sábado, 3 de dezembro de 2016

AS CONSEQUÊNCIAS DAS ESCOLHAS PRECIPITADAS








Assembleia de Deus Ministério Estudando a Palavra
Departamento da Escola Bíblica Dominical


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 13.7-18


Lição 05

AS CONSEQUÊNCIAS DAS ESCOLHAS PRECIPITADAS



TEXTO ÁUREO

O longânimo é grande em entendimento, mas o de ânimo precipitado exalta a loucura

(Pv.14.29)


VERDADE PRÁTICA

Não sejamos precipitados em nossas escolhas, pois a precipitação gera crises e erros irreparáveis.



§    OBJETIVO GERAL: - 
Mostrar que as escolhas precipitadas podem gerar crises em nossa vida.


§    OBJETIVOS ESPECÍFICOS

I.     Especificar que é necessário ter cuidado com as escolhas;
II.    Compreender que Ló foi traído por aquilo que viu;
III.    Explicar porque Ló é um exemplo de prosperidade e perdas.


Introdução: - Deus chamou Abraão enquanto ele vivia em Ur dos Caldeus. O Senhor prometeu ao patriarca que sua descendência seria grande. Abraão pela fé partiu rumo à terra Prometida. Talvez ele devesse partir sozinho, mas levou seu pai e o seu sobrinho, Ló.  Durante um bom tempo, Abraão e Ló caminharam juntos e unidos. Porém, as confusões e as brigas começaram a surgir entre os servos de Abraão e Ló. Na lição de hoje, veremos a discussão que levou Abraão a se separar do seu sobrinho Ló. Veremos também que o sobrinho de Abraão, Ló, em um gesto precipitado, tomou uma decisão que acabou por gerar uma crise terrível.

ð              As escolhas precipitadas podem resultar em crises e até resultados irreversíveis.

ð              Não devemos focar somente no “aqui e agora”, mas basear nossas decisões a médio e longo prazo. 

ð              As escolhas não podem ser baseadas pela aparência.

ð              As principais decisões de nossa vida devem ser tomadas com cautela e com a ajuda divina, pois somos responsáveis por elas.



I.                   O CUIDADO COM AS ESCOLHAS

1)           A prosperidade de Abraão - (Gn 12. 2,3)

    Abraão adquiriu mais riquezas estando em Canaã e não se pode negar que essa grandeza fora fruto da sua obediência, mas acima de tudo mostra a fidelidade de Deus.

ü   Deus fez de Abraão um homem próspero. Era necessário também que fosse rico pois o nomadismo exigia tal posição e Deus proveu seu servo de tudo que era necessário.

ü   Ele era o líder de um grande clã. Possuía muitos recursos e servos e servas.

ü   Todavia, que a verdadeira prosperidade não quer especificamente bens materiais.

ü   Outra característica marcante na vida de Abrão: conquanto fosse muito rico, não punha seu coração nas riquezas daqui. Ele não ligava muito para isso. No dia que retornou da guerra contra os quatro reis, o rei de Sodoma quis compensá-lo com riquezas materiais, ele as rejeitou terminantemente (Gn.14:21-24). Para Abraão, riquezas não dadas por Deus não tinha nenhum valor – “Levantei minha mão ao SENHOR, o Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra, e juro que, desde um fio até à correia dum sapato, não tomarei coisa alguma de tudo o que é teu; para que não digas: Eu enriqueci a Abrão” (Gn. 14:22,23).

Cada tempo tem sua característica própria de construção de vida.

2.  Abraão fez a escolha certa - Abraão deixou sua terra e sua parentela porque decidiu obedecer ao chamado de Deus. Muitos estão enfrentando crises porque tomaram decisões sem consultar ao Senhor.

ð            Abraão deixou sua terra e sua parentela porque decidiu obedecer ao chamado de Deus e confiar em sua promessa.

ð            Muitos estão enfrentando crises porque tomaram decisões precipitadas.
ð            Outros estão enfrentando dificuldades financeiras e familiares por desobediência a Deus.

ð            Contudo, é importante ressaltar que nem sempre as crises que enfrentamos são resultados da desobediência ou de escolhas precipitadas (Jó 1.1).

ð            O que significa consultar ao Senhor?

A Oração ainda é o melhor meio de consulta e busca de orientação ao Senhor!

ü   Se falássemos sob a égide da Lei Mosaica, diríamos; consultar um profeta. Na atual dispensação, a nossa vida deve ser marcada pelo equilibrado ensino bíblico e o que foge daí como negócios realizáveis, devemos sim, orar a Deus, usar o bom senso e não custa, consultar pessoas experientes.

ü   Outra forma: “Não desprezeis as profecias” (I Ts 5.20) é a manifestação do dom decorrente do batismo com o Espírito Santo que não tem o mesmo caráter do profeta da Antiga Aliança, mas que funciona, todavia não é para considerar alguém como fonte de “oráculo divino”.

ü   Há ainda a mensagem pregada com inspiração profética pela qual Deus também fala com o seu povo. Refere-se ao ministério de profeta em (Ef. 4.11).


2.   Abraão passa pelo Egito. - Abraão, na direção de Deus, havia já percorrido uma grande parte da terra para a qual Deus o chamara. Até então não havia surgido qualquer problema, contudo as provações estavam para vir. Uma das maiores provas a que alguém pode ser submetido é a da falta de alimentos, a falta da subsistência. Todavia, para aquele que confia no Senhor, ela toma-se uma oportunidade do crente glorificar a Deus. Diz a Bíblia: “E havia fome naquela terra” (Gn 12.10). “E desceu Abraão ao Egito para peregrinar ali” (Gn 12.10). Pelo menos duas vezes lemos na Bíblia acerca de pessoas que foram orientadas por Deus para irem ao Egito:

ü   Jacó, já velho, foi convidado por seu filho José para ir ao Egito. (SC) Deus apareceu a Jacó em visões de noite e disse: “Não temas descer ao Egito, porque eu te farei ali uma grande nação. E descerei contigo ao Egito…” (Gn 46.1-5).

ü   No Novo Testamento encontramos a orientação dada por Deus a José de fugir para o Egito com Maria e o menino Jesus, a fim de escaparem da perseguição de Herodes (Mt 2.13).

No caso de Abraão, a decisão de descer ao Egito foi resultado de considerações humanas. Quem sabe a ideia partiu de Ló que era extremamente materialista. Abrão fez a coisa mais natural em sua época: “… desceu, pois, Abrão ao Egito, para aí ficar” (v. 10). É aqui que reside o problema. Não há nenhuma menção de que ele tenha procurado a vontade de Deus sobre a questão.


ü   Essa mudança trouxe problemas a Abrão. Ao chegar no Egito foi acometido de um medo obsessivo de que Faraó o matasse, capturando sua formosa esposa Sara, e a levasse para seu harém. Com isso em mente, Abrão convenceu Sara a mentir e dizer que era sua irmã. É verdade que Sara era meia-irmã de Abrão (Gn. 20:12), mas ainda assim era uma mentira com propósito de enganar.

ü  O artificio deu certo para Abrão (que foi recompensado generosamente), mas não funcionou para Sara (que, no fim, teve de se juntar ao harém de Faraó), nem mesmo para Faraó (ele e toda a sua casa sofreram grandes pragas).

ü     Quando Faraó descobriu a fraude, deu uma bronca no patriarca, o humilhou publicamente e o expulsou em desonra (Gn.12:19,20).


ü      Abraão voltou para Canaã. Mas, com o retorno de Abrão do Egito […] até Betel (Gn. 13:1-4), percebe-se a volta à comunhão com Deus, pois no Egito não ergueu nenhum altar ao Senhor.

ü   Abraão voltou mais rico do Egito, porém trouxe consigo Agar, a egípcia, como serva de Sara, que mais à frente por precipitação de sua esposa trouxe outro problema para a família (Gn 16.3-5).


Retornar a Betel” é o desejo latente de todos aqueles que se apartaram de Deus. Ele não negou a Deus; ele simplesmente se esqueceu do Altíssimo. Ele se esqueceu de como Deus é grande. O que Abraão precisava entender é que Deus está no controle das circunstâncias. Você está mais seguro em um período de crise no centro da vontade de Deus do que em um palácio longe de Sua vontade. Abraão falhou e afastou-se da vontade de Deus.

    
  II.         LÓ  É ATRAÍDO POR AQUILO QUE VÊ
“...A prosperidade auxilia Abrão e Ló enquanto pensam mais em obedecer a Deus do que em rebanhos e manadas...”

SITUAÇÕES QUE PROVOCAM ESCOLHAS PRECIPITADAS
1.Contendas mal resolvidasGênesis 13.7 - “E houve contenda entre os pastores do gado de Abrão e os pastores do gado de Ló; e os cananeus e os ferezeus habitavam, então, na terra. “As contendas entre aqueles que professam a mesma fé são totalmente reprováveis, principalmente se acontecem sob os olhares de pessoas não crentes.  Melhor é sempre preservar a paz, para que ela não seja rompida, mas se surgirem as diferenças é preciso rapidamente acomodá-las e apagar o fogo que irrompeu.


2. Desacordo entre as partesGênesis 13.8 - “E disse Abrão a Ló: Ora, não haja contenda entre mim e ti e entre os meus pastores e os teus pastores, porque irmãos somos. ” Quando dois não estão de acordo o melhor é não andarem juntos para evitar novas contendas que certamente surgirão. Nas contendas o espírito calmo é essencial para apaziguar uma situação conflitante, pois se houver o desequilíbrio de ambos o resultado pode ser desastroso.


3. Dar combustível a contenda. Gênesis 13.9 - “Não está toda a terra diante de ti? Eia, pois, aparta-te de mim; se escolheres a esquerda, irei para a direita; e, se a direita escolheres, eu irei para a esquerda. ” Quando tomamos posse das promessas de Deus não precisamos ficar brigando por espaços, pois sempre existem lugares suficientes para todos. A amizade não precisa ser desfeita quando decidimos sobre uma separação geográfica.  


4.
 Andar por vista e não por fé. Gênesis 13.10 - “E levantou Ló os seus olhos e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada, antes de o SENHOR ter destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim do SENHOR, como a terra do Egito, quando se entra em Zoar. ” Nem tudo que reluz é ouro. Ló avistou a beleza do lugar escolhido achando que havia obtido uma grande vantagem e na sua ganância seria o lugar ideal para a sua prosperidade. Quem é guiado pelas concupiscências da carne, pelos desejos dos olhos ou pela soberba da vida, certamente cairão em grandes armadilhas preparadas pelo Diabo. Isso envolve escolhas nos relacionamentos, vocações, moradias, igrejas e muito mais.


5. Escolher sem examinar. Gênesis 13.11 - “Então, Ló escolheu para si toda a campina do Jordão e partiu Ló para o Oriente; e apartaram-se um do outro. ” Ló estava resolvido a prosperar materialmente não se importando com as consequências da sua escolha precipitada. Ló fez tudo sem se preocupar com o seu tio Abraão, se ia estar bem ou não no lugar onde ficou. Na sua ingratidão não imaginava que um dia precisaria do socorro de Abraão, na ocasião em que foi levado cativo pelos reis amorreus. As pessoas ingratas não se recordam dos favores recebidos por outrem, pois só pensam em si mesmo ignorando que um dia coisas súbitas podem ocorrer inesperadamente.


6. Ignorar perigos das atrações. Gênesis 13.12 - “Habitou Abrão na terra de Canaã, e Ló habitou nas cidades da campina e armou as suas tendas até Sodoma.”


Um abismo chama outro abismo, isso porque o pecado tem forte atração para aqueles que só possuem visão materialista e não espiritualista. Ló estava numa caminhada descendente, pois aos poucos foi armando as suas tendas até chegar às portas da cidade do pecado, porém não resistiu a forte atração daquela cidade e entrou pelas portas fixando residência ali. Quando ele entrou naquela cidade, a cidade entrou nele e posteriormente mesmo enfrentando situações adversas, ele não conseguia desvencilhar-se da cidade, não conseguindo sair dela. Sair do mundo é uma coisa, o difícil é tirar o mundo de dentro de si.


7. Ficar onde é prejudicial a moral. Gênesis 13.13 - “Ora, eram maus os varões de Sodoma e grandes pecadores contra o SENHOR.” Abraão tomou um caminho cheio de dificuldades, mas como portador das bênçãos divinas ele acreditava que todas as suas conquistas seriam consistentes e não provisórias. Ló conquistou muita riqueza preferindo o caminho mais fácil, porém era um caminho enganoso. O cristão nunca conquista algo com facilidade, pois as coisas para nós não funcionam dessa maneira. As nossas conquistas sempre sofrem algum tipo de resistência, porém elas sempre acontecerão, não importando o tempo de espera. A riqueza de Ló não supriria a sua alma tendo que habitar e conviver com pecadores profanos da pior espécie. Tudo que prospera muito rapidamente incluindo ministérios sem qualquer tipo de resistência deve ser visto com muita reserva.

Esse exemplo deve ser seguido por todos os crentes, mas principalmente pelos pastores e seus ministérios.

A “precipitação” é uma atitude toda diversa. Diz o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa que se trata de “ato ou efeito de precipitar(-se)”; “queda, caída, descida rápida”; “extrema velocidade; grande pressa; afobação”; “rapidez em tomar uma resolução; irreflexão”. Trata-se, portanto, de uma iniciativa que é tomada sem que se tenha qualquer diálogo com o Senhor, sem que se tenha qualquer orientação da parte de Deus. O resultado disto é que, ao nos afastarmos do Senhor, “caímos” espiritualmente, há uma “descida espiritual”, pois Deus está nas alturas, Deus está nos céus e se nos distanciamos d’Ele, ficamos mais longe de lá.

A “precipitação” foi a atitude tomada pelo diabo. Quando ainda habitantes das sublimes regiões da glória celeste, o adversário quis “subir acima do Altíssimo” (Is.14:14), tomar uma atitude contrária ao Senhor, sem a Sua orientação e, por isso mesmo, teve por juízo “ser levado ao inferno, ao mais profundo do abismo”, i.e., às regiões inferiores (Is.14:15), sendo este o seu caminho. Expulso da glória celeste, foi mandado para os lugares celestiais (Ef.6:12), de onde será expulso para a terra quando do arrebatamento da Igreja (Ap.12:7-9), depois será preso por mil anos no abismo (Ap.20:1,2), de onde será solto por um pouco de tempo e, após ter incitado a última rebelião, será, para sempre, lançado para o lago de fogo e enxofre (Ap.20:10), que foi preparado para ele e seus anjos (Mt.25:41).




III. LÓ, UM CASO DE PROSPERIDADE E PERDAS

“Ele fez isso sem se preocupar com Abraão, o que foi o pior erro de sua vida” (Allen P. Ross). Ló estava resolvido a prosperar materialmente, e não se importava com o que era apropriado fazer. De modo tolo, Ló escolheu a área perto de Sodoma e deixou a Terra Prometida para nunca mais voltar.



                  A escolha de Ló revelou seu caráter (Gn 13.10,11);
        A escolha de Ló o levou a Sodoma (Gn 13.12,13);
                 A escolha de Ló resultou em perda incalculável (Gn 14; 19.1-28);
                  Foi uma escolha motivada apenas pela ambição (1Tm 6.9);
        Foi uma escolha egoísta: não teve consideração por Abraão (Gn    13.11);
                  Foi uma escolha sem oração: não consultou a Deus (Sl 32.8,10);
                  Foi uma escolha que acabou na desgraça (Gn 19):



      Conclusão -Nesta lição nós aprendemos que:

  1.   Abraão obedeceu ao chamado de Deus e foi abençoado por isso.

  2.  Ló, diferente de Abraão, tomava decisões precipitadas e egoístas. Ele       sofreu as consequências dessas decisões.

  3.  Escolhas precipitadas, feitas somente pela aparência, podem causar    muitos males. Antes de tomar qualquer decisão, ore ao Senhor. Peça o seu  conselho, pois Ele conhece o coração do homem e sabe aquilo que é   realmente melhor para nós.


Que Deus nos abençoe!

Professor, J. Fábio





Pastora, da ADMEP

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