ADMEP – ASSEMBLEIA DE DEUS MINISTÉRIO
ESTUDANDO A PALAVRA
Departamento
de Educação Cristã
Escola
Bíblica Dominical
Comentarista: Pr. Gilmar Chaves
“A EXPIAÇÃO VICÁRIA”
Lição 06
11 de Novembro de 2015.
Texto
Áureo:
“Mas
Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós
ainda pecadores.”
(Romanos 5. 8)
Leitura
Bíblica em Classe
Levítico 5. 17, 18; I João 4. 10; Romanos 3. 23 –
25.
Objetivos: -
1. Compreender o significa de expiação no texto bíblico, pois, entende-la é também
apreender o estrito significado da salvação.
2. Entender que Cristo é o Fiador de uma aliança maior e superior,
estabelecida sobre bases eternas: a primeira erra externa e material, e a
segunda é interna e espiritual.
3. Conhecer as causas e os aspectos da expiação e sua relação com o sacrifício de
Cristo.
Introdução: - Nesta lição, veremos que o
Cordeiro Santo, por meio da expiação, não apenas livrou-nos da
servidão, mas também conduziu-nos à posição de Seus coerdeiros, restaurando a comunhão com o Pai, perdido no Éden.
A expiação é um dos temas centrais da FÉ CRISTÃ. O entendimento
deste tópico é de fundamental importância para que se compreenda a Salvação oferecida por Deus ao pecador
e as Escrituras como um todo. Aqueles que estudam a Bíblia sistematicamente
percebem que os temas sacrifício e expiação – tanto no
Antigo quanto no Novo Testamento – estão diretamente relacionados a outro ponto
teológico, a saber: a Redenção Humana.
No hebraico, a palavra kaphar foi
traduzida por expiação do pecado (Lv 7. 7; 5. 16. 30). Em termos literais, o
vocábulo original tem o sentido de cobrir por cima, de modo a não ficar
visível. Já na língua grega, o termo usado para fazer referência à
expiação (propiciação) é ilasmós (I Jo 2.2; 4. 10).
I.
A DOUTRINA DA EXPIAÇÃO PELO SANGUE
Ref.:
Levítico 16. 30; 17.11; II Co 5. 21.
1.
Há
quatro (4) grandes palavras
doutrinárias empregadas na Bíblia par nos revelar a extensão do valor da morte
de Jesus, isto é, do seu sangue
remidor. - Tão vasta e infinito é o escopo da obra efetuada por Jesus
que uma só palavra não pode resumi-la. As quatro (4) palavras são:
A.
Expiação. - É a salvação quanto ao seu alcance. Esse alcance
é infinito. (Salmo 103. 12).
B.
Redenção. – É a salvação em relação
ao pecado. - (Ef 1. 7; Hb 9. 12) – (Definição Bíblica: - “Libertar um escravo mediante um resgate exigido
e pago”; é “Compra e retirar do Mercado”).
C.
Propiciação: - É a salvação quanto ao homem como o
transgressor. (Definição Bíblica: “Aplacar, tornar benevolente o
ofensor mediante uma oferta judicial expiatória.”)
D.
Imputação. – É a salvação quanto a sua credibilidade,
isto é, a justiça de Deus creditada em nossa conta pela fé em Deus mesmo.
(“É a justiça de Cristo creditada a nosso
favor, mediante nossa fé e somente fé”).
Nota: - Nosso tema é: EXPIAÇÃO; vamos
se atrelar a ele.
2.
Definição
de Expiação:
§
Tecnicamente: - “expiar” significa
“cobrir”.
A primeira menção da palavra na Bíblia ocorre
em Gn 6. 14, onde “betumarás” (ARC), e “calafetarás” (ARA), é no hebraico “kaphar”
= cobrir.
§
Biblicamente: - (teologicamente), expiar
é “pagar ou remir
as culpas de alguém, mediante um sacrifício reparador exigido, e também propiciador”.
§
É morrer
como substituto do condenado, no caso de Jesus (Joao 1. 29; Ap 13. 8).
3.
A
expiação aplaca o Legislador por
satisfazer a Sua Lei, e, também o torna benevolente
para com o transgressor, salvando-o.
Essa decorrência da expiação é chamada Propiciação.
4.
Razão
da Necessidade da Expiação:
4.1. A Santidade de Deus e da Sua Lei. –
Sem expiação, para dar uma satisfação à Lei,
essa Lei seria vã.
4.2. - A Pecaminosidade do Homem também tornou necessária a expiação divina.
5.
Para
Expiar nossos pecados, bastava
Jesus morrer por nós na cruz, mas para nos justificar, era preciso que
Ele ressuscitasse, (Rm 4. 25).
6.
Expiação é mais
do que Redenção.
§ Expiação é pelo pecado; redenção
é do pecado.
§ Cf. As expressões expiar o
pecado, e, redimir do pecado.
A salvação das criancinhas inocentes
é pela expiação de Cristo, não pela Redenção.
Cf. Levítico 4: - Os Quatro Tipos Universais de Pecadores, e a
Expiação Pelo Sangue. (Não Redenção).
7) No Antigo Testamento, a expiação pelos pecados da Nação “durava”
um ano apenas.
Cada
ano, no solene Dia da Expiação (Lv 16), a sentença de morte que pesava
sobre todos por causa do condenável e criminoso pecador, era prorrogada por mais
12 meses... Cada ano aumentava a dívida! – Cristo na Cruz, pelo Seu sangue
expiou os nosso pecados uma vez para
sempre. Hb 7. 27; 9. 26.
II. A EXPIAÇÃO NO VELHO TESTAMENTO
2.1.
A Expiação no Velho Testamento – (Levítico 16. 1 – 34).
a)
- A Origem do Sacrifício. - Antes da criação do mundo, Deus que conhece o fim desde o princípio,
proveu um meio para a redenção do homem. “Cordeiro
que foi morto desde a criação do mundo”. (Ap 13.8). O Cordeiro Pascal era
preordenado vários dias antes de ser santificado (Êx 12. 3,6); assim
também Cristo, o Cordeiro “sem mancha e
sem defeito, conhecido antes da criação
do mundo, revelado nestes últimos
tempos em favor de vocês” (I Pe 1. 19,20). Decretou-se “antes da criação do mundo” (Ef 1. 4).
b) - Instituição na
Terra – Desde o princípio, Deus
ordenou uma instituição que prefigurasse o sacrifício e que fosse também um
meio de graça para os arrependidos e crentes. Referimo-nos ao sacrifício de
animais, uma das mais antigas instituições humanas. Vemos isto em Êxodo, através
da Lei Mosaica.
c) - O Dia da Expiação
no Veterotestamento – (Levítico 16. 1- 34). - O Dia da Expiação,
em que uma expiação anual pelos pecados da nação era feita. Era o dia mais
santo do calendário do AT. Caía no sétimo mês dos hebreus (outubro) e envolvia o oferecimento de
vários sacrifícios, a entrada do Sumo Sacerdote no Lugar Santíssimo (neste
capítulo chamado simplesmente de “santuário”)
e o envio de um bode para o deserto, levando sobre si, simbolicamente, os
pecados do povo.
O décimo dia do ano novo (10 de Zicri, outubro) dia em que ocorre o ritual de “Yom Kippur”, foi considerado o mais santo do ano. Era
reservado para o lamento pessoal de
quaisquer pecados não confessados do ano anterior, realçando por uma cerimônia
nacional que simbolizava aquela confissão e a obra de Deus em remover aqueles
pecados através da oferta de dois bodes. A preparação para esse ritual exigia a
oferta de um novilho para a cerimônia da purificação do sumo sacerdote a fim de
que ele pudesse executar o santo dever de
entrar na presença de Deus no Santo dos Santos, lançavam-se sortes, e um bode
era escolhido para ser sacrificado ao Senhor. Enviavam o outro para “Azazel” (ou destruição), como “bode expiatório”. O bode sacrificado
simbolizava os “meios de expiação”, um substituto adequado, e o bode expiatório
a “consequência
da expiação”, a remoção dos pecados. Somente nesse dia do ano o sumo
sacerdote entrava no Santo dos Santos, uma
vez por ele mesmo e uma pelo povo.
III.
QUAIS ERAM OS EFEITOS DA EXPIAÇÃO?
Quando o sangue era aplicado ao altar pelo sacerdote, o israelita sentia
a segurança de que a promessa feita a seus antecessores se faria real para ele:
“Quando eu vir o sangue, passarei adiante”
(Ê 12. 13).
Quais eram os efeitos da Expiação, ou da cobertura?
ü O pecado era apagado (Jr 18. 23; Is 43. 25; 44. 22),
ü O pecado era removido (Is 6. 7),
ü O pecado era perdoado (Sl 32. 1; 78.38),
ü O pecado era atirado nas profundezas do mar (Mq 7. 19),
ü O Pecado era lançado para trás de Deus (Is 38. 17). Todos
estes termos ensinam que o pecado é coberto de modo que seu efeitos sejam
removidos, afastados da vista, invalidados, desfeitos. Deus já não vê, e o
pecado não exerce mais influência sobre ele.
3.1. - O Sacrifício Vicário
3.1.2. A Morte Vicária. O termo “vicário” significa “o que
faz as vezes de outro; substituto”. O NT
enfatiza várias verdades no tocante à morte de Cristo em prol da humanidade.
3.1.3. Foi um Sacrifício, isto é, a oferenda do seu sangue, da sua vida. (1 Co 5.7;
Ef 5.2).
3.1.4. Foi Vicária, isto é, ele morreu, não para seu próprio bem, mas para o bem
dos outros (Rm 5.8; 8.32; Mc 10.45; Ef 5.2).
3.1.5. Foi Substituinte, isto é, Cristo padeceu a morte como a penalidade do nosso
pecado, como nosso substituto (Rm 6.23).
3.1.5.
Foi Propiciatória, isto
é, a morte de Cristo em prol dos
pecadores satisfez a lei justa de Deus, bem como a ordem moral divina. A morte de Cristo removeu a ira de Deus
contra o pecado arrependido.
A
integridade de Deus exigia que o pecador fosse castigado e que fosse feita
propiciação junto a Ele, em nosso favor. Pela propiciação no sangue de Cristo,
a santidade de Deus permaneceu imaculada e ele pôde manifestar, com toda
justiça, a sua graça e amor na salvação (Rm 4.25).
3.1.6. Foi Expiatória, isto é, um sacrifício para fazer expiação ou reparação pelo pecado. Como expiação, o sacrifício visa a culpa. Pela morte de Cristo, foram
anulados a culpa e o poder do pecado, que fazem separação entre Deus e o
crente.
3.1.7. Foi Eficaz, isto é, a morte expiatória de Cristo tem em si o poder de
produzir o efeito cabal necessário da redenção, quando esta é buscada pela fé.
3.1.8. Foi
Vitoriosa, isto
é, na cruz Cristo triunfou na sua luta contra o poder do pecado, de Satanás e
de suas hostes demoníacas, que mantinham o ser humano no cativeiro. Sua morte foi a vitória sobre os inimigos
espirituais de Deus e dos homens (Rm 8.3; Jo 12.31,32; Cl 2.15). Assim sendo, a morte de Cristo é redentora. Dando sua própria vida como resgate (1 Pe 1.18,19).
Ele
nos libertou dos inimigos que mantinham a raça humana na escravidão, isto é, o pecado (Rm 6.6), a morte
(2 Tm 1.10; 1 Co 15.54-57) e Satanás (At 10.38); e nos libertou
para servirmos a Deus (Rm 6.18).
Todos
os benefícios da morte sacrificial de Cristo, mencionados supra, pertencem, em potencial,
a todo ser humano, mas tornam-se realidade somente para aqueles que, pela fé, aceitam
Jesus Cristo e seu sacrifício redentor em lugar deles. Isto é morte
Vicária!!
A
morte vicária de Jesus
proporciona ao crente reconciliação com Deus. Jesus é a única provisão de Deus para a
salvação do Homem.
Conclusão: - A morte de Cristo foi uma morte expiatória,
porque seu propósito era apagar o pecado (Hb 2. 17; 9;14, 26, 28; 10. 12 – 14).
Foi uma morte sacrificial ou uma morte que tinha relação com o pecado. Qual era
essa relação? “Ele mesmo levou em seu
corpo os nossos pecados sobre o madeiro” (I Pe 2. 24). “Deus tornou pecado por nós aquele que não
tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus” (2 Co 5. 21). Expiar
o pecado significa leva-lo embora, de modo que ele é afastado do transgressor,
o qual é considerado, desse modo, justificado de toda injustiça, purificado de
toda contaminação e santificado para pertencer ao povo de Deus. Uma palavra
hebraica usada para descrever a purificação significa literalmente “quitar
o pecado”. Pela morte expiatória
de Cristo, os pecadores são purificado do pecado e logo se tornam participantes da natureza de Cristo. Eles
morrem para o pecado a fim de viver para Cristo. (Ap 5. 9).
Aula
Elaborada pela Professora,
Pastora, Maria Valda
ADMEP
Pastora, Maria Valda |
Que Sejamos Gratos ao Nosso Bondoso Senhor!
Bibliografia:
ü Conheça Melhor o Antigo Testamento – Stanley A. Ellisen – Ed. VIDA
ü Apostila sobre Soteriologia – Pr. Antônio Gilberto
ü Bíblia de Estudo Pentecostal – Ed. CPAD.
ü Bíblia de Estudo VNI – Ed. VIDA.
ü Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – Myer Pearlman – Ed. VIDA.
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