessoas a estão descartando." (grifo nosso)

Para comprovar o que eu estou dizendo, basta por exemplo entrar no link abaixo e ver a maneira que é tratado o pastor que possui uma tese apenas diferente da do criacionismo da Terra Jovem:

"Cuidado com os falsos criacionistas" << clique aqui e confira

Um trecho do texto acima também já diz tudo sobre o comportamento dos criacionistas da Terra Jovem:


"Como essa tarefa, é totalmente IMPOSSÍVEL, já que o movimento fundamentalista é baseado totalmente na Bíblia e é o PAI DO REAVIVAMENTO CRIACIONISTA DO SÉCULO 20, resolvi entrar no website indicado para obsvervar de onde essa pessoa tirou essa declaração ingênua (a de que o criacionismo não depende do fundamentalismo). Como suspeitava, tal pessoa era pastor de uma igreja da Convenção Batista Brasileira. Ele não é criacionista coisa nenhuma, usando o nome criacionismo para distorcer os fatos e desencaminhar o entendimento das pessoas! Por isso ele declarou no seu e-mail que era um engano dizer que o "criacionismo" é baseado na teologia fundamentalista. Nisso ele está correto, pois o "criacionismo" a que ele se refere é o FALSO que ele mesmo inventou! É na verdade o EVOLUCIONISMO - TEÍSTA, que está registrado no seu website, senão vejamos as desinformações e inacreditáveis bobagens que ele diz."


Repare a forma nada amistosa que o criacionista se referiu ao pastor batista.

E em, outro trecho, o desrespeito continua:


"Um "deus" que usasse a evolução e o Big Bang para criar, seria muito mau, imbecil e estúpido! Esse é o "deus" dos evolucionistas teístas! Eu não creria num "deus" que fosse obrigado a esperar, impotente e patético, por bilhões de anos, até que por uma inconcebível combinação de moléculas inertes, a cega evolução resolvesse transformar rochas em gente! Ou então que ficasse tentando combinações diferentes de moléculas que não davam certo, como se fosse um retardado mental!"


pregação do pastor Silas Malafaia sobre o assunto também exemplifica isso. O Silas Malafaia, apesar de autor de ótimas pregações, é Criacionista da Terra Jovem, e em sua pregação sobre criação e evolução desrespeita as outras formas de pensamento diferentes da dele sobre as origens. É claro que existem exceções - eu mesmo conheço algumas - mas infelizmente a boa parte age assim.

Por outro lado, não é a mesma coisa que vemos no lado da maior parte dos defensores da Teoria da Lacuna. Ou seja, não costumam combater de forma arrogante as teses diferentes.


Tanto isso é verdade que podemos ver a diferença nas sugestões dos Criacionistas da Terra jovem e do Deputado e Pastor Marco Feliciano, que defende a tese da lacuna, na área da educação. Os primeiros tentam colocar o criacionismo nas escolas como se fosse ciência para confrontar-se com o evolucionismo. Já o pastor Marco Feliciano, por outro lado, pretende colocar nas escolas o ensino religioso, mas sem a intenção de desrespeitar qualquer outro segmento religioso.


Qual está agindo de forma mais digna? Aquele que quer impor uma tese em detrimento de outraLinkou aquele que quer promulgar o ensino religioso sem desrespeitar outras crenças?


ATUALIZADO - dia 21/11/2014



O Deputado Marco Feliciano, embora criacionista da lacuna, apresentou um projeto de lei que quer colocar o criacionismo nas escolas brasileiras, indo contra as suas sugestões inicias a respeito do ensino religioso nas escolas e equiparando o criacionismo a teoria da evolução. Isso é algo errado por vários motivos, onde deixo claro ao final desse texto. Para saber mais sobre o tal projeto de lei e o quão defeituoso ele é, sugiro este texto.

CONCLUSÃO

Concluindo, a tese da lacuna tem seus pontos errados e tem os seus certos, mas consegue ser melhor que o Criacionismo da Terra Jovem. Isso porque os erros que ocorrem não são nem propositais, e a conduta cristã de muitos defensores da tese da lacuna é bem mais exemplar do que a dos Criacionistas da Terra Jovem.

A Tese da Lacuna é um dos muitos pontos de vistas que existem sobre o Gênesis, assim como o que é apresentado nesse site. Independentemente de qualquer coisa, temos que saber que:

- Cristo é mais importante que o livro de Gênesis. Criacionismo não salva, só Cristo salva.


- Temos que respeitar os diversos pontos de vista que existem, e se preciso, debatê-los de forma a respeitar a tese em questão.

Quando Cristo fala de amar ao próximo, está incluído nisso o respeito. Amar é respeitar o próximo também. E como Paulo disse em, não vale nada sermos "supercrentes" se não respeitarmos o próximo, e isso também vale para as formas de pensamento do próximo. Respeito é bom, amor é bom, e todo mundo gosta.


FONTE:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Terci%C3%A1rio

http://www.creationism.org/portuguese/Genesis_e_Ciencia_pt.htm

http://pastorguedes.blogspot.com/2009/05/o-que-e-teoria-da-lacuna.html
Postado por Rodrigo Gomes às 11:55


Créditos à: http://genesisum.blogspot.com.br/2011/05/as-lacunas-da-teoria-da-lacuna.html

O QUE É TEORIA DA LACUNA?


O QUE É TEORIA DA LACUNA?



No princípio, criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Gn. 1.1,2). A.R.C



Devido às últimas descobertas arqueológicas e o crescente interesse pela ciência nas últimas décadas, vem ganhando força em nosso meio e nos círculos teológicos, a chamada Teoria da Lacuna. Essa teoria foi defendida em 1876 por C. H. Pember em sua obra As Idades Mais Remotas da Terra e a Conexão delas com o Espiritualismo Moderno e a Teosofia. Outro defensor foi o Dr. Artur Custance, autor do livro Sem Forma e Vazia. Chambers a tornou popular utilizando-se das notas da Bíblia de Referência Scofield (1917). No Brasil, tornou-se conhecida através da obra de N. Lawrence Olson, O Plano Divino Através dos Séculos.


Também conhecida como Teoria do Caos, Teoria do Intervalo ou Teoria da Ruína-Restauração, representa uma aproximação entre criacionismo bíblico, darwinismo, cosmogonias (mitologia) e cosmologias modernas. É contestada por boa parte dos estudiosos em teologia pelo fato de tentar harmonizar a revelação da criação com as descobertas de outra teoria: a da evolução – embora Pember não fosse um evolucionista. Penso que, embora a Bíblia não seja um livro científico, mas religioso, não devemos temer a ciência, contudo, onde a ciência tentar sobrepor-se às Escrituras, devemos ficar com a Revelação, posto que a Revelação é a maior das ciências. Não é por menos que a teoria em discussão seja contestada pelos teólogos, visto que está repleta de erros, bíblica e teologicamente falando. Os defensores da teoria da ruína-restauração ensinam acerca de um pré-mundo habitado pelos anjos e por uma raça pré-adâmica, que esses teriam se rebelado com satanás e por isso teriam recebido o juízo de Deus através de uma grande inundação, conhecida como "o dilúvio de lúcifer" - onde raça pré-adâmica, leia-se homens pré-históricos e era dos dinossauros. Como se não bastasse, ainda tentam explicar a origem dos demônios, como uma classe diferente dos anjos, ao afirmarem que a raça anterior a Adão seria os espíritos desincorporados dos homens que se uniram à rebelião luciferiana. Todos sabem que a teoria da evolução é uma visão naturalista que pretende excluir a idéia de um Deus Criador Pessoal, explicando a origem de todas as coisas através de acontecimentos que teriam levado bilhões de anos. Ou seja, para eles as coisas aconteceram naturalmente. Muitos cristãos, mesmo alguns fundamentalistas, se deixaram levar por essa associação equivocada entre criação e evolução para defenderem a proposta de que Deus apenas teria dado o toque inicial e daí em diante passou a ser um supervisor da ordem evolutiva – isso mais parece deísmo. Mas a Bíblia afirma em Gn. 1.1: “No Princípio Criou Deus os Céus e a Terra” e os versículos seguintes mostram Deus como o sujeito em toda a obra criadora do universo. 


De acordo com os defensores dessa teoria, a terra teria sido criada perfeita para ser habitada, mas devido ao juízo de Deus sobre a civilização anterior a Adão, o mundo veio a se tornar caótico e desabitado. Então, dizem eles, isso explica o fato de haver desordem e caos em Gn. 1.2. Todavia, o texto de Gênesis está nos ensinando que Deus criou todas as coisas e que o escritor está fazendo alusão ao primeiro estado da matéria. Se “bara” (verbo criar no hebraico) e “kitzo” (no grego) estão associados aos atos criativos de Deus ou ao que somente Deus pode fazer, visto que são ações impossíveis aos agentes humanos (Gn. 1.21, 27; 2.3,4; Dt. 4.32; Jó 38.7; Sl.51.10; Is. 40.26, 28; 42.5), temos por outro lado no latim a expressão creatio ex nihilo que, igualmente, nos conduz à noção do criado a partir do nada. Não é demais lembrarmos aqui as palavras do autor do livro aos Hebreus: “Pela fé entendemos que os mundos pela Palavra de Deus foram criados, de modo que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hb. 11.3). Portanto, o mundo foi criado pela Palavra a partir do nada e Deus não se valeu de matéria pré-existente ou modelos anteriores, nem mesmo no mundo espiritual como pretendem alguns, mas a Bíblia revela que a primeira matéria era informe e que o Espírito de Deus movia-se sobre a matéria recém-criada dando forma ao informe, enchimento ao vazio e ordenando o caótico.


Os “lacunistas” dizem que a expressão de Gn. 1.2 contendo “waw”, que corresponde à nossa conjunção “e”, permite a mudança do verbo do perfeito para o imperfeito. Assim, “era” pode ser traduzido por “tornou-se” ou “veio a ser” – alguns estudiosos do hebraico negam essa possibilidade, entre eles, Frederick Ross e Bernard Northrup, mas outros afirmam positivamente. Citam ainda, os defensores da teoria do caos, Is. 45.18 “... o Deus que formou a terra e a fez; ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada...”. Para mostrarem que a terra foi habitada anteriormente, apresentam citação isolada, tirada de seu contexto e, portanto, nada podem provar. O contexto aponta para a devastação da terra na região onde Ciro ampliava suas conquistas(1) e os teóricos da matéria em questão intencionalmente esquecem ou evitam o que está escrito no versículo 12a: “Eu fiz a terra e criei nela o homem”. Igualmente, a gramática da língua hebraica não permite, nessa estrutura frasal, que haja intervalo algum entre essas expressões do capítulo primeiro de Genesis.


Ora, a suma do que se pretende dizer é que a terra em seu estado primeiro, a primeira substância, era sem forma (heb. “bohu”) e vazia (heb. “wabohu”), e isso dá uma dimensão da obra criadora de um Deus Pessoal, que tem intelecto, sentimento e vontade, e por isso ordenou todas as coisas com inteligência, beleza e amor. Outro fator importante no relato da criação é a posição do escritor do Gênesis em sua confrontação com as narrativas existentes, negando as concepções mitológicas de seu tempo ou anteriores a ele. A Bíblia revela que houve um princípio, quando a matéria era ainda um caos, e o Deus Criador, por sua Palavra deu forma ao informe e encheu o vazio de vida e beleza, ordenando todas as coisas em seu lugar e estabelecendo leis perpétuas. Uma das definições que encontramos de Deus é: "Deus é Espírito Pessoal, perfeitamente bom, que, em santo amor, cria, sustenta e dirige tudo"(2). O adorno do Espírito Santo qual ave-mãe chocando um ovo (essa é a idéia no original) diz muito acerca do labor afetivo da Trindade para criar o universo e o homem.


(1) Ridderbos, J. - Isaías, Introdução e Comentário, p. 378.
(2) Langston, B. - Esboço em Teologia Sistemática, p. 33.

Fontes:
Derek Kidner - Genesis Intr. e Comentário.
Esdras Bento - Teologia e Graça.
Rev. Walter Lang - Criacionism.org


Créditos à: 
http://pastorguedes.blogspot.com.br/2009/05/o-que-e-teoria-da-lacuna.html


ONU EXCLUIRÁ CATEGORICAMENTE OS BEBÊS


ONU EXCLUIRÁ CATEGORICAMENTE OS BEBÊS EM GESTAÇÃO DO DIREITO À VIDA?

Dr. Stefano Gennarini


NOVA IORQUE, EUA, outubro (C-Fam) Um relatório preliminar da ONU exclui todas as crianças no útero de toda proteção sob as leis internacionais.




O Comitê de Direitos Humanos, um comitê da ONU em grande parte desconhecido, mas influente, que registra e revisa a implementação do tratado da ONU sobre direitos civis e políticos, publicou uma opinião preliminar sobre o “direito à vida” nas leis internacionais que atribui às mães o direito de abortar seus filhos.

O que é surpreendente na “Observação Geral 36,” como o relatório preliminar é conhecido, é a ausência total de proteções para crianças no útero, apesar de uma breve menção de preocupação pró-vida antes de seu lançamento.

A versão preliminar declara: “o Pacto não se refere explicitamente aos direitos de crianças em gestação, inclusive seu direito à vida.” Conclui pois que: “o Comitê não pode presumir que o artigo 6 impõe aos países membros uma obrigação de reconhecer o direito à vida das crianças em gestação.”

Diz também que se os países desejam proteger a vida no útero eles só “podem” fazer isso se garantirem às mulheres o direito de abortar seus filhos em casos de estupro, incesto e quando seu filho no útero é deficiente.

A versão preliminar também expressa uma obrigação dos países de permitir “abortos terapêuticos — ainda que muitos especialistas médicos achem que o aborto nunca é necessário para salvar a vida de uma mãe. Diz que não permitir um aborto nessas circunstâncias equivale a tratamento cruel, desumano ou humilhante, o que é proibido pela Convenção.

A versão preliminar também insiste em que, em qualquer caso, os países não podem regulamentar o aborto de modo restritivo demais.

Diz que os países não podem “aplicar sanções criminais contra as mulheres que fazem aborto ou contra os médicos que as ajudam a fazê-lo,” e não devem prescrever “exigências excessivamente pesadas ou humilhantes para quem busca permissão para fazer um aborto, inclusive a introdução de longos períodos compulsórios de espera antes da realização de um aborto legal.”

As afirmações sobre o “direito de abortar” na versão preliminar não são inéditas. Elas consolidam recomendações anteriores da ONU nas duas décadas passadas. Mas elas nunca foram expressas de forma tão categórica.
Tais interpretações de tratados da ONU são ilegítimas e declarações inexatas e grosseiras de leis internacionais obrigatórias, de acordo com os Artigos de San José, um documento preparado e assinado por especialistas em direito internacional e saúde global.

Os Artigos de San José dizem que os tratados da ONU não deveriam ser usados para expandir proteções para crianças no útero, nem tirá-las. Eles destroem diretamente a afirmação de uma obrigação clara de se permitir o aborto, e põem em dúvida a integridade de especialistas da ONU e seus métodos de interpretar tratados.

“Nenhum tratado da ONU pode com exatidão ser citado como estabelecendo ou reconhecendo um direito ao aborto,” os artigos dizem, apontando para a ausência completa de qualquer referência ao aborto também no tratado em questão.

Embora os artigos reconheçam a falta de uma obrigação clara de se proteger a vida no útero, como diz a observação do documento preliminar, eles apontam para uma cláusula no tratado da ONU sobre direitos civis e políticos que proíbem a aplicação da pena de morte para mães grávidas, sugerindo que crianças inocentes no útero na verdade têm um direito à vida independente de sua mãe e não deveriam prestar contas pelos crimes de sua mãe. A observação do documento preliminar não explica essa discrepância.

Além disso, os Artigos de San José apontam que quando o tratado da ONU sobre direitos civis e políticos foi ratificado a maioria dos países do mundo proibiu o aborto na maioria ou todas as circunstâncias. Isso também não é levado em consideração no documento preliminar.
O comitê debaterá o documento preliminar preparado por um subgrupo do comitê de 18 membros na sua próxima sessão mais tarde neste mês.



Tradução: Julio Severo
Fonte: Friday Fax
Divulgação: www.juliosevero.com
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