ADMEP – ASSEMBLEIA DE
DEUS MINISTÉRIO ESTUDANDO A PALAVRA
Departamento
de Educação Cristã
Escola
Bíblica Dominical
“ALIANÇA MOSAICA”
Sua duração: 1.500 anos
Texto Áureo:
“Amarás, pois, ao Senhor; teu Deus, de
todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de
todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Marcos 12, 30, 31
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 20. 1,
3, 4, 5, 7, 8, 12 – 17, 20
Objetivo:
1.
Conhecer o objetivo e o propósito da Aliança
Mosaica;
2.
Compreender:
a relevância contemporânea dos Dez
Mandamentos;
3.
Entender o propósito dos sacrifícios e das
ofertas no Antigo Testamento.
§
Palavra Introdutória – Desde início
da história da humanidade, habitantes das mais diversas regiões do planeta (como sumérios, egípcios, assírios e
babilônios) foram deixados pelo caminho seus vestígios arqueológicos.
Podemos encontrá-los em grandes edificações (como palácios, pirâmides e muralhas); em expressões artísticas ancestrais (como pinturas rupestres – inscritas ou
desenhadas em rochas); ou mesmo em destroços de atividades domésticas,
agrícolas e religiosas que apontam para a cultura e os costumes de determinado
povoado ou cidade.
Do mesmo modo, por
milênios, de geração em geração, foram conservados e repassados os ensinos
orais e os registros históricos (feitos em tábuas de argila, couro, papiro e
pergaminho) das famílias e etnias que formaram o povo de Israel.
Os povos do Antigo
Oriente produziram magnificas obras literárias; todavia, nenhuma delas pode
ser comparada ao Antigo Testamento, que inspira e influencia, até hoje,
diversas civilizações. O texto veterotestamentário serviu de base para a
formação de três das maiores religiões do mundo, a saber: o judaísmo, o cristianismo e o
islamismo.
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I. ANTIGO
TESTAMENTO, BERÇO DA ANTIGA ALIANÇA
Deus, através do Espírito Santo, era o Criador e Condutor da História, ao
mesmo tempo inspirador do registro e o maior interessado na fidelidade deste.
Revela-se a Moisés por vias naturais (fontes
orais e escritas) e sobrenaturais (sonhos, visões e comunicação direta) At 7. 38.
Enquanto Deus não ditava sua Palavra para ser
escrita, fez de homens, livros vivos. A assim chamada tradição
oral. Por Sete homens de Deus: (Adão,
Lameque, Noé, Abraão. Jacó, Coate, Anrão) a serviço dEle, guardados e usados por Ele, não seria difícil preservar
a História que Deus tornaria registrada infalivelmente no livro Sagrado de
Gênesis. – Esta realidade faz-nos refletir sobre a extraordinária função do
ensino oral: sem este não seria possível, hoje, ter acesso às palavras
do Supremo Criador. (Veja os acréscimos
na lição do Professor em letras azuis – Pagina 34 do professor).
O Antigo Testamento reúne os ditos orais das experiências de diversos
personagens que tiveram contato com o Eterno e com a Sua Palavra. O texto
veterotestamentário é, portanto, em primeiro lugar, a Escritura máter do povo
de Israel, e, por conseguinte, da Igreja de Cristo.
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1.1.
A
unidade das Escrituras: -
Quando
estudamos o Antigo Testamento, escrito por diferentes autores, era diferentes
épocas e em gêneros literários (históricos, poéticos, sapienciais e
proféticos), observamos que Deus revelou-se paulatina e oportunamente aos
homens.
1.1.1. A mensagem divina complementa-se de forma
qualitativa. – O Antigo Testamento é, além de
tudo, uma correção teológica de diversos conceitos desenvolvidos por povos
ancestrais em relação a si próprios, a Deus e à Criação. O AT, deste modo, é o
instrumento por meio do qual o Senhor, gradativamente, revela como o homem deve
relacionar-se com Ele, sempre apontando para Cristo, o ápice de todas as
alianças bíblicas.
1.1.2. A mensagem divina completa-se de forma
quantitativa. – O AT apresenta um quadro geral de como tudo começou (Gênesis e
Êxodo): de como tudo aconteceu (Livros históricos); de como tudo
deve ser (Livros da Lei); de como tudo será (livros proféticos e escatológicos)
e de alento e sabedoria para o caminho em direção aos céus (livros poéticos
e sapienciais).
II.
ALIANÇA
MOSAICA: -
No AT
encontramos as seis primeiras ALIANÇAS que Deus estabeleceu com
os homens; todas, invariavelmente, apontam para o pacto Superior e irrevogável,
descortinado no NT.
É
importante destacar que é no contexto ancestral dos cinco primeiros livros da
Bíblia (O Pentateuco) que Deus revela o advento do Messias. A Aliança
Mosaica, nesse sentido, constitui-se a mais completa revelação do AT,
pois, a partir dela, o Senhor forma e educa o povo a partir do qual Ele
abençoaria todas as famílias da terra.
(Êx 19.4, 5; Gn 12. 1 -3). (Ler na lição do aluno o complemento, Pág.. 35 da
ver. Do Professor e Pág.. 26 do Aluno).
2.1. A grande questão da nação recém-liberta do cativeiro egípcio. – De
acordo com Hindson e Yates, a Aliança Mosaica não foi dada para resgatar
pessoas. A nação já havia sido eleita (Êx 4. 22,23), redimida (Êx
12. 21 - 30) e já andava pela fé (Êx 14. 31). O papel da aliança era
ensinar como as pessoas redimidas deveriam viver neste mundo. (Ver a lição pág. 36 do Prof., e pág. 26 do aluno).
2.2. A Lei Mosaica. - A Lei Mosaica (hb. Torah = lei,
instrução, doutrina) é composta por um código de leis, formado por cerca de 600
disposições, ordenanças e proibições. Ela pode ser considerada tanto um código
religioso – uma vez que previa as obrigações do povo, dos evitas, dos
sacerdotes e do sumo sacerdote em relação a Yahweh (todos
deveriam prestar seus cultos obedecendo a um determinado padrão) –
quanto uma normatização socioeducativa – pois previa as normais de conveniência
coletiva. (Veja a lição, neste ponto).
2.2.1.
Elementos compreendidos na Torah
· Os Dez
Mandamentos (o Decálogo) – regulamentam
as relações interpessoais e o relacionamento com Deus.
· As Ordenanças
civis e religiosas – explicam
detalhadamente o significa dos Dez Mandamentos para Israel;
· As Leis Cerimonias – relativas ao serviço sacerdotal e ao
ministério no Tabernáculo (e, posteriormente, no Templo).
TEMAS OBSERVADOS NA LEI
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Religiosos - (Lv 1 -5;
Nm 6. 22 -27
|
Morais e éticos - (Lv 18; 20. 7 – 21)
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Trabalhistas - (Lv 16. 31; 25. 39 – 55; Nm 8. 24 –
26)
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Agropecuários - (Lv 25. 1 – 7; Nm 33. 50 – 56)
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Mercantis - (Lv 19. 35 – 37; 25. 36 – 37)
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Culturais - (Lv 20. 22 – 24; Dt 18. 9)
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De saúde e higiene - (Lv 15. 25 – 33; Dt 23. 11 –
13)
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Políticos e militares - (Nm 15. 15, 16, 29; Dt 7)
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Humanitários - (Lv 19. 9, 10, 14 – 18, 33, 34; 20.
1 – 3)
|
III. O DECÁLOGO. De todo
modo, pode-se afirmar que a essência da Antiga Aliança reside nos Dez
Mandamentos (Êx 20. 1 – 17; Dt 9. 9, 15), teologicamente chamados de Decálogo [gr. dekálogos = dez palavras (dez
leis) ], pois esta foi a única Escritura, propriamente dita, feita com o dedo de Deus.
3.1. A divisão do
decálogo. – Os quatro primeiros mandamentos dizem respeito ao relacionamento
com o Altíssimo (Êxodo 20. 3 – 11), e os seis últimos tratam das
relações que se estabelecem com os outros indivíduos (Êx 20. 12 – 17). –
Princípios de conduta abordados
no Decálogo:
1. Instituição do monoteísmo (Êx 20. 3);
2. Proibição a qualquer tentativa de dar a Yahweh uma representação visível (Êx 20.
4 – 6);
3. Proibição ao uso incorreto do nome de Deus
para fins ilegítimos e egoístas (Êx 20. 7);
4. Santificação do sétimo dia (Êx 20. 8 – 11);
5. Crédito de honra a pai e mãe, (Êx 20.12);
6. Proibição à violação da vida humana, que é
sagrada (Êx 20. 13);
7. Fidelidade no relacionamento conjugal (Êx 20.
14);
8. Proibição à violação dos direitos dos outros e
a todas as formas de exploração social (Êx 20. 15);
9. Proibição ao falso testemunho, (Êx 20. 16);
10. Proibição
ao desejo concupiscente de possuir o que não é legitimamente nosso (Êx 20. 17).
3.1.1. O ponto central do Decálogo. – Os dois
principais mandamentos bíblicos – tanto na Antiga quanto na Nova Aliança –
provém do Decálogo (Dt 6. 5; Mc 12. 28 – 31).
IV. SACRIFÍCIOS E OFERTAS NO ANTIGO TESTAMENTO
Alguns
teólogos acreditam que a ideia de sacrifício surgiu a partiu do socorro
imediato de Deus ao pecado humano – quando, no Éden, Ele matou um animal para
cobrir a vergonha de Adão e Eva (Gn 3. 21). Segundo essa linha de
interpretação, as práticas sacrificais teriam sido desenvolvidas com base neste
ato divino – como se observa em Caim e Abel (Gn 4. 1 – 7) e em outros
personagens bíblicos (Gn 8. 20; Jó 1. 5).
4.1.
Tipos de sacrifícios e ofertas na Aliança Mosaica: - Há cinco
tipos de ofertas apresentadas no Livro de Levítico, e eles ocupam os seis
primeiros capítulos do livro.
4.1.1. Os holocaustos – eram sacrifícios de consagração, oferecidos
diariamente. (Lv. Cap. 1);
4.1.2. Oferta de manjares – é uma oferta
de comunhão e ações de graça (Lv. Cap. 2);
4.1.3. Oferta pacífica – é também uma oferta de comunhão com Deus e
de ações de graça, Lv. Cap. 3);
4.1.4. Oferta pelos pecados – Lv. 4 e 5
- é oferta para expiação de pecados.
4.1.5. Oferta pela culpa – Lv. 5. 14 –
6.7 e Lv 7. 1 – 10. É a oferta pela expiação de pecados contra Deus ou homens,
que admitiam compensação.
4.2.
A ineficiência das ofertas para a salvação eterna: - Os tipos
sacrificiais observados no Antigo Testamento eram imperfeitos e incompletos em
si mesmos, isto é, toda vez que alguém pecasse deveria repetir o ritual para
restabelecer a comunhão perdida. Em nenhuma parte do texto bíblico diz-se que
os sacrifícios ofereciam a possibilidade de salvação eterna; assim, no período veterotestamentário,
eles cumpriam, a função de apontar para Cristo, o Redentor –uma realidade que
ainda não podia alcançar a imaginação daquela primitiva comunidade (Hb. 9. 11-
15).
Conclusão: - Como a
revelação no Antigo Testamento deu-se de forma paulatina, os servos de Deus só
alcançaram plena compreensão do plano salvífico – por meio da graça – no decorrer
dos séculos.
O Senhor foi
anunciando, conforme o entendimento das eras, que Ele desejava misericórdia,
arrependimento, lábios e coração puros, não sacrifícios, pois o Cordeiro perfeito,
imolado antes da fundação do mundo, seria o único capaz de salvar o homem
eternamente (João 1. 29).
Aula
Elaborada, pela professora,
Pra. Maria Valda – ADMEP
Material
Pesquisado:
ü Apostila: As Dispensações e as Alianças aos Homens – Prof.ª Maria Valda.
ü Panorama do Velho Testamento – Ângelo Gagliardi Jr. – Ed. Vinde.
ü Lição da editora Gospel
ü Comentarista, Pr. Samuel Malafaia
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