Lição 06 07 de Agosto de 2016
A EVANGELIZAÇÃO DOS GRUPOS DESAFIADORES
Texto Base:
Lucas 7:36-50
“[...] e o
que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora
(João 6. 37)
Verdade Prática
Falar de Cristo às prostitutas, criminosos e viciados também faz parte da missão evangelizadora da Igreja.
Introdução: - A evangelização que não inclui
as pessoas marginalizadas pela sociedade é incompleta e não expressa plenamente
o amor de Deus. O amor de Deus é inclusivo. Ele não admite que ninguém fique de
fora, mas "quer que todos os seres humanos se salvem e venham ao conhecimento
da verdade" (1Tm 2:4). Certamente é um grande desafio evangelizar os
grupos desafiadores, dentre os quais destacamos as prostitutas, os homossexuais, os
criminosos e os viciados. Todavia, a Igreja deve engendrar todo esforço
possível, com estratégias inteligíveis e bem direcionadas, para atingir a
mensagem do amor de Deus a todos esses que a sociedade pertinaz procura
exclui-los. O Salvador Jesus não exclui ninguém. Ele nunca aprovou o pecado,
porém sempre se mostrou acessível ao pecador. Seu convite generoso ainda
continua aberto: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu
vos aliviarei” (Mt 11:28).
I. JESUS
ANUNCIA O EVANGELHO DA INCLUSÃO
Para mostrar a ação inclusiva de Jesus Cristo, quero destacar duas
narrativas do Novo Testamento: da mulher prostituta que, além de ungir Jesus,
lavou-lhe os pés com as lágrimas, enxugando-os com os próprios cabelos (Lc
7:36-50); da mulher samaritana, que tinha uma vida conjugal libertina (João
4:5-42).
1) A mulher
prostituta. Trata-se
da mulher que ungiu os pés de Jesus por ocasião de uma refeição na casa de um
fariseu chamado de Simão (Lc 7:36-50). Uma refeição tal qual aquela que Jesus
estava participando não era particular, as pessoas podiam entrar e ver o que
estava acontecendo. Entretanto, uma prostituta não seria benvinda na casa de
Simão, de modo que exigia coragem chegar até lá. Embora a mulher não fosse uma
convidada, ainda assim ela entrou na casa e ajoelhou-se por detrás de Jesus,
aos seus pés. As pessoas estavam reclinadas para comer, de modo que a mulher
ungiu os pés de Jesus sem aproximar-se da mesa. A mulher levou um vaso de
alabastro com unguento. Muitas mulheres judias usavam um pequeno frasco de
perfume em um cordão ao redor do pescoço. Este vaso com unguento deve ter custado
um grande valor para essa mulher. Ela começou a chorar, e a regar-lhe os pés
com lágrimas, e os enxugou com os cabelos. Essa mulher compreendeu que Jesus
era muito especial. Talvez ela, como uma pecadora, tivesse vindo a Jesus com
grande tristeza pelos seus pecados. Talvez ela tenha vindo a Jesus agradecida
por ter sido perdoada, e por isto ofereceu a Ele o seu unguento caro, o melhor
que ela tinha. Lavar os pés de Jesus era um sinal de profunda humildade – este
era o trabalho de um escravo. É uma conjectura razoável afirmar que Jesus
fizera esta mulher voltar-se dos seus caminhos pecaminosos, e que tudo isto era
a expressão do amor e da gratidão dela. A gratidão é um sinal da
conversão.
Algumas
deduções são possíveis a partir deste episódio:
a. A mulher pecadora era
“cobiçada” pelos homens, mas não se sentia amada por Deus. Não há dúvida de que essa
mulher, sempre disponível para os homens, sendo cobiçada por eles, não se
sentia uma mulher amada. É somente quando ela encontra o Senhor Jesus que ela
de fato vai saber o que é se sentir realmente amada. Jesus fez com que a mulher
pecadora se sentisse perdoada por Deus.
b. A mulher pecadora levava consigo um frasco de perfume, mas não
conseguia encobrir o fedor do seu passado. O fariseu que convidou Jesus, ao
observar a cena da mulher ungindo o Senhor, pensou: “Se este fora profeta, bem
saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora”. Pela lei,
aquela mulher de fato era uma pecadora. O fariseu e todos os presentes ali
sabiam disso. Parece que aquela mulher fedia a pecado. Foi somente quando teve
o contato com o Mestre que o seu pecado e consequentemente o seu passado foram
esquecidos diante de Deus. Agora ela não fedia mais a pecado, mas tornara-se o
bom perfume de Cristo (2Co 2:15).
c. A mulher pecadora vendia o seu corpo, mas não
conseguia comprar a paz. O que de fato essa mulher procurava e buscava com intensidade era
encontrar a paz. Ela tinha os homens à sua volta, ganhava dinheiro com seu
corpo, mas não conseguia encontrar a paz. Jesus mostra-lhe que ser amada por
Deus e perdoada por Ele é o que importa. A paz vem quando o perdão de Deus é
derramado em seu coração.
d. A mulher pecadora aprendeu que
a Lei condena, mas a graça perdoa. A Lei puniu aquela mulher, a
graça a perdoou. A Lei a excluía, a graça a abraçou. A Lei foi dada através de
Moisés, a graça e a verdade vieram através de Jesus Cristo (João 1:17).
2. A mulher Samaritana. João 4:5-42 descreve o diálogo de
Jesus com a mulher samaritana. Ela era uma pessoa que tinha tudo para ser
relegada ao desprezo. Além de pagã, essa mulher (inimiga dos judeus) tinha uma
vida totalmente desregrada. Ao acolher a samaritana, naquelas condições, Jesus
abriu caminho para que ela pregasse o seu Evangelho ao povo a que ela pertencia,
o que pode ser visto em João 4:26-29 - “Deixou,
pois, a mulher o seu cântaro e foi à cidade e disse àqueles homens: Vinde e vê
um homem que me disse tudo quanto tenho feito; porventura não é este o Cristo?
Saíram, pois, da cidade e foram com ter com ele”. É interessante
constatarmos que as pessoas que são libertas, que são salvas por Jesus,
transformam-se em seguidoras dEle; em proclamadoras do reino de Deus, usando os
recursos que tem em suas mãos. Você se sente liberto por Jesus? Você tem
seguido a Jesus de forma secreta ou pública?
II. O
EVANGELHO ÀS PROSTITUTAS
Prostituta é a profissional do sexo, é o modo de vida de uma mulher que
pratica a atividade sexual por dinheiro. Neste sentido, a Bíblia fala de Raabe:
“Foram, pois, e entraram na casa duma mulher prostituta, cujo nome era Raabe, e
dormiram ali”(Josué 2:1).
A prostituta é também conhecida como meretriz e rameira. Em Israel
não podia haver prostituta, ou rameira – “Não haverá rameira dentre as
filhas de Israel...” (Dt 23:17). O dinheiro da prostituta não podia
ser aceito na Casa do Senhor – “Não trarás salário de rameira... à casa do
Senhor, teu Deus, por qualquer voto...” (Dt 23:18). Até o seu dinheiro era
considerado como “...abominação ao Senhor, teu Deus”.
Deus aborrece os atos praticados pelas prostitutas, mas Ele almeja
salvá-las - “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos
abstenhais da prostituição”(1Ts 4:3). Raabe creu no Deus de Israel, abandonou a
prostituição, casou e tornou-se a tataravó do rei Davi apesar de sua vida
sórdida – “E Salmom gerou, de Raabe, a Boaz; e Boaz gerou de
Rute a Obede; e Obede gerou a Jessé” (Mt 1:5). O nome dela está no nobre
rol dos heróis da fé – “Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os
incrédulos, acolhendo em paz os espias” (Hb 11:31).
O Senhor Jesus Cristo desejava e deseja a conversão das meretrizes. Por
isso, Ele profere as seguintes palavras aos escribas e fariseus: "Em
verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no
reino de Deus" (Mt 21:31,32).
No tópico anterior, mencionamos um fato narrado por Lucas, que retrata o
amor de Jesus por qualquer pessoa, inclusive pelas prostitutas. Deus não faz acepção de pessoas,
Ele quer salvar todas elas, indistintamente. Diz João 3:16: “Porque Deus amou o
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que
nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Veja que o texto sagrado diz:
“todo aquele que nele crê”, não exclui nenhum ser humano, por mais vil que ele
seja.
O apóstolo João narra um episódio que ocorrera com uma mulher apanhada
em adultério (João 8:1-11). A palavra adultério tem origem no latim, onde “adulterium”
significa “dormir em cama alheia”. Logo, adultério é o pecado sexual
praticado por pessoa casada.
Certa feita, Jesus foi para o monte das Oliveiras e, pela manhã cedo,
voltou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os
ensinava. E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em
adultério. E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada,
no próprio ato, adulterando, e, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam
apedrejadas. Tu, pois, que dizes? Isso diziam eles, tentando-o, para que
tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na
terra. E como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se e disse-lhes: Aquele
que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. E,
tornando a inclinar-se, escrevia na terra. Quando ouviram isso, saíram um a um,
a começar pelos mais relhos até aos últimos; ficaram só Jesus e a mulher, que
estava no meio. E, endireitando-se Jesus e não vendo ninguém mais além da
mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou?
E ela disse: ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: nem eu também te condeno;
vai-te e não peques mais.
Max
Lucado, narra em seu livro - “Ele ainda remove pedras” -, a cerca deste
episódio:
“Mestre, esta mulher foi apanhada,
no próprio ato, adulterando” (Jo 8:4). A acusação ressoa para
fora dos tribunais. Num instante ela foi arrancada da paixão privada para o
espetáculo público. As cabeças apareciam em todas as janelas enquanto tais
homens a arrastavam pelas ruas. Os cachorros latiam. A cidade inteira estava
olhando. Agarrando um fino véu sobre seus ombros, ela esconde sua nudez. Mas
nada podia esconder sua vergonha.
A partir daquele momento, ela seria conhecida como a mulher adúltera.
Quando fosse ao mercado, as mulheres comentariam. Quando passasse pelas ruas,
as cabeças se voltariam para o outro lado. Quando seu nome fosse mencionado, as
pessoas se lembrariam.
Os fracassos morais são facilmente lembrados. Contudo, o que é mais
ridículo passa despercebido. O que a mulher fez é vergonhoso, porém, o que os
fariseus fizeram foi desprezível. De acordo com a Lei, o adultério era punido
com a morte, mas apenas se duas pessoas tivessem testemunhado o fato. Era
preciso haver duas testemunhas oculares. Pergunto: qual a probabilidade de duas
pessoas serem testemunhas oculares de um adultério? Quais são as chances de
duas pessoas, de manhã cedo, encontrarem subitamente um homem e uma mulher em
abraços proibidos? É improvável. Todavia, se isso acontecer, há muita chance de
não ter sido uma simples coincidência.
Assim, somos levados a pensar: por quanto tempo aqueles homens ficaram
olhando pela janela antes de entrarem no local? Porquanto tempo eles ficaram
espreitando por trás das cortinas até que se revelassem?
E quanto ao homem? O adultério exige a participação de duas pessoas. O
que aconteceu com ele? Será que fugiu?
As evidências deixam poucas dúvidas. Era uma armadilha. A
mulher fora pega. Mas logo descobriria que ela não era a presa — era apenas a
isca.
"Na lei, nos mandou Moisés que as tais [mulheres] sejam
apedrejadas. Tu, pois, que dizes?" (João 8:5). Como eram convencidos os
membros daquele “nobre” comité de ética. Muito orgulhosos de si mesmos, esses
agentes da “retidão”. Este será um momento do qual eles se lembrarão por muito
tempo: a manhã em que pegaram e derrotaram o poderoso Nazareno.
E quanto à mulher? Bem, ela era secundária. Era simplesmente um peão no
jogo. Seu futuro? Isso não era importante. Sua reputação? Quem se importa se
for arruinada? Para eles, ela era uma parte necessária de seu plano, mas
totalmente descartável.
A mulher olha para o chão. Seus cabelos suados caem sobre os ombros.
Suas lágrimas escorrem diante de tamanho sofrimento. Seus lábios estão
apertados e sua boca, cerrada. Ela sabe que foi apanhada. Não adianta buscar
ajuda. Nunca receberá nenhuma misericórdia. Ela olha para as pedras nas mãos
dos homens. Eles apertam com tanta força que seus dedos estão esbranquiçados.
Ela, então, pensa em correr. Mas para onde? Poderia alegar maus-tratos. No
entanto, para quem? Poderia negar o fato, mas fora vista. Poderia clamar por
misericórdia, mas aqueles homens não estavam dispostos a lhe oferecer tal
piedade. A mulher não tinha para onde ir.
Você poderia esperar que Jesus se levantasse e proferisse um julgamento
contra aqueles hipócritas. Todavia, Ele não fez isso. Poderia até esperar que
Ele tomasse a mulher e os dois se tele transportassem para a Galileia. Mas não
foi isso o que aconteceu. Você também poderia imaginar que um anjo desceria do
céu e falaria alguma coisa ou que a terra tremeria. Não, não foi nada disso.
Mais uma vez, o movimento de Jesus é sutil. Porém, uma vez mais, sua
mensagem é clara. O que Jesus faz? Ele escreve na areia. Ele se curva e começa
a desenhar na terra. Os mesmos dedos que gravaram os Mandamentos do Sinai e
escreveram o aviso na parede da sala de banquete de Belsazar, agora rabiscam o
chão. Enquanto escreve, Ele fala: "Aquele que dentre vós está sem pecado
seja o primeiro que atire pedra contra ela" (João 8:7). Os jovens olharam
para os velhos. Os velhos olharam para dentro de seus corações. Estes são os
primeiros a deixar as pedras caírem no chão. Enquanto se viram para ir embora,
os jovens, tomados do mesmo sentimento, fazem a mesma coisa. O único som que se
houve é o da batida das pedras no chão e o dos passos daqueles que estão se
retirando.
Jesus e a mulher são deixados sozinhos. Sem o júri, a sala do tribunal
se transforma no gabinete do juiz e a mulher espera seu veredicto. É certo que
Ele está preparando um sermão. Sem dúvida vai querer que eu peça desculpas. Mas
o Juiz não fala. Sua cabeça está baixa; talvez ainda esteja escrevendo alguma
coisa na areia. Ele parece surpreso quando percebe que a mulher ainda está ali.
Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
Ninguém, Senhor. Então, disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te e não
peques mais (João 8:10,11).
Se você já se maravilhou com o modo como Deus reage quando você
fracassa, coloque essas palavras num quadro e pendure-o na parede. Leia este
quadro. Pondere sobre ele. Coloque-se diante dele e deixe que sua mensagem lave
a sua alma. Permita que Cristo se coloque ao seu lado, enquanto você torna a
contar todos os eventos das noites mais escuras de sua alma. Depois disso,
ouça. Ouça atenciosamente. Ele está falando: "Eu não julgo a sua culpa”.
Depois, assista. Assista com atenção. Ele está escrevendo. Está deixando
uma mensagem. Não na areia, mas numa cruz. Não com sua mão, mas com seu sangue.
Sua mensagem é composta por uma única declaração: inocente.
Este episódio nos leva a entender que o tribunal dos homens é mais
rigoroso que o tribunal de Deus, pois no tribunal dos homens a mulher saiu
envergonhada e condenada; mas, no tribunal de Cristo, ela foi exortada a deixar
o seu pecado e a recomeçar sua vida.
Portanto, Jesus quer salvar todas as pessoas, indistintamente, inclusive
as prostitutas, porque Ele morreu por elas também (João 3:14-16). Cabe à igreja
estabelecer estratégias para evangelizar essas pessoas.
III. O
EVANGELHO AOS HOMOSSEXUAIS
Não há como negar a relevância de tema como este: a evangelização de
homossexuais. Para alguns, o esforço para a evangelização de homossexuais é
inútil, é como lançar pérolas aos porcos. Mas acredito que pessoa alguma, por
pior que seja, jamais está fora do alcance da graça, do amor e do poder de
Deus. Deus diz, em sua Palavra, que ainda que os nossos pecados sejam como a
escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como
o carmesim, tornar-se-ão como a lã (cf. Is 1:18). Para quem crer na origem
divina desta palavra há motivos para compartilhar as boas-novas aos
homossexuais.
1) O que você precisa saber para
evangelizar os homossexuais. Em primeiro lugar, você precisa
saber que ninguém nasce homossexual. Assim sendo, você não deve tratar e olhar
para essas pessoas como se fossem homossexuais deste o ventre da mãe. É ao
longo da criação e da vida que as pessoas se tornam desajustadas moral,
psicológica e socialmente. Não é o corpo que torna corruptível a mente ou a
alma, mas é uma mente desajustada que torna o corpo desenfreado. Uma mente
pervertida leva a pessoa a um comportamento sexual (ou outro qualquer)
pervertido, antinatural.
Em segundo lugar, o cristão que vai evangelizar os homossexuais precisa
também tomar consciência de que, embora Deus ame essas pessoas, Ele reprova o
comportamento delas. Paulo em sua Primeira Carta aos Coríntios, diz que
"nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas...herdarão o reino
de Deus (1Co 6:9,10). Em Levítico 18:22 Deus exorta seu povo para que o homem
não se deite com outro homem como se fosse uma mulher, pois isso é abominação.
Essa é uma outra razão por que tais pessoas precisam ser trazidas de volta para
Deus, para o caminho da verdadeira vida.
2) Como evangelizar os homossexuais. O Cristão ao evangelizar um
homossexual não deve discriminá-lo, tratá-lo como se fosse sujo, indigno ou
inferior. É uma pessoa, é gente, é criatura de Deus. Deve ser tratado com
dignidade. Devemos vê-lo como as demais pessoas carentes da graça de Deus. Se
crer no Evangelho e arrepender-se de seus pecados, certamente será salvo.
É preciso paciência, perseverança,
insistência, muita oração e solidariedade na evangelização dessas pessoas.
Precisamos tomar consciência de que os frutos dessa evangelização não são
imediatos, rápidos. Se queremos ganhar essas pessoas para Jesus, precisamos
estar possuídos de um profundo amor por elas. Aquele amor de Jesus que não se
envergonhava, mas que se identificava sem dar apoio ao mal.
Muitas pessoas estão na prática do
homossexualismo e da prostituição não porque gostam dessa vida. Muitas dessas
pessoas foram levadas a isso por traumas de infância, ou traumas recentes ou
por abuso de adultos inescrupulosos e impiedosos.
A recuperação dessas pessoas e a
integração delas na sociedade em geral, e na igreja em particular, é muito
difícil. Elas precisam de um acompanhamento todo especial. Caso não haja um
trabalho de acompanhamento, essas pessoas logo serão novamente assediadas pelos
falsos amigos, que as arrastarão para a vida de prostituição, masculina e
feminina.
A recuperação do homossexual é difícil,
mas não impossível. Temos exemplos na igreja de Corinto. Diz o apóstolo Paulo:
“Tais fostes alguns de vós” (1Co 6:11). Aqui, Paulo dá testemunho de
conversão genuína naquela igreja. Essa é uma frase milagrosa. Houve um milagre
da graça de Deus no inferno moral da cidade de Corinto. Paulo chama-os de
“irmãos” vinte vezes na Primeira Carta aos Coríntios.
Quando se começa a ler a Carta Primeiro
aos Coríntios, a gente coça a cabeça e pergunta: “será que esse povo era crente
mesmo? Será que esse povo era convertido mesmo? ”. Paulo tem o cuidado de
chamá-los vinte vezes de irmãos. Paulo dá esse testemunho: “Tais fostes alguns
de vós...”: injustos, impuros, idólatras, adúlteros, homossexuais.... Porém,
Paulo acrescenta: houve um momento em que Jesus transformou a vida de vocês e
vocês foram mudados.
Portanto, devemos olhar os homossexuais como pessoas que precisam do
arrependimento e da fé em Cristo Jesus.
IV. O
EVANGELHO AOS CRIMINOSOS
O Senhor Jesus está interessado em
salvar não apenas as prostitutas, os homossexuais, mas igualmente os criminosos
que estão presos. As prisões, em todos os estados da federação, acham-se abarrotadas
de homens e mulheres que precisam ouvir a verdade libertadora do Evangelho. A
maior prisão de um ser humano não é a cadeia que prende o homem exterior, mas a
cadeia que prende o homem interior. Só quem pode libertá-lo é Jesus Cristo.
Está escrito: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32).
Quem é a verdade? Jesus. Ele disse: “Eu sou o caminho a verdade e a vida...”
(João 14:6).
1) Por que devemos evangelizar o criminoso. Em novembro de 2015, certo
pastor por nome Davey Blackburn - que lidera a Resonate Church em Indianapolis,
Indiana -, perdeu sua esposa grávida durante um assalto à sua
residência. Ele, que já havia anunciado que perdoava os assassinos, afirmou que
gostaria de evangelizá-los.
Sua esposa estava grávida de três meses
quando foi estuprada e assassinada a tiros em sua própria casa no dia 10 de
novembro. Os criminosos, Larry Taylor, Jalen Watson e Diono Gordon, foram
presos e processados pela morte de Amanda Blackburn, que deixou um filho
pequeno.
Em uma entrevista concedida ao pastor
Perry Noble, líder da mega igreja New Spring, em Anderson, Carolina do Sul
(EUA), Davey disse que “o perdão não é uma emoção”, e que, portanto, precisa
colocá-lo em prática.
“Eu nunca poderia simplesmente sentir
que iria perdoá-los. Você nunca vai se sentir como se quisesse perdoar alguém
que lhe fez algo que é irreparável… O que eu percebi é que o perdão é uma
decisão e não apenas uma decisão de uma só vez. É uma decisão diária”, pontuou.
“Todos os dias eu tenho que acordar… e eu tenho que decidir perdoar. E eis o
motivo pelo qual eu decidir perdoar. A amargura e a falta de perdão seriam um
câncer que mais ninguém além de mim estaria desenvolvendo. Isso iria me corroer
por dentro se eu o alimentasse”, acrescentou.
“Eu sei que isso parece loucura, e eu
honestamente não sei como vou fazê-lo fora da graça de Deus, mas eu realmente
espero ter a oportunidade de compartilhar o Evangelho com esses caras […]
Imagine se esses três caras conhecem Jesus. Imagine o grande golpe que isto
seria para o inimigo”, concluiu (fonte:
https://noticias.gospelmais.com.br/pastor-evangelizar-criminosos-assassinaram-esposa-82480.html).
Então, por que devemos evangelizar os
criminosos? Porque cada alma convertida é um grande golpe para Satanás, o
arqui-inimigo de Deus, e um grande triunfo para o Reino e Deus. Devemos visitar
os presídios para evangelizar os ladrões e criminosos que porventura lá
estejam, pois Jesus não veio para os sãos e sim para os doentes, não veio para
os justos, mas para os injustos, não veio para os salvos, mas para buscar e
salvar os perdidos (Lc 19:10; Mt 9:10-13).
2) Como Evangelizar nos Presídios. A evangelização nos
presídios requer muito cuidado e sabedoria do evangelizador. Pode acontecer o
fato de o preso procurar um visitante para dizer de sua inocência, que está ali
injustamente. É possível também ser isso verdade. Mas esse é um caso para
advogado. Peça que ele converse com o seu advogado sobre isso, e se a igreja
tiver algum serviço nessa área, diga ao preso que pedirá ao advogado para
conversar com ele. Não obstante, não se esqueça de dizer ao preso que tanto
você quanto ele são pecadores diante de Deus e precisam do perdão de Jesus, da
paz de Deus.
Os evangelizadores devem respeitar os regulamentos estabelecidos para
visita. Eles
visam à boa ordem nos presídios e à segurança de todos. Infringir tais
regulamentos, sob o pretexto de que Deus nos guarda e não permitirá que coisa
alguma de mal aconteça é imprudência. Procure saber sobre quantas pessoas podem
ir ao presídio, se pode levar instrumentos, se pode cantar, se há um lugar para
culto com todos os presos, quanto tempo disponível para tal visita, se pode
distribuir literatura, etc.
Os evangelizadores devem contar com literatura especial. Devemos
ter muito cuidado ao escolher a literatura a ser usada na evangelização nos
presídios. Leia o material a ser distribuído, e certifique-se se tal material é
o mais indicado. Cuidado com os textos bíblicos a serem lidos. Não se deve
apontar o dedo acusador. Não use a Bíblia ou Deus como uma arma ou um juiz
implacável contra os pecadores. Lembre-se que nós todos somos pecadores. Não
são pecadores apenas aqueles que estão nos presídios. Portanto, em sua fala nos
presídios, procure sempre incluir-se entre os pecadores, entre os que
necessitam do amor de Deus.
A Igreja deve se esforçar para evangelizar os presídios e os menores que
estão sofrendo medidas socioeducativas. Além disso, não deve se ausentar das
áreas de risco, levando o Evangelho de Cristo às pessoas que traficam drogas e
dependentes químicos. Há muitos crentes chamados por Deus para evangelizar
nesses ambientes. A igreja deve dar todo apoio logístico a esses
evangelizadores.
V. O
EVANGELHO AOS VICIADOS
O vício da droga e do álcool está cada
vez mais se tornando comum entre os jovens. Muitos começam a usá-los para
preencher um profundo vazio interior e/ou esquecer traumas de suas vidas.
Porém, não conseguem. Outros acabam indo para o caminho das drogas através de
"amigos" do colégio ou faculdade. E muitas pessoas, só se sentem bem
atrás do álcool e das drogas. É uma terrível situação que tira toda
tranquilidade e alegria das famílias. Mas isso não significa que sejam
impossíveis de serem ganhos para Cristo. Aquilo que é impossível para os homens
é possível para Deus (Mt 19:25,26). Pessoas viciadas precisam dessa libertação,
e sabemos que a verdadeira liberdade é em Jesus Cristo.
Como evangelizar os viciados? Não é fácil expor o Evangelho aos
alcoólatras e aos que vivem nas cracolândias. Levá-los a uma conversão a Cristo
exige um grande trabalho, com uma equipe evangelizadora especializada e
assistida por profissionais competentes. Você deve mostrar o amor e o poder de
Deus para perdoar e transformar nossas vidas por completo. Aceitando a Cristo,
encaminhe-o para alguma casa de recuperação. Paralelamente a um encaminhamento,
você deve orar por ele e levá-lo a Jesus, lendo textos da Bíblia que mostram o
amor e o poder de Deus para perdoar e transformar toda nossa vida, tais como
estes: Salmo 32 e 51; Isaías 53; Mateus 11:28-30; Lucas 19:1-10; João 14:6;
Romanos 12:1,2; 1João 1:7-9.
Evite colocar-se numa posição de juiz.
Mostre, com amor, a necessidade que o viciado tem, como você, de Jesus como
Salvador e Senhor.
É preciso conscientizar o que consome e
abusa do álcool e das drogas que ele não é um viciado inveterado, que não tem
mais jeito. É preciso dizer-lhe que há solução em Cristo Jesus para a vida
dele. Isso pode ser feito com oração, paciência e pelo poder do Espírito Santo.
Na obra de evangelização dos viciados,
o cristão precisa reconhecer a validade e a necessidade dos lares de
recuperação. Encaminhar um viciado do álcool ou das drogas para essas
comunidades que visam à recuperação dessas pessoas dependentes é algo que não
deve ser negligenciado.
Na igreja em Corinto, havia também
muitos irmãos libertos do álcool que, à semelhança de outras drogas, vinha
minando as bases do Império Romano. Entretanto, os que dantes eram escravos do
vício levavam, agora, uma vida produtiva e digna (1Co 6:10,11). O mesmo
aplica-se aos que, hoje, vivem aprisionados à cocaína, ao crack, ao haxixe e
outras substâncias nocivas. A igreja tem a obrigação de oferecer todo apoio
logístico aos irmãos que evangelizam nesses ambientes.
CONCLUSÃO - A Igreja de Cristo não deve
viver acomodada e descompromissada com os valores do evangelho face ao mundo
enfermo. Não devemos contemplar, paralisados, ou rir, ironicamente, das
desgraças e carências que há no mundo. Deus amou esse mundo enfermo (João 3:16;
Rm 5:8). Vamos pregar com convicção e amor, na graça de nosso Senhor Jesus
Cristo, que há cura e perdão para o homossexual, a prostituta, o ladrão, o
criminoso, o opressor, o avarento, o mentiroso, o hipócrita, e para qualquer
outro pecador. Nenhum segmento social pode ficar de fora de nossa ação
evangelística. Que o Espírito Santo nos habilite para tal testemunho, para tão
grande obra de evangelização (At 1:8).
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Luciano de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Novo
Testamento) - William Macdonald.
Comentário do Novo Testamento –
Aplicação Pessoal. CPAD.
Guia do Leitor da Bíblia – Lawrence
O. Richards.
Revista Ensinador Cristão – nº 67.
CPAD.
Pr. Washington Roberto Nascimento.
Evangelizar Prostitutas e Homossexuais.
Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco.
Missão Profética da Igreja. PortalEBD_2007.
Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco.
Evangelização – a Missão máxima da Igreja. PortalEBD_2007.
Postado por Luciano de Paula Lourenço
Copilado pela Professora, Maria Valda
Pastora, Maria Valda |
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