Lição 09 28/05/2017
ADMEP
– ASSEMBLEIA DE DEUS MINISTÉRIO ESTUDANDO A PALAVRA
Departamento de Educação Cristã
Escola
Bíblica Dominical
“FIDELIDADE, FIRMES NA FÉ”
Texto Áureo:
“Se formos
infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo. ”
(2Timóteo 2.
13)
Verdade Prática:
A fidelidade, como
fruto do Espírito, ajuda o crente a permanecer firme na fé em Cristo.
Leitura Bíblica em Classe
Hebreus 10. 35 – 39
Objetivo Geral: - Explicar que
a fidelidade, fruto do Espírito, nos ajuda a permanecermos firmes na fé até a
Segunda Vinda de Jesus.
Objetivos Específicos:
1. Saber que a
fidelidade é a característica do que é fiel;
2. Mostrar que a
idolatria e a heresia são um perigo à fidelidade;
3. Compreender que
precisamos permanecer fiéis até o fim.
Introdução: - Texto: Gl 5:22,23; Sl 119:30
A fidelidade bíblica é resumida na qualidade de ser cheio de fé. Tudo o que um
homem vivencia no Reino de Deus está pautado na sua fé em Jesus Cristo, ou
seja, na sua fidelidade ao Senhor Jesus. A expressão concreta da fé bíblica
consiste na fidelidade do homem para com Deus, e não somente em uma espécie de
crença teorizada e não praticada. A fé em Cristo Jesus manifesta fidelidade a
Deus, e a fidelidade a Deus está edificada na fé. E é justamente o Espírito
Santo quem produz essa importantíssima característica de fidelidade a Deus no
coração cristão.
O
salmista expressa: “Escolhi o caminho da
fidelidade; diante de mim pus as tuas ordenanças” (Sl 119:30). Ser fiel a
Deus é realmente uma escolha. Aliás, viver o Evangelho é acima de tudo, uma
escolha pessoal e intransferível. Ninguém pode viver o Evangelho pautado na fé
do outro, e muito menos estar em Cristo através da fidelidade a Deus que o outro
tem. Cada um precisa fazer as suas escolhas, e ser fiel ao Senhor Jesus Cristo
é uma escolha.
O fruto fidelidade produzido pelo Espírito Santo na vida cristã está fundamentado na crença em Deus e na mais profunda confiança de que o Senhor Jesus está no controle de tudo. Ao ter esta fé o discípulo de Jesus é moldado pelo Espírito Santo a ser mais consistente, a ser mais fiel aos parâmetros do Reino de Deus. Portanto, o fruto do Espírito é dado como uma qualidade ou um atributo; e a fidelidade é o atributo de quem tem fé em Jesus Cristo.
I.
O SIGNIFICADO
DE FIDELIDADE
1) Definição: - Fidelidade significa basicamente “lealdade”, e é a atitude
característica de quem é fiel e confiável. O
significado da palavra fidelidade na Bíblia apresenta algumas dificuldades pelo
fato de que ela traduz a raiz grega que geralmente é traduzida pela palavra “fé”.
Com base nessa dificuldade, se faz necessário o
exame do contexto em que tal termo aparece para que seja possível definir qual
a melhor tradução. A seguir, entenderemos um pouco melhor esse conceito.
2) A
palavra fidelidade na Bíblia
No
Antigo Testamento a palavra fidelidade pode ser uma tradução possível para o
termo hebraico ‘emunah, que significa “certeza”
ou “fidelidade”,
como por exemplo, conforme foi utilizado pelo profeta Habacuque em seu livro (Hc 2:4).
No
Novo Testamento a palavra fidelidade traduz o termo grego pistis, “fidelidade”, “lealdade” ou “confiabilidade”,
em Tito 2:10. Essa palavra grega é amplamente utilizada pelos escritores
neotestamentários, e na maioria das vezes é traduzida corretamente como “fé”,
e o adjetivo pistos geralmente é traduzido
como “fiel”.
Na Epístola aos Gálatas, o apóstolo Paulo utilizou esse
mesmo termo grego para se referir a uma das virtudes do fruto do Espírito Santo (Gl 5:22).
Nesse
caso, a palavra “fidelidade”, ao invés de “fé”, é a melhor tradução para o
termo grego, principalmente pela forma com que é apresentada em conexão com as
palavras “benignidade” e “bondade”.
Também
vale ressaltar que o contexto da epístola demonstra a queixa do apóstolo pela falta de fidelidade que alguns dos gálatas tinham
demonstrado (cf. Gl 4:16).
Então, como um aspecto do fruto do Espírito, a
palavra fidelidade se refere, principalmente, a fidelidade a Deus e ao Evangelho,
e, consequentemente, a lealdade de uns para com os outros.
Alguns
intérpretes também defendem a possibilidade de que em Lucas 18:8, 1 Timóteo
6:11 e 2 Timóteo 2:22 o termo grego também deva ser traduzido como “fidelidade”,
já que essa tradução parece se harmonizar melhor ao contexto de tais passagens.
Embora
a palavra “fidelidade” não apareça explicitamente como uma tradução frequente
dos termos originais bíblicos, a ideia da fidelidade que deve ser
característica da conduta cristã pode ser encontrada por toda a Escritura.
Devemos ser
fiéis a Cristo e ao seu Evangelho, bem como demonstrarmos lealdade e confiabilidade no trato com o
próximo.
3)
A Fidelidade como Fruto do Espírito
Como
último fruto de nosso bom relacionamento com o próximo, temos a fidelidade, que
nos faz "manter a palavra dada, as obrigações assumidas, os contratos
estipulados". A fidelidade complementa a mansidão no sentido de
que, se esta nos leva a não prejudicar o próximo pela ira, aquela nos conduz a
não o fraudar nem o enganar. Ora, "isso é a fé, tomada no sentido de fidelidade",
afirma São Tomás. "E se a tomarmos como fé em Deus, então o
homem por ela se ordena ao que lhe é superior, ou seja, dispõe- se a submeter
seu intelecto a Deus e, por consequência, tudo o que possui".
4)
A
fidelidade de Deus
A
palavra fidelidade também é empregada em relação a Deus, como por exemplo, em Romanos 3:3. Nessa passagem, Paulo escreveu sobre a “fidelidade de Deus” que
não pode ser anulada pela infidelidade humana, expressando assim a própria
justiça de Deus, ou seja, a fidelidade de Deus é um conforto para os fiéis ao
mesmo tempo em que é ruína para os infiéis, porque assim como Deus é fiel a
suas promessas, Ele também é fiel aos seus avisos de juízo.
Dessa
forma, podemos entender que a fidelidade é um dos atributos morais de Deus, de
modo que tudo que provém dele é verdadeiro e infalivelmente confiável (Hb
10:23).
A
fidelidade como uma qualidade de Deus está também ligada a outro de seus
atributos: a imutabilidade. Deus é imutável, ou seja, Ele é
sempre o mesmo (Ml 3:6; Hb 13:8). Conforme Tiago escreveu, em Deus “não pode existir variação,
ou sombra de mudança” (Tg 1:17).
Deus
não muda seu ser, seus propósitos eternos, sua palavra e suas promessas (Nm
23:19; Sl 102:26,27). No Antigo Testamento, por exemplo, encontramos passagens
onde Deus é chamado de “Rocha”, uma expressão metafórica para se referir ao caráter
inabalável de Deus (Dt 32:4,15,18).
Como Deus é imutável, sua fidelidade nos encoraja e
nos conforta, de modo que sempre podemos confiar que suas promessas nunca
falharão, e que sua aliança é inviolável (Dt 7:9; Ml 3:16; 2Tm 2:13).
A
imutabilidade de Deus é um de seus atributos incomunicáveis, ou seja, um
atributo que Ele não compartilha ou transmite a ninguém, mas a fidelidade como
uma qualidade do caráter divino pode ser refletida na conduta daqueles que são
guiados pelo Espírito, não por seus próprios méritos, mas porque o Espírito
Santo produz neles a virtude da fidelidade (Gl
5:22).
Como resultado disso, esses homens de fé possuem
conduta exemplar, são confiáveis, defendem o que é correto e justo, e demonstram
uma lealdade tal para com a causa do reino de Deus que, se necessário,
enfrentam até mesmo o martírio (Ap 2:10).
Essas pessoas compreendem que o fortalecimento que
precisam para perseverarem e vencerem as mais duras aflições dessa vida está
fundamentado na fidelidade do Senhor, que é fiel para perdoar os pecados e
purificar da injustiça (cf. 1 Co 10:13; 1 Ts 5:24; 1 Jo 1:9; 1 Pe 4:19).
5)
Princípios Bíblicos de Fidelidade
1)
Fidelidade e renúncia
A fidelidade a Deus inclui renunciar por Jesus Cristo. Sob este aspecto, a fidelidade está diretamente associada com a capacidade de suportar o “abrir mão” das próprias vontades em prol do Reino de Deus. Esse processo de renunciar a si mesmo quase nunca é fácil, e por isso, precisa ser uma obra realizada pela atividade sobrenatural do Espírito Santo.
2)
Fidelidade e votos
A fidelidade como fruto do Espírito tem muito a ver com a moral e a ética cristã. Ou seja, na maneira como o cristão conduz a sua vida. O fruto fidelidade estabelece um padrão de responsabilidade que o discípulo de Jesus tem em como conduzir suas palavras e ações. Carregar o nome de Cristo em sua vida faz do homem alguém cujo há uma exigência de cumprimento prático dos votos de fé que expressou com os lábios ao se entregar a Jesus Cristo.
3)
Fidelidade e lealdade
A fidelidade produzida pelo Espírito Santo torna indistintamente o homem leal a Jesus Cristo, e consequente leal as manifestações do Reino de Deus na Terra. O cristão é leal a Bíblia quer esteja sendo observado, quer não. Sua lealdade a Deus está fundamentada na sua fidelidade produzida pelo Espírito Santo.
4)
Fidelidade e consistência
O cristão precisa ser consistente em sua caminhada no Evangelho, e esta consistência se dá justamente através da sua fidelidade a Jesus Cristo. Por mais desafiador que seja viver a Bíblia na prática, o propósito de Deus é que o cristão seja consistente em seus passos de santificação.
5)
Fidelidade e mordomia
Tudo o que o homem faz em suas atividades ministeriais não pertence a ele, homem. Tudo o que diz respeito ao Reino de Deus, pertence exclusivamente a Deus, e o homem é o mordomo de tudo isso. Ou seja, o homem é quem cuida e administra mediante a concessão do dono, que é Deus. Portanto, é imprescindível que o cristão seja fiel em desenvolver tudo o que está em suas mãos de acordo com o propósito de Deus.
CONCLUSÃO: -
A Bíblia tem exemplos de Gênesis a
Apocalipse de personagens que foram fiéis a Deus, e como consequência viveram
no centro da vontade de Deus. Abaixo, alguns destes exemplos:
Deus afirma uma promessa magnífica em Sua
Palavra: “Os meus olhos procurarão os fiéis da terra, para que estejam comigo;
o que anda num caminho reto, esse me servirá” (Sl 101:6). Isso é muito forte!
Bibliografia –
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